Preço do açúcar derrete 20% em dois meses.

18/09/2014 Cana-de-Açúcar POR: Assessoria de Imprensa Archer Consulting
O setor sucroalcooleiro passou por mais uma turbulência. No mercado futuro de açúcar em NY, o preço do açúcar caiu mais 350 pontos nos últimos dois meses. “Foi uma semana que produtores gostariam de apagar da memória e desespero para as usinas que ainda precisavam fixar”, comenta o gestor de riscos da Archer Consulting. Arnaldo Corrêa.
De acordo com o consultor da Archer, a desvalorização se deve em grande parte pela ameaça de uma entrega volumosa de açúcar da Tailândia. Outros fatores também ajudaram neste quadro de perdas, como “a absoluta falta de demanda na exportação que o mercado tem assistido e o fato de 2014 ter se apresentado como um ano difícil para traders diminui o apetite para tomada de riscos e postergação natural de novos negócios, fechando com um ambiente certamente desfavorável para o setor pela falta de política governamental”, pontua ele.
A desvalorização de 20% em um período de dois meses é a maior desde o incêndio no terminal açucareiro da Copersucar, em outubro de 2013, quando o mercado negociava a 20.16 e depois caiu para 15.89 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento fechou a semana passada em 13.78 centavos de dólar por libra-pesa – é o menor valor desde maio de 2010 quando o açúcar foi negociado a mínima de 13.75.
Os demais meses de negociação também se desvalorizaram nesses dois meses: março/2015 caiu 263 pontos; o maio e o julho perderam 225 e 187 pontos, respectivamente. Mais adiante na curva, o março/2016, por exemplo, caiu 117 pontos. “Até que o outubro termine, o show de horror deve continuar”, arremata Arnaldo.
Para o especialista esse cenário vinha se descortinando. “Não podemos nos esquecer que o quadro que se pintava no início do ano safra era da possibilidade de seca, que se efetivou; uma produção de cana aquém da estimativa, que acabou se verificando, no entanto sem grande impacto nesses números; e uma chance bastante razoável do El Nino, que não se concretizou. Por isso, as fixações de venda contra a bolsa de futuros de NY por parte de algumas usinas foram sendo empurradas com a barriga na esperança de que preços melhores ocorressem com a materialização das previsões. Não veio”, explica. 
Segundo ele, o setor não esperava por um derretimento de 300 pontos em dois meses. Algumas notícias na semana passada também contribuíram para colocar mais lenha na fogueira. “O etanol em Chicago quebrou o suporte de longo prazo a 1.8550, praticamente abrindo a possibilidade que esse etanol encontre o Brasil como destino final. O petróleo Brent caiu para abaixo de 100 dólares o barril, o menor preço dos últimos quinze meses. As perspectivas de reeleição da presidente Dilma aumentaram, o que deve ser desastroso para a Petrobras, e para a política de transparência na formação de preços dos combustíveis, tão necessária para que o setor sucroalcooleiro pudesse atrair novos investimentos. Refletindo o novo quadro na corrida eleitoral, o dólar explodiu e a bolsa de valores encerrou a semana no seu sexto dia consecutivo de quedas”, analisa Arnaldo Corrêa.
O setor sucroalcooleiro passou por mais uma turbulência. No mercado futuro de açúcar em NY, o preço do açúcar caiu mais 350 pontos nos últimos dois meses. “Foi uma semana que produtores gostariam de apagar da memória e desespero para as usinas que ainda precisavam fixar”, comenta o gestor de riscos da Archer Consulting. Arnaldo Corrêa.
De acordo com o consultor da Archer, a desvalorização se deve em grande parte pela ameaça de uma entrega volumosa de açúcar da Tailândia. Outros fatores também ajudaram neste quadro de perdas, como “a absoluta falta de demanda na exportação que o mercado tem assistido e o fato de 2014 ter se apresentado como um ano difícil para traders diminui o apetite para tomada de riscos e postergação natural de novos negócios, fechando com um ambiente certamente desfavorável para o setor pela falta de política governamental”, pontua ele.
A desvalorização de 20% em um período de dois meses é a maior desde o incêndio no terminal açucareiro da Copersucar, em outubro de 2013, quando o mercado negociava a 20.16 e depois caiu para 15.89 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento fechou a semana passada em 13.78 centavos de dólar por libra-pesa – é o menor valor desde maio de 2010 quando o açúcar foi negociado a mínima de 13.75.
Os demais meses de negociação também se desvalorizaram nesses dois meses: março/2015 caiu 263 pontos; o maio e o julho perderam 225 e 187 pontos, respectivamente. Mais adiante na curva, o março/2016, por exemplo, caiu 117 pontos. “Até que o outubro termine, o show de horror deve continuar”, arremata Arnaldo.
Para o especialista esse cenário vinha se descortinando. “Não podemos nos esquecer que o quadro que se pintava no início do ano safra era da possibilidade de seca, que se efetivou; uma produção de cana aquém da estimativa, que acabou se verificando, no entanto sem grande impacto nesses números; e uma chance bastante razoável do El Nino, que não se concretizou. Por isso, as fixações de venda contra a bolsa de futuros de NY por parte de algumas usinas foram sendo empurradas com a barriga na esperança de que preços melhores ocorressem com a materialização das previsões. Não veio”, explica. 
Segundo ele, o setor não esperava por um derretimento de 300 pontos em dois meses. Algumas notícias na semana passada também contribuíram para colocar mais lenha na fogueira. “O etanol em Chicago quebrou o suporte de longo prazo a 1.8550, praticamente abrindo a possibilidade que esse etanol encontre o Brasil como destino final. O petróleo Brent caiu para abaixo de 100 dólares o barril, o menor preço dos últimos quinze meses. As perspectivas de reeleição da presidente Dilma aumentaram, o que deve ser desastroso para a Petrobras, e para a política de transparência na formação de preços dos combustíveis, tão necessária para que o setor sucroalcooleiro pudesse atrair novos investimentos. Refletindo o novo quadro na corrida eleitoral, o dólar explodiu e a bolsa de valores encerrou a semana no seu sexto dia consecutivo de quedas”, analisa Arnaldo Corrêa.