Preços do açúcar recuam nos mercados externos; confira novo relatório de safra

22/10/2013 Açúcar POR: Agência UDOP de Notícias
Os preços do açúcar recuaram nos mercados internacionais ontem (21), ainda sob o efeito incerto de como vão reagir as exportações brasileiras depois do incêndio que atingiu alguns armazéns da Copersucar, uma das principais comercializadoras de açúcar do Brasil.
Em Nova York, com baixa de 8 pontos, a commodity fechou cotada a 19,42 centavos de dólar por libra-peso no vencimento março/14. Em Londres, o recuo foi de US$ 1,90 por tonelada, com negócios no vencimento para dezembro/13 fechados a US$ 511,90 a tonelada.
Na contramão, o mercado doméstico continua em alta, com negócios firmados pelas usinas paulistas, segundo índices medidos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), em R$ 52,01 a saca de 50 quilos do tipo cristal, alta de 0,48% no comparativo com a véspera. No mês de outubro a commodity já valorizou 10,40%, ainda segundo o Cepea/Esalq.
Balanço de safra
A União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), divulgou na noite de ontem o último balanço de safra, com os dados atualizados até 15 de outubro. Segundo os números, as usinas da região Centro-Sul do País processaram até a data, 471,39 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 12,41% a mais no comparativo com o mesmo período da safra 2012/13.
No acumulado da safra, as usinas produziram 27,15 milhões de toneladas de açúcar do início da temporada até 15 de outubro, o que representa uma pequena variação positiva de 1,32% no comparativo com a safra passada.
A atual temporada continua mais alcooleira, com uma produção de 20,19 bilhões de litros de etanol, entre anidro e hidratado, o que representa 20,6% a mais do que os 16,74 bilhões de igual período da temporada 12/13.
A primeira quinzena de outubro teve um recuo de quase 18% na quantidade de cana processada pelas usinas, considerando o comparativo com a mesma quinzena de 2012. A redução, na análise da Unica, se deu em decorrência do excesso de chuva que tem prejudicado o andamento da colheita da matéria prima nas principais regiões produtoras.
Rogério Mian