A nova diretoria da Petrobras deve enfrentar nos próximos meses seu primeiro grande teste, já que começa a ficar clara a necessidade de aumento do preço dos combustíveis. Ontem, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Ivan Monteiro, garantiu que a estatal pretende praticar preços competitivos na venda de combustíveis.
A afirmação será colocada à prova porque as condições do mercado já mostram que os preços domésticos da gasolina voltaram a ficar defasados ou estão perto de zerar os ganhos, na comparação com o mercado internacional. Com isso, aumenta a pressão por novos reajustes no curto prazo.
Durante teleconferência com analistas, Monteiro disse que a Petrobras tem obrigação de apresentar rentabilidade a seus acionistas e que a prática de preços competitivos é essencial para que a companhia cumpra sua meta de desalavancagem no longo prazo.
"A companhia tem a liberdade e vai atuar praticando preços competitivos de mercado. Esse é o nosso funcionamento e não poderia ser diferente para uma empresa de capital aberto, uma companhia que tem obrigações importantes para com o mercado de dívida e obrigação de apresentar sempre rentabilidade para os acionistas. Não pode ser outra a postura da diretoria", afirmou o executivo.
De acordo com Monteiro, o preço competitivo dos combustíveis "estará embutido na política de desalavancagem", o grande foco do novo plano de negócios, que tem publicação prevista para a primeira quinzena de junho.
Após apurar no primeiro trimestre seu primeiro lucro desde 2010, impulsionada pelas melhores condições de importação de derivados, a área de Abastecimento pode voltar a registrar em maio perdas com importações de gasolina. A recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional e a estabilidade da taxa de câmbio ao redor de R$ 3,00, segundo a GO Associados, abre espaço para que a diferença entre os preços no mercado interno e externo volte a ficar desfavorável à Petrobras pela primeira vez no ano.
Caso a empresa não opte por reajustes, o movimento pode acabar de vez com a expectativa de que a estatal recupere as perdas com defasagem nos últimos anos. Estimativas da consultoria apontam que o preço médio do litro da gasolina vendida no Brasil deve encerrar maio 2% mais barata do que o cobrado pelo combustível na
média das refinarias do Golfo do México. A Tendências Consultoria, por sua vez, calcula que a defasagem da gasolina já chegou a 5,6% na semana passada.
Já o preço interno do diesel, que é parcela mais relevante no faturamento da Petrobras, ainda está 9% mais caro que o praticado no mercado internacional, mas segundo Fabio Silveira, diretor de pesquisas econômicas da GO Associados, essa diferença prómercado doméstico pode diminuir pela mesma lógica de aumento do preço do petróleo e da estabilidade do real nos próximos meses.
Se a ligeira recuperação dos preços do barril no mercado internacional compromete parte do equilíbrio das contas da Petrobras na importação de combustíveis, o efeito esperado na exportação de petróleo é o inverso. O diretor de Abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino Ramos, disse ontem a estatal precisou aumentar o desconto sobre as
cargas exportadas pela empresa no primeiro trimestre para enfrentar a elevação dos estoques dos 'traders' que operam no mercado internacional. Mas segundo ele, os preços de venda do óleo brasileiro devem voltar a subir no
segundo trimestre.
O óleo pesado brasileiro é vendido com desconto nas exportações da Petrobras porque requer um processo de refino mais complexo. "Em abril e maio os números já estão bem melhores do que no primeiro trimestre", disse. A receita do Abastecimento com as vendas para terceiros foi de R$ 34,9 bilhões no primeiro trimestre, contra os R$ 42,9 bilhões no mesmo período de 2014. Mesmo assim, a área saiu de um prejuízo de R$ 4,8 bilhões para um lucro de R$ 6,18 bilhões na mesma base de comparação.
A nova diretoria da Petrobras deve enfrentar nos próximos meses seu primeiro grande teste, já que começa a ficar clara a necessidade de aumento do preço dos combustíveis. Ontem, o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Ivan Monteiro, garantiu que a estatal pretende praticar preços competitivos na venda de combustíveis.
A afirmação será colocada à prova porque as condições do mercado já mostram que os preços domésticos da gasolina voltaram a ficar defasados ou estão perto de zerar os ganhos, na comparação com o mercado internacional. Com isso, aumenta a pressão por novos reajustes no curto prazo.
Durante teleconferência com analistas, Monteiro disse que a Petrobras tem obrigação de apresentar rentabilidade a seus acionistas e que a prática de preços competitivos é essencial para que a companhia cumpra sua meta de desalavancagem no longo prazo.
"A companhia tem a liberdade e vai atuar praticando preços competitivos de mercado. Esse é o nosso funcionamento e não poderia ser diferente para uma empresa de capital aberto, uma companhia que tem obrigações importantes para com o mercado de dívida e obrigação de apresentar sempre rentabilidade para os acionistas. Não pode ser outra a postura da diretoria", afirmou o executivo.
De acordo com Monteiro, o preço competitivo dos combustíveis "estará embutido na política de desalavancagem", o grande foco do novo plano de negócios, que tem publicação prevista para a primeira quinzena de junho.
Após apurar no primeiro trimestre seu primeiro lucro desde 2010, impulsionada pelas melhores condições de importação de derivados, a área de Abastecimento pode voltar a registrar em maio perdas com importações de gasolina. A recuperação dos preços do petróleo no mercado internacional e a estabilidade da taxa de câmbio ao redor de R$ 3,00, segundo a GO Associados, abre espaço para que a diferença entre os preços no mercado interno e externo volte a ficar desfavorável à Petrobras pela primeira vez no ano.
Caso a empresa não opte por reajustes, o movimento pode acabar de vez com a expectativa de que a estatal recupere as perdas com defasagem nos últimos anos. Estimativas da consultoria apontam que o preço médio do litro da gasolina vendida no Brasil deve encerrar maio 2% mais barata do que o cobrado pelo combustível na média das refinarias do Golfo do México. A Tendências Consultoria, por sua vez, calcula que a defasagem da gasolina já chegou a 5,6% na semana passada.
Já o preço interno do diesel, que é parcela mais relevante no faturamento da Petrobras, ainda está 9% mais caro que o praticado no mercado internacional, mas segundo Fabio Silveira, diretor de pesquisas econômicas da GO Associados, essa diferença prómercado doméstico pode diminuir pela mesma lógica de aumento do preço do petróleo e da estabilidade do real nos próximos meses.
Se a ligeira recuperação dos preços do barril no mercado internacional compromete parte do equilíbrio das contas da Petrobras na importação de combustíveis, o efeito esperado na exportação de petróleo é o inverso. O diretor de Abastecimento da Petrobras, Jorge Celestino Ramos, disse ontem a estatal precisou aumentar o desconto sobre as cargas exportadas pela empresa no primeiro trimestre para enfrentar a elevação dos estoques dos 'traders' que operam no mercado internacional. Mas segundo ele, os preços de venda do óleo brasileiro devem voltar a subir no
segundo trimestre.
O óleo pesado brasileiro é vendido com desconto nas exportações da Petrobras porque requer um processo de refino mais complexo. "Em abril e maio os números já estão bem melhores do que no primeiro trimestre", disse. A receita do Abastecimento com as vendas para terceiros foi de R$ 34,9 bilhões no primeiro trimestre, contra os R$ 42,9 bilhões no mesmo período de 2014. Mesmo assim, a área saiu de um prejuízo de R$ 4,8 bilhões para um lucro de R$ 6,18 bilhões na mesma base de comparação.