O consumo de energia no Estado de São Paulo diminui 1,3% em 2015 se comparado com o mesmo período do ano anterior, segundo estudo divulgado na última semana pela Secretaria de Energia e Mineração.
Em São Carlos, as vendas de gasolina caíram 3,5% e, em Araraquara, 14,3%, segundo a pasta. Já o consumo de álcool aumentou 25,2% em São Carlos e 7,8% em Araraquara, uma alta impulsionada pela diferença de preço.
Com a crise, todos estão preocupados em pagar menos, apagar a luz, deixar o carro na garagem e evitar viagens, o que repercutiu no consumo de gasolina.
A energia elétrica também teve uma retração de mais de cinco mil GWh, o suficiente para abastecer o Estado de São Paulo por 15 dias.
Retração x Crescimento
Segundo especialistas, além de retratarem o esforço que as pessoas e empresas estão fazendo para economizar, os dados também apontam para um fator preocupante.
O Estado de São Paulo tem 44 milhões de habitantes, a maior concentração de indústrias da América Latina. Se todos gastam menos energia é porque a economia encolheu.
As únicas fontes que registraram aumento vêm dos canaviais e a explicação para isso também é a crise.
O bagaço da cana-de-açúcar registrou aumento de 9% e a produção de etanol teve alta de 5,9%. "No Estado de São Paulo, nós temos um ICMS mais baixo e, com isso, o álcool, além de ser produzido localmente, com a tributação reduzida em relação ao álcool em outros estados, acabou sendo muito mais vantajoso que a gasolina”, explicou o especialista em motores a etanol James Waterhouse.
Ele também lembrou os benefícios desse tipo de combustível. “Nós já entendemos e o mundo inteiro entendeu que precisamos parar de emitir CO2 na atmosfera, o etanol tem logicamente esse grande benefício para sociedade”.
Usinas
Empresários da região contam que sentiram o aumento na procura pelo etanol e comemoram. “O crescimento da demanda e do preço veio em uma hora muito boa para as usinas se recuperarem e terem um finzinho de safra mais rentável”, disse Antônio Carlos Christiano, diretor de uma planta em Nova Europa.
Na usina, na safra 2006/2007, a moagem foi de 1,7 milhão de toneladas; em 2015/2016, foram 4,7 milhões. Eram produzidos 43,8 milhões de litros de etanol e, atualmente, são 180 milhões de litros.
Agora, quem está no setor espera que o governo tome medidas para manter a área aquecida. “Que a paridade de 70% fosse sempre garantida com o preço da gasolina e não deixasse que isso interferisse no etanol, que o governo incentivasse o crescimento de novas usinas para que nunca tivesse problema de desabastecimento e que em paralelo incentivasse a geração de energia térmica através do bagaço da cana”, exemplificou Christiano.
O consumo de energia no Estado de São Paulo diminui 1,3% em 2015 se comparado com o mesmo período do ano anterior, segundo estudo divulgado na última semana pela Secretaria de Energia e Mineração.
Em São Carlos, as vendas de gasolina caíram 3,5% e, em Araraquara, 14,3%, segundo a pasta. Já o consumo de álcool aumentou 25,2% em São Carlos e 7,8% em Araraquara, uma alta impulsionada pela diferença de preço.
Com a crise, todos estão preocupados em pagar menos, apagar a luz, deixar o carro na garagem e evitar viagens, o que repercutiu no consumo de gasolina.
A energia elétrica também teve uma retração de mais de cinco mil GWh, o suficiente para abastecer o Estado de São Paulo por 15 dias.
Retração x Crescimento
Segundo especialistas, além de retratarem o esforço que as pessoas e empresas estão fazendo para economizar, os dados também apontam para um fator preocupante.
O Estado de São Paulo tem 44 milhões de habitantes, a maior concentração de indústrias da América Latina. Se todos gastam menos energia é porque a economia encolheu.
As únicas fontes que registraram aumento vêm dos canaviais e a explicação para isso também é a crise.
O bagaço da cana-de-açúcar registrou aumento de 9% e a produção de etanol teve alta de 5,9%. "No Estado de São Paulo, nós temos um ICMS mais baixo e, com isso, o álcool, além de ser produzido localmente, com a tributação reduzida em relação ao álcool em outros estados, acabou sendo muito mais vantajoso que a gasolina”, explicou o especialista em motores a etanol James Waterhouse.
Ele também lembrou os benefícios desse tipo de combustível. “Nós já entendemos e o mundo inteiro entendeu que precisamos parar de emitir CO2 na atmosfera, o etanol tem logicamente esse grande benefício para sociedade”.
Usinas
Empresários da região contam que sentiram o aumento na procura pelo etanol e comemoram. “O crescimento da demanda e do preço veio em uma hora muito boa para as usinas se recuperarem e terem um finzinho de safra mais rentável”, disse Antônio Carlos Christiano, diretor de uma planta em Nova Europa.
Na usina, na safra 2006/2007, a moagem foi de 1,7 milhão de toneladas; em 2015/2016, foram 4,7 milhões. Eram produzidos 43,8 milhões de litros de etanol e, atualmente, são 180 milhões de litros.
Agora, quem está no setor espera que o governo tome medidas para manter a área aquecida. “Que a paridade de 70% fosse sempre garantida com o preço da gasolina e não deixasse que isso interferisse no etanol, que o governo incentivasse o crescimento de novas usinas para que nunca tivesse problema de desabastecimento e que em paralelo incentivasse a geração de energia térmica através do bagaço da cana”, exemplificou Christiano.