Porto de Santos, em SP, trabalha para reduzir os gargalos no embarque

31/01/2014 Agronegócio POR: Globo Rural
Principal medida para reduzir as filas é o agendamento prévio das cargas.
Exportadores que não cumprirem o sistema serão multados.
 
O Brasil deve colher 196 milhões de toneladas de grãos, 5% mais que no ano passado. Boa parte da soja que está saindo do campo tem destino certo, a exportação. No Porto de Santos, em São Paulo, o esforço é para reduzir os gargalos na hora de embarcar a produção agrícola.
No município de Cubatão, vizinho a Santos, estão dois pátios reguladores, local onde os caminhoneiros que trazem grãos para exportação aguardam a chamada para descarregar nos terminais.
Juntos, os postos têm capacidade para 1,5 mil veículos. Duas novas áreas, uma em Santos e outra em Sumaré, estão sendo avaliadas para funcionar como postos reguladores, mas por enquanto, nada mudou em relação ao ano passado.
Em 2013, motoristas chegaram a ficar até 20 dias nos pátios porque não conseguiam a liberação. Depois era preciso ainda mais paciência com os longos congestionamentos em um trecho de 20 quilômetros que leva ao porto. Os moradores de Cubatão foram os que mais sofreram.
É crítica a situação para descarregar a safra no Porto de Santos, em SP
Um dos gargalos do escoamento da safra é a chamada Rua do Adubo, no Guarujá. É o único acesso da rodovia para a margem esquerda do Porto. A safra ainda não começou, mas o movimento já é bem intenso. Agora, os motoristas têm a opção de usar um viaduto inaugurado há poucos meses, que leva diretamente para os terminais. Eles não precisam mais esperar a carga e descarga dos trens, o que atrasava ainda mais o processo.
Outra mudança é que até o ano passado, o único jeito de chegar ao Porto era cruzando a linha férrea, enquanto agora, os caminhões têm também uma pista exclusiva em frente ao Porto.
O Porto de Santos recebeu no ano passado 114 milhões de toneladas de carga. Os grãos representaram a metade disso. Com a expectativa de mais uma safra recorde, novas regras começam a ser fiscalizadas a partir de fevereiro.
A principal medida anunciada para tentar diminuir as filas nas estradas é o agendamento prévio das cargas. A ideia é que o caminhão seja monitorado desde o município de origem e ele só poderá entrar no pátio se tiver hora marcada para descarregar.
O diretor-presidente da Codesp, a Companhia Docas do Estado de São Paulo, Renato Barco, explica que os agendamentos já existiam, mas agora o caminhão será acompanhado durante toda a viagem.
A partir da semana que vem, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários vai poder multar os terminais exportadores que não cumprirem o sistema de agendamento.