Presidente do CEISE Br fala sobre as perspectiva da entidade para 2016

05/02/2016 Cana-de-Açúcar POR: Fernanda Clariano - Revista Canavieiros, edição 115
Após cerimônia de posse que reuniu associados, empresários, parceiros ligados ao setor e autoridades políticas no Cred Club, em Sertãozinho-SP, o novo presidente do CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), Paulo Gallo, falou com a Revista Canavieiros sobre a entidade e prometeu dar continuidade nos trabalhos realizados no comando de Antonio Eduardo Tonielo Filho, seu antecessor.
Acompanhe!
Revista Canavieiros: Como é para você retornar à presidência dessa instituição após 18 anos?
Gallo: Vejo esse retorno com muita alegria e bons olhos, principalmente por observar como a entidade se desenvolveu nesse período e tomou um âmbito nacional. 
O CEISE Br hoje, além de ser reconhecido em nível de Brasil, é também conhecido lá fora, recebemos várias delegações de outros países que nos visitam. Isso é importante e me entusiasma.
Revista Canavieiros: Na época em que presidiu, o CEISE Br não era Nacional, era local. Fale sobre essa mudança. 
Gallo: O Ceise nasceu basicamente por questões trabalhistas, pois existiam
muitos conflitos na época. Tinha do lado dos trabalhadores um sindicato estruturado, mas ele não tinha com quem conversar, não existia uma entidade local para debater, discutir. Então, os fundadores do Ceise, João Luiz Sverzut,
Wagner Stefanoni, Carlos Liboni e outros diretores na época, acharam importante criar a entidade que num primeiro instante estava mais focada nas questões locais, mas foi tomando proporção, evoluindo, cresceu e virou nacional. 
O que foi uma excelente ideia, pois está aí apresentando resultados.
Revista Canavieiros: Durante três anos, você acompanhou, como diretor técnico, os trabalhos do até então presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho. Você vai seguir a mesma estratégia de trabalho?
Gallo: Todas as ações que essa diretoria implementou serão mantidas, sem exceção. Claro que terão ações novas e algumas pretendemos até ampliar, mas vamos ouvir a opinião dos associados. O Tonielo Filho fez um trabalho excelente, principalmente na questão política, política partidária mesmo. Ele conseguiu reunir os extremos, nós temos um gerente que é do PT e temos várias cabeças que pensam de outra forma e o legal é isso, é você ter os opostos pensando e buscando soluções comuns e isso fez a entidade crescer muito. O que a gente puder melhorar a gente vai melhorar, mas parar não.
Revista Canavieiros: Quais serão os principais desafios no comando dessa entidade?
Gallo: O nosso desafio em termos práticos é fazer o máximo possível para que o setor sucroenergético volte a comprar.
Hoje o grande problema do nosso parque industrial não só de Sertãozinho, lembrando que o Ceise é nacional, é carteira. Hoje, muitas coisas que estão acontecendo como, por exemplo, a recuperação do preço do etanol, a volta da CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) na gasolina, uma melhoria nos preços da energia elétrica, são resultados de ações as quais o CEISE Br tem participado e vamos continuar mantendo essas ações. Além disso, queremos junto com a Reed Exhibitions Alcantara Machado, que é nossa grande parceira na Fenasucro, levar nossas empresas para vender em outros segmentos. 
Não podemos só ficar em açúcar e etanol, não podemos abandonar o açúcar e o etanol, mas temos que buscar as alternativas e esses são os grandes desafios.
Os desafios e a falta de mercado são o que estão nos matando hoje.
Revista Canavieiros: Quais são as estratégias que vocês pretendem buscar junto ao Governo em termos de apoio para a indústria?
Gallo: Temos feito um trabalho muito intenso em Brasília e, inclusive, em São Paulo, e estamos abertos a conversar com qualquer Governo.
Não temos cor partidária, se é PT, PSDB, PMBD, para nós é indiferente, no sentido de que nós queremos conversar e levar as nossas dificuldades.
Estamos procurando política pública para o setor sucroenergético, não é o CEISE Br, não é o empresário industrial quem vai determinar a política de preço de gasolina, quem vai fazer isso é o Governo Federal e o que nós queremos é estreitar cada vez mais a relação com o Governo. Não é nossa obrigação criticar A, B ou C, temos que procurar espaços para nossas empresas associadas e é isso que vamos continuar fazendo.
Revista Canavieiros: Você acredita que a indústria vai encontrar uma luz no fim do túnel em 2016?
Gallo: Isso vai depender muito do desenrolar dessa crise que temos hoje, porque o grande problema é a crise política. 
Existe uma crise econômica, é claro, é obvio que existe, mas ela está sendo alimentada pela crise política.
Esse é o grande problema, nós estamos encerrando 2015 e o Governo não conseguiu definir nem o ajuste fiscal. Se ele é bom ou se ele é ruim, não vou entrar no mérito, mas o que quero deixar claro é que já se passou um ano e o Governo não conseguiu avançar. A crise política está travando o país. A partir do momento em que ela se resolver, eu tenho certeza que a crise econômica se resolve muito rapidamente. Não dá para ter uma bola de cristal porque o Brasil é uma caixinha de surpresa, mas vamos torcer para que o pessoal crie bom senso lá em Brasília e que a gente possa ver o país andar.
Revista Canavieiros: O que o associado do CEISE Br pode esperar dessa nova diretoria?
Gallo: Pode esperar transparência e portas abertas. A gente quer ouvir os associados que sempre tiveram acesso à entidade e a gente quer abrir ainda mais as portas. Pretendemos trazer empresas de fora de Sertãozinho, fechamos parceria com o APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool) que está em Piracicaba. Então, o que o associado pode esperar é mais acesso para a entidade, mas ele também precisa participar.
Após cerimônia de posse que reuniu associados, empresários, parceiros ligados ao setor e autoridades políticas no Cred Club, em Sertãozinho-SP, o novo presidente do CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), Paulo Gallo, falou com a Revista Canavieiros sobre a entidade e prometeu dar continuidade nos trabalhos realizados no comando de Antonio Eduardo Tonielo Filho, seu antecessor.
Acompanhe!

Revista Canavieiros: Como é para você retornar à presidência dessa instituição após 18 anos?
 

Gallo: Vejo esse retorno com muita alegria e bons olhos, principalmente por observar como a entidade se desenvolveu nesse período e tomou um âmbito nacional. 
O CEISE Br hoje, além de ser reconhecido em nível de Brasil, é também conhecido lá fora, recebemos várias delegações de outros países que nos visitam. Isso é importante e me entusiasma.
Revista Canavieiros: Na época em que presidiu, o CEISE Br não era Nacional, era local. Fale sobre essa mudança. 
 

Gallo: O Ceise nasceu basicamente por questões trabalhistas, pois existiam muitos conflitos na época. Tinha do lado dos trabalhadores um sindicato estruturado, mas ele não tinha com quem conversar, não existia uma entidade local para debater, discutir. Então, os fundadores do Ceise, João Luiz Sverzut, Wagner Stefanoni, Carlos Liboni e outros diretores na época, acharam importante criar a entidade que num primeiro instante estava mais focada nas questões locais, mas foi tomando proporção, evoluindo, cresceu e virou nacional. 
 
O que foi uma excelente ideia, pois está aí apresentando resultados.

 
Revista Canavieiros: Durante três anos, você acompanhou, como diretor técnico, os trabalhos do até então presidente do CEISE Br, Antonio Eduardo Tonielo Filho. Você vai seguir a mesma estratégia de trabalho?
 

Gallo: Todas as ações que essa diretoria implementou serão mantidas, sem exceção. Claro que terão ações novas e algumas pretendemos até ampliar, mas vamos ouvir a opinião dos associados. O Tonielo Filho fez um trabalho excelente, principalmente na questão política, política partidária mesmo. Ele conseguiu reunir os extremos, nós temos um gerente que é do PT e temos várias cabeças que pensam de outra forma e o legal é isso, é você ter os opostos pensando e buscando soluções comuns e isso fez a entidade crescer muito. O que a gente puder melhorar a gente vai melhorar, mas parar não.
Revista Canavieiros: Quais serão os principais desafios no comando dessa entidade?

 
Gallo: O nosso desafio em termos práticos é fazer o máximo possível para que o setor sucroenergético volte a comprar.
Hoje o grande problema do nosso parque industrial não só de Sertãozinho, lembrando que o Ceise é nacional, é carteira. Hoje, muitas coisas que estão acontecendo como, por exemplo, a recuperação do preço do etanol, a volta da CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) na gasolina, uma melhoria nos preços da energia elétrica, são resultados de ações as quais o CEISE Br tem participado e vamos continuar mantendo essas ações. Além disso, queremos junto com a Reed Exhibitions Alcantara Machado, que é nossa grande parceira na Fenasucro, levar nossas empresas para vender em outros segmentos.
Não podemos só ficar em açúcar e etanol, não podemos abandonar o açúcar e o etanol, mas temos que buscar as alternativas e esses são os grandes desafios.
Os desafios e a falta de mercado são o que estão nos matando hoje.

 
Revista Canavieiros: Quais são as estratégias que vocês pretendem buscar junto ao Governo em termos de apoio para a indústria?
 

Gallo: Temos feito um trabalho muito intenso em Brasília e, inclusive, em São Paulo, e estamos abertos a conversar com qualquer Governo.
Não temos cor partidária, se é PT, PSDB, PMBD, para nós é indiferente, no sentido de que nós queremos conversar e levar as nossas dificuldades.
Estamos procurando política pública para o setor sucroenergético, não é o CEISE Br, não é o empresário industrial quem vai determinar a política de preço de gasolina, quem vai fazer isso é o Governo Federal e o que nós queremos é estreitar cada vez mais a relação com o Governo. Não é nossa obrigação criticar A, B ou C, temos que procurar espaços para nossas empresas associadas e é isso que vamos continuar fazendo.

 
Revista Canavieiros: Você acredita que a indústria vai encontrar uma luz no fim do túnel em 2016?
 

Gallo: Isso vai depender muito do desenrolar dessa crise que temos hoje, porque o grande problema é a crise política. 
Existe uma crise econômica, é claro, é obvio que existe, mas ela está sendo alimentada pela crise política.
Esse é o grande problema, nós estamos encerrando 2015 e o Governo não conseguiu definir nem o ajuste fiscal. Se ele é bom ou se ele é ruim, não vou entrar no mérito, mas o que quero deixar claro é que já se passou um ano e o Governo não conseguiu avançar. A crise política está travando o país. A partir do momento em que ela se resolver, eu tenho certeza que a crise econômica se resolve muito rapidamente. Não dá para ter uma bola de cristal porque o Brasil é uma caixinha de surpresa, mas vamos torcer para que o pessoal crie bom senso lá em Brasília e que a gente possa ver o país andar.

 
Revista Canavieiros: O que o associado do CEISE Br pode esperar dessa nova diretoria?
 

Gallo: Pode esperar transparência e portas abertas. A gente quer ouvir os associados que sempre tiveram acesso à entidade e a gente quer abrir ainda mais as portas. Pretendemos trazer empresas de fora de Sertãozinho, fechamos parceria com o APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool) que está em Piracicaba. Então, o que o associado pode esperar é mais acesso para a entidade, mas ele também precisa participar.