Preços da gasolina e do etanol sobem duas vezes em 10 dias

13/12/2013 Combustível POR: Raissa Scheffer | Jornal A Cidade
Os consumidores ribeirão-pretanos se depararam nesta quinta-feira (12) com o segundo aumento no preço do etanol e da gasolina em dez dias.
 
Na maioria dos postos da cidade, o litro do etanol já custa R$ 2,09, 10% a mais ante o preço praticado há dez dias. Já a gasolina subiu 7% no período e é vendida por R$ 2,99 o litro.
 
E os combustíveis, que já pressionaram a inflação da cidade no mês passado, devem registrar novas altas até o início do ano que vem.
 
"A tendência é que haja novos reajustes. Mesmo com esforços do governo para manter preços e controlar a inflação, a Petrobrás tem seus investidores que querem resultados", diz o economista Fred Guimarães, da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão (Acirp), responsável pelo IPC-Fipe na cidade, que ficou em 0,05% em novembro e teve o etanol como um dos vilões.
 
A própria presidente da Petrobras, Graça Foster, admitiu que há uma defasagem de 14% nos preços da gasolina praticados no Brasil em relação ao mercado internacional.
 
Ela disse ainda que os preços podem voltar a subir em 2014 com a aplicação da nova fórmula para reajuste do combustível.
 
E o etanol deve seguir na esteira de altas, pois o setor precisa recuperar os custos de produção que não eram repassados para não haver perda de competitividade com a gasolina.
 
"Os combustíveis são os que mais devem pressionar os índices de inflação até janeiro", diz Fred Guimarães.
 
Etanol e pãozinho fazem a inflação registrar 0,05%
 
A inflação de 0,05% registrada em Ribeirão no mês passado pela Acirp e Fipe, é a menor desde agosto, mas os preços estão maiores em relação ao mesmo mês do ano passado, quando houve deflação de 0,25%.
 
Além do etanol, produtos como o pão francês e tomate também pressionaram o índice. Já entre os itens que ajudaram a segurar a inflação em um patamar mais baixo está o leite.
 
"Depois de meses como vilão do índice o leite começou a cair de preços e se transformou no mocinho", diz o economista Fred Guimarães. Ele destaca ainda que, para os próximos meses, além dos combustíveis, alguns alimentos também devem pressionar a inflação na cidade. "Para janeiro há uma tendência de alta, mas nada comparado a janeiro deste ano".