Produção de cana-de-açúcar deve registrar alta no Triângulo Mineiro
29/04/2013
Cana-de-Açúcar
O ano começou bem para o setor sucroalcooleiro do país, inclusive no Triângulo Mineiro. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de cana de açúcar pode crescer em até 11% neste ano em relação à temporada passada. Além do crescimento na produção, foi registrada também a elevação da área de corte, que chega a quase 9 milhões de hectares. As condições climáticas foram essenciais para atingir este resultado.
"Não faltou chuva, principalmente para a cultura de cana-de-açúcar. As lavouras foram melhor manejadas, os produtores cuidaram melhor. E os nossos canaviais também foram reformados nos últimos dois anos. Teremos muita cana de primeiro e segundo cortes, o que faz com que a produção tenho o aumento", afirmou o engenheiro agrônomo Rodrigo Piau.
No Triângulo Mineiro a estimativa é que sejam colhidas mais de 3 milhões de toneladas, que serão transformadas em 5,6 milhões de sacas de 50 quilos e 92 milhões de litros cúbicos de álcool. De acordo com Rodrigo Piau, o mercado também deve manter a tendência de alta na produção na safra 2014/2015. "A região do Triângulo Mineiro alcançou uma estabilidade de crescimento e expansão, visando principalmente o aumento da produção vertical", concluiu o engenheiro agrônomo.
Os resultados animam agricultores, que calculam crescimento entre 10% e 13% na produção. O aumento do preço da gasolina em 6,6% na refinaria e a ampliação da mistura de etanol, de 20% para 25%, a partir do mês, são fatores que estimulam o mercado. "Em todos anos nós temos que trabalhar como se fosse o primeiro. Sempre investindo mais e tentando melhorar de um ano para o outro", disse o produtor rural, Ademir Ferreira Júnior.
Para as usinas as expectativas são ainda mais animadoras. Algumas empresas do Triângulo Mineiro já trabalham com uma projeção de crescimento de 20% em relação à safra anterior. "Isso é fruto do investimento feito pelo setor nos últimos anos, principalmente nos canaviais. A expectativa é muito positiva", concluiu Juscelino Oliveira de Souza, diretor de uma usina.