Nos últimos seis meses, consumidores que foram às compras em busca de um alimento tipicamente nacional, 100% natural e sem adição de conservantes, se depararam com produtos inéditos de três marcas, “Kanaí” e “A Cana”, que oferecem suco integral de cana, além de uma nova linha de hortifrútis da "Turma da Mônica" em embalagens individuais contendo pequenas porções de cana para serem mastigadas.
Desde que foram lançados, os produtos vêm conquistando o gosto dos brasileiros. É o caso da paulista Gabriela Bertolino de Oliveira, 34 anos, consumidora da Cana Turma da Mônica, disponível nos sabores natural, limão e abacaxi. “Foi surpreendente encontrar pedaços de cana prontos para consumo em um mercado próximo de casa. Me senti ‘transportada’ para o interior. Tive saudades da minha infância, da época em que a criançada mascava cana entre uma brincadeira e outra”, explica.
Para Mônica Sousa, executiva da Mauricio de Sousa Produções, trazer a cana para o portfólio de produtos da companhia - fruto de uma parceria com a empresa Cana Bacana – é uma oportunidade para aproximar ainda mais os fãs da Turminha de comportamentos populares e naturais. “Chupar cana é um hábito que se perdeu nas grandes cidades. Esta nova opção torna possível retomar e apresentar às crianças”, afirma a executiva.
O antropólogo Raul Geovanni da Motta Lody reforça o papel da cana e de seus produtos derivados nos costumes de várias gerações de brasileiros. “A cana-de -açúcar é um dos mais notáveis símbolos da construção histórica, social e cultural do País. E assim são formados muitos e diversos sistemas alimentares que marcam identidade e pertencimento do brasileiro ao doce”, ressalta.
Distribuído inicialmente apenas na cidade de São Paulo, a expectativa dos fabricantes da Cana Turma da Mônica é ampliar ainda mais a presença do produto no varejo nacional, chegando ao final deste ano com uma produção de 120 mil unidades. Segundo o sócio executivo da empresa Cana Bacana, Ernest Petty, a marca negocia parcerias com distribuidores no Rio de Janeiro, Minas Gerais e algumas cidades do sul do País. “Em 2016 também planejamos exportar para os Estados Unidos, Europa e Emirados Árabes. Em 2017 para Ásia”, acrescenta.
Caldo em caixinha
Outras novidades vindas diretamente dos canaviais são os sucos integrais de cana-de-açúcar, que aportaram nas gôndolas dos supermercados brasileiros a partir do segundo semestre de 2015.
O primeiro deles, chamado “A Cana”, hoje em seu sexto mês de vida, já pode ser encontrado na Grande São Paulo e nas cidades de JundiaÍ, Limeira, Piracicaba, Belo Horizonte, Campo Grande e Curitiba.
“Levamos cerca de três anos entre ter a ideia, desenvolver as pesquisas com o caldo de cana e construir a fábrica até chegarmos ao mercado em setembro passado”, revelam as sócias-proprietárias da marca, Ana Leite e Ana Carolina Viseu. Localizada na própria fazenda onde a cana é cultivada, em São Carlos (SP), a fábrica tem capacidade mensal para produzir 200 mil embalagens de um litro por mês, nas versões original e limão.
“Cada caixa de um litro tem de três a quatro canas. Isso depende da época do ano, pois a planta pode variar a quantidade de caldo em função das chuvas. Ou seja, durante a seca usa-se mais cana para produzir um litro. Basicamente, 1000 quilogramas de cana produzem 600 litros de suco”, detalham Ana e Ana Carolina, acrescentando que “A Cana” já vem sendo comercializado na Ásia. A marca iniciou a exportação do produto em janeiro de 2016 com uma safra de 25 mil litros de garapa diretamente para o Japão. “Em breve, devemos iniciar exportação para os Estados Unidos e Europa”, explicam.
O mercado americano é o maior alvo. “O brasileiro consome em média 250 litros de bebidas por ano, já o americano consome cerca de 750 litros. Além disso, é um consumidor ávido por novidade e gosta de tudo que é diferente. ‘A Cana’ é um produto 100% natural e vai ao encontro do que os consumidores procuram”, ressaltam as proprietárias.
Em dezembro de 2015 foi a vez dos brasileiros experimentarem o “Kanaí”, produto desenvolvido graças a uma parceria entre a empresa brasileira Sustên e o Instituto de Tecnologia de Alimentos, vinculado à Agência Paulista dos Agronegócios (APTA) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Feito a partir de processos artesanais, que primam pela moagem manual da cana, o “Kanaí” não apresenta adição de açúcar refinado, corantes ou conservantes. Envasado em garrafas de vidro de 200 ml, o suco contém 1,25 grama de fibras, quantidade que representa 3,6 % do consumo diário recomendado pelo Ministério da Saúde. Segundo a fabricante Sustên, o produto, com baixo teor de sódio e alta ação antioxidante, já possui certificado expedido pelo Food and Drug Administration (FDA), departamento do governo americano responsável pelo controle dos alimentos consumidos nos Estados Unidos.
Nos últimos seis meses, consumidores que foram às compras em busca de um alimento tipicamente nacional, 100% natural e sem adição de conservantes, se depararam com produtos inéditos de três marcas, “Kanaí” e “A Cana”, que oferecem suco integral de cana, além de uma nova linha de hortifrútis da "Turma da Mônica" em embalagens individuais contendo pequenas porções de cana para serem mastigadas.
Desde que foram lançados, os produtos vêm conquistando o gosto dos brasileiros. É o caso da paulista Gabriela Bertolino de Oliveira, 34 anos, consumidora da Cana Turma da Mônica, disponível nos sabores natural, limão e abacaxi. “Foi surpreendente encontrar pedaços de cana prontos para consumo em um mercado próximo de casa. Me senti ‘transportada’ para o interior. Tive saudades da minha infância, da época em que a criançada mascava cana entre uma brincadeira e outra”, explica.
Para Mônica Sousa, executiva da Mauricio de Sousa Produções, trazer a cana para o portfólio de produtos da companhia - fruto de uma parceria com a empresa Cana Bacana – é uma oportunidade para aproximar ainda mais os fãs da Turminha de comportamentos populares e naturais. “Chupar cana é um hábito que se perdeu nas grandes cidades. Esta nova opção torna possível retomar e apresentar às crianças”, afirma a executiva.
O antropólogo Raul Geovanni da Motta Lody reforça o papel da cana e de seus produtos derivados nos costumes de várias gerações de brasileiros. “A cana-de -açúcar é um dos mais notáveis símbolos da construção histórica, social e cultural do País. E assim são formados muitos e diversos sistemas alimentares que marcam identidade e pertencimento do brasileiro ao doce”, ressalta.
Distribuído inicialmente apenas na cidade de São Paulo, a expectativa dos fabricantes da Cana Turma da Mônica é ampliar ainda mais a presença do produto no varejo nacional, chegando ao final deste ano com uma produção de 120 mil unidades. Segundo o sócio executivo da empresa Cana Bacana, Ernest Petty, a marca negocia parcerias com distribuidores no Rio de Janeiro, Minas Gerais e algumas cidades do sul do País. “Em 2016 também planejamos exportar para os Estados Unidos, Europa e Emirados Árabes. Em 2017 para Ásia”, acrescenta.
Caldo em caixinha
Outras novidades vindas diretamente dos canaviais são os sucos integrais de cana-de-açúcar, que aportaram nas gôndolas dos supermercados brasileiros a partir do segundo semestre de 2015.
O primeiro deles, chamado “A Cana”, hoje em seu sexto mês de vida, já pode ser encontrado na Grande São Paulo e nas cidades de JundiaÍ, Limeira, Piracicaba, Belo Horizonte, Campo Grande e Curitiba.
“Levamos cerca de três anos entre ter a ideia, desenvolver as pesquisas com o caldo de cana e construir a fábrica até chegarmos ao mercado em setembro passado”, revelam as sócias-proprietárias da marca, Ana Leite e Ana Carolina Viseu. Localizada na própria fazenda onde a cana é cultivada, em São Carlos (SP), a fábrica tem capacidade mensal para produzir 200 mil embalagens de um litro por mês, nas versões original e limão.
“Cada caixa de um litro tem de três a quatro canas. Isso depende da época do ano, pois a planta pode variar a quantidade de caldo em função das chuvas. Ou seja, durante a seca usa-se mais cana para produzir um litro. Basicamente, 1000 quilogramas de cana produzem 600 litros de suco”, detalham Ana e Ana Carolina, acrescentando que “A Cana” já vem sendo comercializado na Ásia. A marca iniciou a exportação do produto em janeiro de 2016 com uma safra de 25 mil litros de garapa diretamente para o Japão. “Em breve, devemos iniciar exportação para os Estados Unidos e Europa”, explicam.
O mercado americano é o maior alvo. “O brasileiro consome em média 250 litros de bebidas por ano, já o americano consome cerca de 750 litros. Além disso, é um consumidor ávido por novidade e gosta de tudo que é diferente. ‘A Cana’ é um produto 100% natural e vai ao encontro do que os consumidores procuram”, ressaltam as proprietárias.
Em dezembro de 2015 foi a vez dos brasileiros experimentarem o “Kanaí”, produto desenvolvido graças a uma parceria entre a empresa brasileira Sustên e o Instituto de Tecnologia de Alimentos, vinculado à Agência Paulista dos Agronegócios (APTA) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Feito a partir de processos artesanais, que primam pela moagem manual da cana, o “Kanaí” não apresenta adição de açúcar refinado, corantes ou conservantes. Envasado em garrafas de vidro de 200 ml, o suco contém 1,25 grama de fibras, quantidade que representa 3,6 % do consumo diário recomendado pelo Ministério da Saúde. Segundo a fabricante Sustên, o produto, com baixo teor de sódio e alta ação antioxidante, já possui certificado expedido pelo Food and Drug Administration (FDA), departamento do governo americano responsável pelo controle dos alimentos consumidos nos Estados Unidos.