A produção mineira de soja na safra 2014/15 deverá alcançar o ritmo de crescimento que havia sido projetado para 2013/2014 e que só não se concretizou devido à estiagem atípica, responsável pela queda de 10,4% na produtividade. Os preços mais competitivos que outras culturas e o maior uso de sementes precoce, o que permite a implantação antecipada da segunda safra, são fatores que estimularão a produção da oleaginosa. Na safra 2013/14, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) era de um incremento máximo de 7,3% no volume de soja, o que alcançaria 3,6 milhões de toneladas em Minas Gerais.
De acordo com o presidente da Comissão de Grãos da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Claudionor Nunes de Morais, os investimentos no grão devem ser favorecidos ao longo da safra 2014/15.
"Em Minas Gerais, o que estamos observando é o crescimento da soja em espaços antes ocupados pelo milho e cana-de-açúcar. E isso deve ocorrer novamente em 2014/15. Não temos dados ainda sobre o quanto, mas a produção certamente será maior", afirmou.
Segundo ele, os produtores mineiros estão preparados para uma grande safra. "Além do aumento da área essa grande safra também será estimulada pela recuperação da produtividade, já que 2014 foi um ano atípico, em função da seca, e não vivíamos uma situação assim há dez anos", disse.
Ainda segundo Morais, Minas deve atingir rapidamente uma produção de 4 milhões de toneladas. A tendência é que, ao longo das próximas safras, a produção da oleaginosa seja expandida para áreas antes ocupadas pelo milho.
O uso de sementes precoces de soja - que permite que a colheita seja antecipada - vai favorecer a introdução de uma segunda safra, período em que deverá dominar o milho.
"A tendência é de um crescimento da soja na primeira safra e concentração do milho no segundo período produtivo", disse.
Preços
Em relação aos preços, a situação atual é desfavorável, uma vez que a expectativa de uma supersafra norte-americana vem provocando baixa. "A saca de 60 quilos é negociada em torno de R$ 50. Se o preço cair para R$ 40, a produção se torna inviável, mas acreditamos que isso não acontecerá. A programação dos produtores segue normalmente, já que é muito cedo para estimar o que acontecerá com os preços".
A expectativa de uma safra maior no próximo período produtivo também é a aposta do diretor de grãos da Algar Agro, Marcelo Henrique Machado, que acredita na retomada da produtividade, no aumento da área e em uma produção em 2014/15 entre 4 milhões e 4,3 milhões de toneladas da oleaginosa.
"Minas Gerais, está encerrando um ano produtivo desfavorável devido à estiagem atípica registrada nos primeiros três meses de 2014. Com isso, a produção de soja ficou bem aquém do que o setor desejava. Para 2015, nossa expectativa é que a produtividade seja recuperada e apresente pequeno aumento. Na safra 2014/15 as previsões climáticas é que viveremos um pequeno El Ni¤o, quando a tendência é de um maior volume de chuvas. Além disso, esperamos uma expansão na área de cultivo. Minas também vem absorvendo muita tecnologia, o que reflete na produtividade e promove o aumento da safra de soja", disse Machado.
A expectativa para o preço é de redução. "No ponto de vista do produtor não será tão significativo, já que existe uma tendência de desvalorização do real frente ao dólar e, como a soja é cotada na moeda norte-americana, é provável que o reflexo não seja tão expressivo. Nas últimas semanas, os preços da soja vêm caindo, mas, em Minas Gerais, a produção, para a Algar, é viável devido à localização, à logística do Estado e às unidades fabris", explicou.
Michele Valverde
A produção mineira de soja na safra 2014/15 deverá alcançar o ritmo de crescimento que havia sido projetado para 2013/2014 e que só não se concretizou devido à estiagem atípica, responsável pela queda de 10,4% na produtividade. Os preços mais competitivos que outras culturas e o maior uso de sementes precoce, o que permite a implantação antecipada da segunda safra, são fatores que estimularão a produção da oleaginosa. Na safra 2013/14, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) era de um incremento máximo de 7,3% no volume de soja, o que alcançaria 3,6 milhões de toneladas em Minas Gerais.
De acordo com o presidente da Comissão de Grãos da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Claudionor Nunes de Morais, os investimentos no grão devem ser favorecidos ao longo da safra 2014/15.
"Em Minas Gerais, o que estamos observando é o crescimento da soja em espaços antes ocupados pelo milho e cana-de-açúcar. E isso deve ocorrer novamente em 2014/15. Não temos dados ainda sobre o quanto, mas a produção certamente será maior", afirmou.
Segundo ele, os produtores mineiros estão preparados para uma grande safra. "Além do aumento da área essa grande safra também será estimulada pela recuperação da produtividade, já que 2014 foi um ano atípico, em função da seca, e não vivíamos uma situação assim há dez anos", disse.
Ainda segundo Morais, Minas deve atingir rapidamente uma produção de 4 milhões de toneladas. A tendência é que, ao longo das próximas safras, a produção da oleaginosa seja expandida para áreas antes ocupadas pelo milho.
O uso de sementes precoces de soja - que permite que a colheita seja antecipada - vai favorecer a introdução de uma segunda safra, período em que deverá dominar o milho.
"A tendência é de um crescimento da soja na primeira safra e concentração do milho no segundo período produtivo", disse.
Preços
Em relação aos preços, a situação atual é desfavorável, uma vez que a expectativa de uma supersafra norte-americana vem provocando baixa. "A saca de 60 quilos é negociada em torno de R$ 50. Se o preço cair para R$ 40, a produção se torna inviável, mas acreditamos que isso não acontecerá. A programação dos produtores segue normalmente, já que é muito cedo para estimar o que acontecerá com os preços".
A expectativa de uma safra maior no próximo período produtivo também é a aposta do diretor de grãos da Algar Agro, Marcelo Henrique Machado, que acredita na retomada da produtividade, no aumento da área e em uma produção em 2014/15 entre 4 milhões e 4,3 milhões de toneladas da oleaginosa.
"Minas Gerais, está encerrando um ano produtivo desfavorável devido à estiagem atípica registrada nos primeiros três meses de 2014. Com isso, a produção de soja ficou bem aquém do que o setor desejava. Para 2015, nossa expectativa é que a produtividade seja recuperada e apresente pequeno aumento. Na safra 2014/15 as previsões climáticas é que viveremos um pequeno El Ni¤o, quando a tendência é de um maior volume de chuvas. Além disso, esperamos uma expansão na área de cultivo. Minas também vem absorvendo muita tecnologia, o que reflete na produtividade e promove o aumento da safra de soja", disse Machado.
A expectativa para o preço é de redução. "No ponto de vista do produtor não será tão significativo, já que existe uma tendência de desvalorização do real frente ao dólar e, como a soja é cotada na moeda norte-americana, é provável que o reflexo não seja tão expressivo. Nas últimas semanas, os preços da soja vêm caindo, mas, em Minas Gerais, a produção, para a Algar, é viável devido à localização, à logística do Estado e às unidades fabris", explicou.
Michele Valverde