Produção de açúcar ficará abaixo do esperado
28/08/13 - Apesar da valorização do dólar, que beneficia as exportações, a produção de açúcar será menor que a esperada inicialmente na região centro-sul, responsável por cerca de 90% da safra de cana.
As geadas e as chuvas de julho afetaram a quantidade de açúcar total recuperável (ATR) na cana, o que impõe limites à fabricação de açúcar, afirma Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, especializada no setor.
Segundo ele, a produção de açúcar na safra 13/14, que começou em abril, será 1,1 milhão de toneladas menor do que a esperada anteriormente e somará 34,18 milhões de toneladas no centro-sul. O volume ficará quase estável em relação à safra passada.
Da quantidade total de cana processada desde o início da safra até o dia 16, 43,6% foram destinados ao açúcar, informou ontem a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar). Esse percentual está abaixo dos 48,7% e 47,1% do mesmo período de 2012 e de 2011, segundo a entidade.
Com os limites impostos na escolha pelo açúcar, a participação do etanol na safra aumentará de 53,8% para 54,7%, segundo a Datagro.
De acordo com a nova estimativa da consultoria, serão produzidos 25,35 bilhões de litros de etanol na safra 13/14, superando a estimativa inicial em 170 milhões. Do total, 11 bilhões de litros serão destinados ao anidro, e 14,3 bilhões, ao hidratado.
Além da quantidade de açúcar na cana abaixo do esperado, os eventos climáticos também vão provocar uma leve queda no volume moído.
O centro-sul deve processar 584,8 milhões de toneladas de cana na atual safra, segundo a Datagro, que antes estimava o processamento de 586,1 milhões de toneladas.
Nastari diz que as perdas com as geadas chegam a 7 milhões de toneladas na região.
"Embora a cana bisada [deixada no campo de uma safra para a outra] seja mais afetada, algumas usinas terão perda de moagem."
De acordo com a Unica, 315 milhões de toneladas foram processadas no centro-sul até o fim da primeira quinzena deste mês, alta de 20,7% ante o mesmo período de 2012. Com a trégua das chuvas nos 15 primeiros dias deste mês, as usinas operaram perto do limite de sua capacidade.
Tatiana Freitas
Fonte: Folha deApesar da valorização do dólar, que beneficia as exportações, a produção de açúcar será menor que a esperada inicialmente na região centro-sul, responsável por cerca de 90% da safra de cana.
As geadas e as chuvas de julho afetaram a quantidade de açúcar total recuperável (ATR) na cana, o que impõe limites à fabricação de açúcar, afirma Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, especializada no setor.
Segundo ele, a produção de açúcar na safra 13/14, que começou em abril, será 1,1 milhão de toneladas menor do que a esperada anteriormente e somará 34,18 milhões de toneladas no centro-sul. O volume ficará quase estável em relação à safra passada.
Da quantidade total de cana processada desde o início da safra até o dia 16, 43,6% foram destinados ao açúcar, informou ontem a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar). Esse percentual está abaixo dos 48,7% e 47,1% do mesmo período de 2012 e de 2011, segundo a entidade.
Com os limites impostos na escolha pelo açúcar, a participação do etanol na safra aumentará de 53,8% para 54,7%, segundo a Datagro.
De acordo com a nova estimativa da consultoria, serão produzidos 25,35 bilhões de litros de etanol na safra 13/14, superando a estimativa inicial em 170 milhões. Do total, 11 bilhões de litros serão destinados ao anidro, e 14,3 bilhões, ao hidratado.
Além da quantidade de açúcar na cana abaixo do esperado, os eventos climáticos também vão provocar uma leve queda no volume moído.
O centro-sul deve processar 584,8 milhões de toneladas de cana na atual safra, segundo a Datagro, que antes estimava o processamento de 586,1 milhões de toneladas.
Nastari diz que as perdas com as geadas chegam a 7 milhões de toneladas na região.
"Embora a cana bisada [deixada no campo de uma safra para a outra] seja mais afetada, algumas usinas terão perda de moagem."
De acordo com a Unica, 315 milhões de toneladas foram processadas no centro-sul até o fim da primeira quinzena deste mês, alta de 20,7% ante o mesmo período de 2012. Com a trégua das chuvas nos 15 primeiros dias deste mês, as usinas operaram perto do limite de sua capacidade.
Tatiana Freitas