Mix de produção e qualidade da cana são os fatores para o resultado
Na safra 20/21, até o dia primeiro de agosto, foram fabricadas no Centro-Sul, 19,73 milhões de toneladas de açúcar, desse montante somente na segunda metade do mês de julho, se produziu 3,4 milhões de toneladas, valor próximo do total de exportação do mês, recorde para o período segundo a série histórica realizada pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
Segundo aponta o relatório de acompanhamento de safra, divulgado quinzenalmente pela Unica, o vistoso número é consequência da alta capacidade de mudança de produção de muitas unidades industriais que sairam de um mix de 65% contra 35% favorável para o etanol na safra passada, para uma realidade de 53% contra 47% na temporada atual.
Contudo há também um segundo fator importante para essa “doce chuva”, a qualidade da matéria-prima.
“Com aproximadamente 55% da safra concluída, o incremento total de 6,37 milhões de toneladas na produção de açúcar observada até o momento decorre principalmente da alteração do mix de produção, que contribuiu para o aumento de 5,31 milhões de toneladas. Os outros 1,06 milhão de toneladas resultam do avanço da moagem e da melhor qualidade da matéria-prima colhida”, explica o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, no documento.
Complementando a informação, na segunda quinzena de julho a quantidade de ATR (Açúcares Totais Retornáveis) chegou a 148,15 kg por tonelada de cana, enquanto que em igual período do ano passado esse número foi de 141,25 kg.
