Preparativos à mecanização evitam perdas no campo

Na próxima safra, a mecanização de colheita de cana crua, pelo Protocolo AgroAmbiental que, salvo maiores restrições no Estado de São Paulo, deverá ser da ordem de 95%, contra 82,5% do ano que passou.
Segundo o especialista, Oswaldo Alonso, consultor agrícola da Canaoeste, as perdas em produtividade devem-se a arranquios de soqueiras (rizomas) - falhas em canaviais, perdas de cana e da sua qualidade durante a colheita mecanizada. Mas adverte que tais perdas não podem ser debitadas exclusivamente às colhedoras durante a operação.
"Os Institutos de pesquisas e extensão, grupos específicos de trabalhos mecanizados, universidades e consultores têm, insistentemente, apregoado sobre preparativos à mecanização de corte. Dentre eles, preparo e sistematização do solo e da área, espaçamentos recomendados (simples ou combinados), emprego de tecnologias já disponíveis para uniformização do espaçamento e da altura de corte de base, treinamento intensivo de operadores e mantenedores de colhedoras e transbordos. Há inúmeros exemplos de produtores que colhem mecanicamente com reduzidas perdas de cana e com boa qualidade. Terceirizações continuarão necessária mas a supervisão deve ser criteriosa e ininterrupta".
Para ele, o setor precisa mudar neste quesito pois já não chega a estreita relação custo/preço da matéria-prima colocada na usina. "Caso contrário, será difícil manter-se na atividade", relata.