A falta de aplicação do gesso agrícola pode comprometer a safra de cana em São Paulo. O produto ajuda a corrigir a acidez do solo, mas a reclamação é com o preço, que quase dobrou este ano.
Trezentos hectares de cana-de-açúcar podem não se desenvolver completamente pela falta do gesso agrícola. Roberto Bispo mostra a área onde o produto não foi aplicado por causa do preço alto. Enquanto no ano passado, ele pagou R$ 25 pela tonelada, este ano, o valor subiu para R$ 72.
Agricultores brasileiros utilizam o gesso agrícola para correção do PH do solo. No noroeste paulista, ele é usado principalmente pelos produtores de cana porque a terra na região é muito ácida.
O produto é um resíduo da fabricação do adubo, a base de fósforo. Para extrair a substância da rocha, a refinaria utiliza o ácido sulfúrico, o que sobra são pequenas pedras que se esfarelam e são ricas em cálcio, enxofre e minerais. Elas alcançam profundidades maiores que 20 centímetros e fazem com que as raízes absorvam mais água e nutrientes do solo, condições que aumentam a produtividade da lavoura.
Por causa dos benefícios, a procura pelo produto aumentou e o preço também. Com medo de perder parte da plantação deste ano, Edson Assis preferiu aplicar calcário nos 150 hectares de cana. A função é bem parecida com a do gesso e o preço é 50% mais barato, mas o mineral não alcança tanta profundidade. Como diretor da Associação dos Produtores de Cana-de-Açúcar da região, ele orienta outros agricultores.
Os altos custos de produção somados à seca que tem atingido todo o estado, devem resultar em uma safra pouco produtiva para muitos agricultores. "Esse ano, nós tivemos uma seca muito grande com quebra de produtividade em torno de 25%, e os preços dacana não estão compensando, então a preocupação é grande porque está difícil fechar as contas", diz Edson.
Pollyana Moda
A falta de aplicação do gesso agrícola pode comprometer a safra de cana em São Paulo. O produto ajuda a corrigir a acidez do solo, mas a reclamação é com o preço, que quase dobrou este ano.
Trezentos hectares de cana-de-açúcar podem não se desenvolver completamente pela falta do gesso agrícola. Roberto Bispo mostra a área onde o produto não foi aplicado por causa do preço alto. Enquanto no ano passado, ele pagou R$ 25 pela tonelada, este ano, o valor subiu para R$ 72.
Agricultores brasileiros utilizam o gesso agrícola para correção do PH do solo. No noroeste paulista, ele é usado principalmente pelos produtores de cana porque a terra na região é muito ácida.
O produto é um resíduo da fabricação do adubo, a base de fósforo. Para extrair a substância da rocha, a refinaria utiliza o ácido sulfúrico, o que sobra são pequenas pedras que se esfarelam e são ricas em cálcio, enxofre e minerais. Elas alcançam profundidades maiores que 20 centímetros e fazem com que as raízes absorvam mais água e nutrientes do solo, condições que aumentam a produtividade da lavoura.
Por causa dos benefícios, a procura pelo produto aumentou e o preço também. Com medo de perder parte da plantação deste ano, Edson Assis preferiu aplicar calcário nos 150 hectares de cana. A função é bem parecida com a do gesso e o preço é 50% mais barato, mas o mineral não alcança tanta profundidade. Como diretor da Associação dos Produtores de Cana-de-Açúcar da região, ele orienta outros agricultores.
Os altos custos de produção somados à seca que tem atingido todo o estado, devem resultar em uma safra pouco produtiva para muitos agricultores. "Esse ano, nós tivemos uma seca muito grande com quebra de produtividade em torno de 25%, e os preços dacana não estão compensando, então a preocupação é grande porque está difícil fechar as contas", diz Edson.
Pollyana Moda