“Potencial de investimento pode chegar a US$ 40 bilhões”, diz Unica

16/11/2016 Cana-de-Açúcar POR: O Estado de São Paulo
A indústria de açúcar e etanol do Brasil terá um enorme desafio nos próximos 14 anos, com a implementação do Acordo de Paris, tratado internacional assinado por 195 países com o objetivo de frear o aquecimento do planeta. A Única (União da Indústria de Cana de Açúcar) participará ativamente dessas discussões na 22ª Conferência do Clima (COP22) evento organizado pela ONU e que vai até o dia 18, em Marrocos.
“Com a implementação do acordo, a produção de etanol do País terá de saltar dos 30 bilhões de litros/ano para 50 bilhões de litros até 2030, o que exigirá investimentos de até US$ 40 bilhões nos próximos anos”, diz Elizabeth Farina, presidente da entidade, em entrevista ao O Estado de São Paulo.
Qual o impacto da implementação do Acordo de Paris para o setor?
É preciso ressaltar primeiro o ganho ambiental, uma vez que esse acordo estabelece a redução global de emissões de gases do efeito estufa. O setor sucroalcooleiro tem uma importância estratégica porque o Brasil é um dos maiores produtores globais de biocombustíveis.
Mas o setor passa por uma crise, com cerca de 80 usinas fechadas e várias outras em dificuldades financeiras.
O fim da intervenção do governo nos preços dos combustíveis, mesmo com a queda da cotação global do petróleo, dá um alento. A grande questão é como destravar os investimentos em novas capacidades, considerando que a produçãoo de cana hoje está em torno de 600 milhões de toneladas/ano (a capacidade total é de 700 milhões de toneladas).
Para atingir a meta de 50 bilhões de litros de etanol até 2030, quanto terá de ser investido?
A produção de cana teria de atingir 1 bilhão de toneladas/ano para chegar a 50 bilhões de litros em 2030. Não é só elevar a produção, o setor tem condições de saltos em produtividade.
Como convencer os empresários a retomrar investimentos, considerando que a crise do setor se arrasta desde 2009?
O setor foi um dos primeiros a entrar na crise, que atingiu depois quase todos os setores. É preciso retomar a confiança 
A indústria de açúcar e etanol do Brasil terá um enorme desafio nos próximos 14 anos, com a implementação do Acordo de Paris, tratado internacional assinado por 195 países com o objetivo de frear o aquecimento do planeta. A Única (União da Indústria de Cana de Açúcar) participará ativamente dessas discussões na 22ª Conferência do Clima (COP22) evento organizado pela ONU e que vai até o dia 18, em Marrocos.
“Com a implementação do acordo, a produção de etanol do País terá de saltar dos 30 bilhões de litros/ano para 50 bilhões de litros até 2030, o que exigirá investimentos de até US$ 40 bilhões nos próximos anos”, diz Elizabeth Farina, presidente da entidade, em entrevista ao O Estado de São Paulo.
Qual o impacto da implementação do Acordo de Paris para o setor?
É preciso ressaltar primeiro o ganho ambiental, uma vez que esse acordo estabelece a redução global de emissões de gases do efeito estufa. O setor sucroalcooleiro tem uma importância estratégica porque o Brasil é um dos maiores produtores globais de biocombustíveis.
Mas o setor passa por uma crise, com cerca de 80 usinas fechadas e várias outras em dificuldades financeiras.
O fim da intervenção do governo nos preços dos combustíveis, mesmo com a queda da cotação global do petróleo, dá um alento. A grande questão é como destravar os investimentos em novas capacidades, considerando que a produçãoo de cana hoje está em torno de 600 milhões de toneladas/ano (a capacidade total é de 700 milhões de toneladas).

Para atingir a meta de 50 bilhões de litros de etanol até 2030, quanto terá de ser investido?

A produção de cana teria de atingir 1 bilhão de toneladas/ano para chegar a 50 bilhões de litros em 2030. Não é só elevar a produção, o setor tem condições de saltos em produtividade.
Como convencer os empresários a retomrar investimentos, considerando que a crise do setor se arrasta desde 2009?
O setor foi um dos primeiros a entrar na crise, que atingiu depois quase todos os setores. É preciso retomar a confiança.