Os preços do açúcar encerraram a semana valorizados. De acordo com a análise do jornal Valor Econômico, a previsão de que as áreas canavieiras do Brasil iriam continuar recebendo chuvas nos últimos dias deu forte impulso aos futuros do açúcar.
Na sexta-feira (20), a commodity subiu 35 pontos na bolsa de Nova York e os negócios foram firmados, no vencimento março/16, em 15,30 centavos de dólar por libra-peso. No lote maio/16, a alta foi de 36 pontos e na tela julho/16, de 33 pontos na comparação com o dia anterior.
Em Londres, a valorização foi de 7,50 dólares na tela dezembro/15. Os preços fecharam em US$ 409,70 a tonelada. Nos demais vencimentos da bolsa londrina, a commodity oscilou positivamente de 4,40 a 6,80 dólares a tonelada.
Segundo a análise do jornal, o Inmet previa precipitações intensas no fim de semana no Sudeste e Centro-Oeste. A umidade atrapalha a moagem da cana-de-açúcar e prejudica a fabricação de açúcar, que já vem perdendo espaço para o etanol. O Centro-Sul vem recebendo chuvas acima da média desde o início do mês. Em algumas regiões, as precipitações já superam 100% da média para todo o mês.
Em seu artigo semanal, o Diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Correa disse que "trazendo um pouco mais de instabilidade ao mercado, as notícias vindas da Índia são confusas e sujeitas a interpretações de toda sorte. Um dia tem impacto negativo e fazem o mercado despencar para no dia seguinte faze-lo subir. Um subsidio de 300 pontos equivalentes em NY é altista ou baixista? A Índia dizendo que vai exportar 3 milhões de toneladas é altista ou baixista? E se olharmos que esse número era quatro milhões há algumas semanas? E agora a SGS divulgou uma estimativa reduzindo para 23.1 milhões de toneladas a previsão de produção de açúcar naquele país, menor do que o consumo pela primeira vez em seis anos. Uau, isso vai alimentar o apetite dos fundos, não vai não? E assim, o mercado subiu no último dia de pregão da semana".
Para concluir, Corrêa afirma que "caldo de galinha e cautela não fazem mal a ninguém. Travar as vendas de açúcar de exportação ao longo da curva de preços de NY combinada com a curva ascendente do real em relação ao dólar, trazem um valor em reais por tonelada extremamente atraente. Oportunidades como essas não devem ser perdidas. Pelo menos a trava dos valores do orçamento deve ser observada, ou seja, a compra de puts e a trava dos reais para garantir um mínimo de rentabilidade".
Mercado doméstico
Devido ao feriado municipal da Consciência Negra, não houve comercialização do açúcarem São Paulo na sexta-feira (20). Mas na quinta-feira (19), os preços voltaram a subir. Segundo índices do Cepea/Esalq, da USP, a commodity foi negociada a R$ 77,38 a saca de 50 quilos do tipo cristal, alta de 0,45% no comparativo com a véspera.
Patrícia Mendonça
Os preços do açúcar encerraram a semana valorizados. De acordo com a análise do jornal Valor Econômico, a previsão de que as áreas canavieiras do Brasil iriam continuar recebendo chuvas nos últimos dias deu forte impulso aos futuros do açúcar.
Na sexta-feira (20), a commodity subiu 35 pontos na bolsa de Nova York e os negócios foram firmados, no vencimento março/16, em 15,30 centavos de dólar por libra-peso. No lote maio/16, a alta foi de 36 pontos e na tela julho/16, de 33 pontos na comparação com o dia anterior.
Em Londres, a valorização foi de 7,50 dólares na tela dezembro/15. Os preços fecharam em US$ 409,70 a tonelada. Nos demais vencimentos da bolsa londrina, a commodity oscilou positivamente de 4,40 a 6,80 dólares a tonelada.
Segundo a análise do jornal, o Inmet previa precipitações intensas no fim de semana no Sudeste e Centro-Oeste. A umidade atrapalha a moagem da cana-de-açúcar e prejudica a fabricação de açúcar, que já vem perdendo espaço para o etanol. O Centro-Sul vem recebendo chuvas acima da média desde o início do mês. Em algumas regiões, as precipitações já superam 100% da média para todo o mês.
Em seu artigo semanal, o Diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Correa disse que "trazendo um pouco mais de instabilidade ao mercado, as notícias vindas da Índia são confusas e sujeitas a interpretações de toda sorte. Um dia tem impacto negativo e fazem o mercado despencar para no dia seguinte faze-lo subir. Um subsidio de 300 pontos equivalentes em NY é altista ou baixista? A Índia dizendo que vai exportar 3 milhões de toneladas é altista ou baixista? E se olharmos que esse número era quatro milhões há algumas semanas? E agora a SGS divulgou uma estimativa reduzindo para 23.1 milhões de toneladas a previsão de produção de açúcar naquele país, menor do que o consumo pela primeira vez em seis anos. Uau, isso vai alimentar o apetite dos fundos, não vai não? E assim, o mercado subiu no último dia de pregão da semana".
Para concluir, Corrêa afirma que "caldo de galinha e cautela não fazem mal a ninguém. Travar as vendas de açúcar de exportação ao longo da curva de preços de NY combinada com a curva ascendente do real em relação ao dólar, trazem um valor em reais por tonelada extremamente atraente. Oportunidades como essas não devem ser perdidas. Pelo menos a trava dos valores do orçamento deve ser observada, ou seja, a compra de puts e a trava dos reais para garantir um mínimo de rentabilidade".
Mercado doméstico
Devido ao feriado municipal da Consciência Negra, não houve comercialização do açúcarem São Paulo na sexta-feira (20). Mas na quinta-feira (19), os preços voltaram a subir. Segundo índices do Cepea/Esalq, da USP, a commodity foi negociada a R$ 77,38 a saca de 50 quilos do tipo cristal, alta de 0,45% no comparativo com a véspera.
Patrícia Mendonça