Por que a Microsoft pagou US$ 26,2 bi pelo LinkedIn?

14/06/2016 Geral POR: O Estado de São Paulo
A Microsoft anunciou ontem a compra da rede social para contatos profissionais LinkedIn por US$ 26,2 bilhões. A transação, que surpreendeu o mercado, é a maior da história da Microsoft (veja box ao lado) e a primeira aquisição de uma empresa de internet desde que o presidente executivo Satya Nadella assumiu a companhia, em fevereiro de 2014. O negócio marca a volta da Microsoft para o mundo das redes sociais, mas desta vez em uma estratégia mais alinhada com sua visão de se tornar cada vez mais uma companhia de serviços para o mundo corporativo.
“A aquisição do LinkedIn faz muito sentido para a Microsoft, dada a sua necessidade de encontrar um papel que a coloque de volta em várias guerras que a empresa perdeu nos últimos anos”, disse o vice-presidente e analista da consultoria Forrester, Frank Gillett, em entrevista ao Estado.
Atualmente, a rede social profissional possui pouco mais de 430 milhões de usuários em mais de 300 países, o que representa alta de 19% em relação ao ano passado. A receita da companhia é de US$ 3 bilhões – a maior parte é proveniente dos serviços relacionados à recrutamento de pessoal.
Guerra
Por meio de comunicado interno, Nadella justificou a aquisição. “O time do LinkedIn criou um negócio fantástico focado em conectar os profissionais do mundo”, escreveu o executivo. “Nós podemos acelerar o crescimento do LinkedIn, assim como o do Microsoft Office 365, à medida que procuramos dar poder a cada pessoa e organização do planeta”.
O componente social, segundo analistas, deverá ajudar a Microsoft a modernizar seus serviços baseados na nuvem, como o Skype e a suíte de aplicativos Office 365. “Tudo isso é mais um passo na concretização da posição da Microsoft como um provedor de nuvem”, afirma o vice-presidente e analista emérito do Gartner, Donald Feinberg.
A rede social, por outro lado, vai ganhar mais visibilidade fora dos Estados Unidos e maior capacidade de investimentos.
Desafios
Integrar a rede social aos serviços da Microsoft será o desafio mais complexo que as duas empresas vão enfrentar nos próximos meses. “A Microsoft terá que saber equilibrar a independência do LinkedIn com uma profunda integração com os produtos da Microsoft”, diz Gillett, da Forrester.
Para analistas, a maior parte dos serviços da Microsoft sentirá o impacto direto da integração com a rede social profissional. “A assistente pessoal Cortana, a versão móvel do Windows, o Skype e o buscador Bing serão beneficiados imediatamente”, diz Feinberg.
A empresa também terá de lidar com outros entraves, como novos concorrentes, entre eles a versão do Facebook para empresas, que já começou funciona nos EUA. “O Linkedin é o maior de seu setor”, minimiza Feinberg. “Os outros estão apenas começando e tem um longo caminho pela frente”. 
A Microsoft anunciou ontem a compra da rede social para contatos profissionais LinkedIn por US$ 26,2 bilhões. A transação, que surpreendeu o mercado, é a maior da história da Microsoft (veja box ao lado) e a primeira aquisição de uma empresa de internet desde que o presidente executivo Satya Nadella assumiu a companhia, em fevereiro de 2014. O negócio marca a volta da Microsoft para o mundo das redes sociais, mas desta vez em uma estratégia mais alinhada com sua visão de se tornar cada vez mais uma companhia de serviços para o mundo corporativo.
“A aquisição do LinkedIn faz muito sentido para a Microsoft, dada a sua necessidade de encontrar um papel que a coloque de volta em várias guerras que a empresa perdeu nos últimos anos”, disse o vice-presidente e analista da consultoria Forrester, Frank Gillett, em entrevista ao Estado.
Atualmente, a rede social profissional possui pouco mais de 430 milhões de usuários em mais de 300 países, o que representa alta de 19% em relação ao ano passado. A receita da companhia é de US$ 3 bilhões – a maior parte é proveniente dos serviços relacionados à recrutamento de pessoal.
Guerra
Por meio de comunicado interno, Nadella justificou a aquisição. “O time do LinkedIn criou um negócio fantástico focado em conectar os profissionais do mundo”, escreveu o executivo. “Nós podemos acelerar o crescimento do LinkedIn, assim como o do Microsoft Office 365, à medida que procuramos dar poder a cada pessoa e organização do planeta”.
O componente social, segundo analistas, deverá ajudar a Microsoft a modernizar seus serviços baseados na nuvem, como o Skype e a suíte de aplicativos Office 365. “Tudo isso é mais um passo na concretização da posição da Microsoft como um provedor de nuvem”, afirma o vice-presidente e analista emérito do Gartner, Donald Feinberg.
A rede social, por outro lado, vai ganhar mais visibilidade fora dos Estados Unidos e maior capacidade de investimentos.
Desafios
Integrar a rede social aos serviços da Microsoft será o desafio mais complexo que as duas empresas vão enfrentar nos próximos meses. “A Microsoft terá que saber equilibrar a independência do LinkedIn com uma profunda integração com os produtos da Microsoft”, diz Gillett, da Forrester.
Para analistas, a maior parte dos serviços da Microsoft sentirá o impacto direto da integração com a rede social profissional. “A assistente pessoal Cortana, a versão móvel do Windows, o Skype e o buscador Bing serão beneficiados imediatamente”, diz Feinberg.
A empresa também terá de lidar com outros entraves, como novos concorrentes, entre eles a versão do Facebook para empresas, que já começou funciona nos EUA. “O Linkedin é o maior de seu setor”, minimiza Feinberg. “Os outros estão apenas começando e tem um longo caminho pela frente”.