Presidente nega mudança de política e equipe econômica

17/03/2016 Logística POR: Valor Econômico
Em um dia de fortes especulações sobre mudanças na equipe e no rumo da política econômica, a presidente Dilma Rousseff convocou uma entrevista para negar qualquer possibilidade de trocas no comando do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC) e sinalizou que a política econômica não mudará, descartando que as reservas internacionais sejam usadas para financiar investimentos, embora tenha deixado aberta a possibilidade de uso para abater a dívida pública.
"Os dois estão mais dentro [do governo] do que nunca", disse em referência a Alexandre Tombini e Nelson Barbosa. "Nós jamais teremos uma pauta de uso das reservas para algo que não seja a proteção do país contra flutuações internacionais", continuou a presidente para em seguida acrescentar que "reservas também podem ter papel em relação a dívida, mas não são forma adequada de solucionar investimento".
Para afastar dúvidas de que o ex-presidente Lula, que assume a chefia da Casa Civil na semana que vem, vá ditar mudanças na economia, a presidente lembrou que nos oito anos de governo Lula sempre houve a defesa da inflação e da estabilidade. "O presidente Lula tem trajetória que eu reputo muito expressiva, também pelo seu compromisso com estabilidade fiscal e controle da inflação", afirmou. "Esse compromisso não é meramente retórico", acrescentou logo em seguida.
Dilma também reiterou a importância de buscar a estabilidade fiscal e quando foi perguntada sobre aumentos na oferta de crédito, destacou que o governo já vem fazendo isso, com programas que destinam recursos para micro e pequenas empresas, capital de giro e linhas do BNDES. "No que se refere ao crédito, nós fizemos grande esforço para ampliá-lo, o que é importante", analisou. Segundo ela, "essa não é uma posição do PT apenas, mas de toda a base aliada e o ministro Barbosa fez anúncios nesse sentido".
A presidente lembrou como um "fato e não uma avaliação política" que o governo dela e do ex-presidente Lula foram os responsáveis pelo acúmulo de reservas internacionais de mais de US$ 370 bilhões e são um instrumento para defender o país de flutuações internacionais e, por isso, não iriam financiar investimentos públicos.
"Nós sabemos porque criamos esse volume de reservas, que isso significa proteção contra flutuações internacionais e funcionaram muito bem", prosseguiu, para em seguida relembrar que "quando o presidente Lula assumiu o governo, as reservas não davam para pagar vencimento de dívidas".
Na manhã de ontem, a presidente se reuniu com Lula, Barbosa e Jaques Wagner, então titular da Casa Civil, no Palácio da Alvorada. O Valor apurou que não foram discutidas medidas específicas, mas o ex-presidente foi enfático na avaliação de que o governo tem que sinalizar que "está fazendo uma política de recuperação do crescimento e não de ajuste fiscal". A ênfase de Lula foi na necessidade de mostrar que o governo trabalha na recuperação do emprego e da renda.
Nelson Barbosa, de acordo com relatos, defendeu que as medidas tomadas nos últimos três meses, desde que assumiu a Fazenda, estão em linha com o que exige o ex-presidente Lula. Ele citou inclusive a renegociação das dívidas estaduais, que foi concluída essa semana.
Em um dia de fortes especulações sobre mudanças na equipe e no rumo da política econômica, a presidente Dilma Rousseff convocou uma entrevista para negar qualquer possibilidade de trocas no comando do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC) e sinalizou que a política econômica não mudará, descartando que as reservas internacionais sejam usadas para financiar investimentos, embora tenha deixado aberta a possibilidade de uso para abater a dívida pública.
"Os dois estão mais dentro [do governo] do que nunca", disse em referência a Alexandre Tombini e Nelson Barbosa. "Nós jamais teremos uma pauta de uso das reservas para algo que não seja a proteção do país contra flutuações internacionais", continuou a presidente para em seguida acrescentar que "reservas também podem ter papel em relação a dívida, mas não são forma adequada de solucionar investimento".
Para afastar dúvidas de que o ex-presidente Lula, que assume a chefia da Casa Civil na semana que vem, vá ditar mudanças na economia, a presidente lembrou que nos oito anos de governo Lula sempre houve a defesa da inflação e da estabilidade. "O presidente Lula tem trajetória que eu reputo muito expressiva, também pelo seu compromisso com estabilidade fiscal e controle da inflação", afirmou. "Esse compromisso não é meramente retórico", acrescentou logo em seguida.
Dilma também reiterou a importância de buscar a estabilidade fiscal e quando foi perguntada sobre aumentos na oferta de crédito, destacou que o governo já vem fazendo isso, com programas que destinam recursos para micro e pequenas empresas, capital de giro e linhas do BNDES. "No que se refere ao crédito, nós fizemos grande esforço para ampliá-lo, o que é importante", analisou. Segundo ela, "essa não é uma posição do PT apenas, mas de toda a base aliada e o ministro Barbosa fez anúncios nesse sentido".
A presidente lembrou como um "fato e não uma avaliação política" que o governo dela e do ex-presidente Lula foram os responsáveis pelo acúmulo de reservas internacionais de mais de US$ 370 bilhões e são um instrumento para defender o país de flutuações internacionais e, por isso, não iriam financiar investimentos públicos.
"Nós sabemos porque criamos esse volume de reservas, que isso significa proteção contra flutuações internacionais e funcionaram muito bem", prosseguiu, para em seguida relembrar que "quando o presidente Lula assumiu o governo, as reservas não davam para pagar vencimento de dívidas".
Na manhã de ontem, a presidente se reuniu com Lula, Barbosa e Jaques Wagner, então titular da Casa Civil, no Palácio da Alvorada. O Valor apurou que não foram discutidas medidas específicas, mas o ex-presidente foi enfático na avaliação de que o governo tem que sinalizar que "está fazendo uma política de recuperação do crescimento e não de ajuste fiscal". A ênfase de Lula foi na necessidade de mostrar que o governo trabalha na recuperação do emprego e da renda.
Nelson Barbosa, de acordo com relatos, defendeu que as medidas tomadas nos últimos três meses, desde que assumiu a Fazenda, estão em linha com o que exige o ex-presidente Lula. Ele citou inclusive a renegociação das dívidas estaduais, que foi concluída essa semana.