Queda na venda de trator afeta mais produtor menor

07/04/2016 Geral POR: Folha de S. Paulo
O primeiro trimestre deste ano mostrou o quanto as indústrias de máquinas agrícolas e rodoviárias estão com dificuldades.
Uma das máquinas mais utilizadas no campo, o trator, está na lista das principais quedas de vendas e de produção neste ano.
De janeiro a março, a indústria vendeu 5.629 unidades no atacado, 46% menos do que em igual período anterior.
Uma das principais quedas ocorre exatamente no segmento que impulsionou as vendas nos últimos anos: os tratores de menor porte e voltados para os programas sociais do governo.
As máquinas com potência de até 80 CV tiveram queda de 57% nas vendas, enquanto as com potência superior a 130 CV recuaram 17%.
Colheitadeiras
Já as vendas de colheitadeiras recuaram para 973 unidades, 17,1% menos do que as 1.174 de janeiro, conforme dados da Anfavea (associação das empresas do setor).
As indústrias já esperavam um recuo nas vendas neste ano, o que já vinha ocorrendo desde o ano passado.
Diante desse cenário, que se apresentava complicado para 2016, repetindo 2015, pisaram no freio da produção.
A produção de tratores do primeiro trimestre recuou 53% neste ano em relação a igual período anterior. No mesmo período, a produção de colheitadeiras encolheu 29%.
Nem mesmo o real desvalorizado, um fator positivo para as vendas de commodities, facilitou a vida das indústrias.
As exportações de tratores dos três primeiros meses deste ano recuaram 27% ante igual período anterior.
Já as vendas externas de colheitadeiras despencaram ainda mais, com queda de 59% no período.
Com um mercado retraído na produção e nas vendas, a situação se agravou também para o lado dos trabalhadores.
O total de empregos no setor recuou para 15,2 mil vagas no mês passado, 15% menos do que as indústrias empregavam em março do ano passado.
A avaliação de um executivo de uma das indústrias é que o setor tem de olhar para a frente. Os investimentos são sempre feitos para longo prazo.
O problema é que este será o terceiro ano de queda na produção e nas vendas, após o recorde de 83 mil máquinas vendidas em 2013.
Mauro Zafalon
O primeiro trimestre deste ano mostrou o quanto as indústrias de máquinas agrícolas e rodoviárias estão com dificuldades.
Uma das máquinas mais utilizadas no campo, o trator, está na lista das principais quedas de vendas e de produção neste ano.
De janeiro a março, a indústria vendeu 5.629 unidades no atacado, 46% menos do que em igual período anterior.
Uma das principais quedas ocorre exatamente no segmento que impulsionou as vendas nos últimos anos: os tratores de menor porte e voltados para os programas sociais do governo.
As máquinas com potência de até 80 CV tiveram queda de 57% nas vendas, enquanto as com potência superior a 130 CV recuaram 17%.
Colheitadeiras
Já as vendas de colheitadeiras recuaram para 973 unidades, 17,1% menos do que as 1.174 de janeiro, conforme dados da Anfavea (associação das empresas do setor).
As indústrias já esperavam um recuo nas vendas neste ano, o que já vinha ocorrendo desde o ano passado.
Diante desse cenário, que se apresentava complicado para 2016, repetindo 2015, pisaram no freio da produção.
A produção de tratores do primeiro trimestre recuou 53% neste ano em relação a igual período anterior. No mesmo período, a produção de colheitadeiras encolheu 29%.
Nem mesmo o real desvalorizado, um fator positivo para as vendas de commodities, facilitou a vida das indústrias.
As exportações de tratores dos três primeiros meses deste ano recuaram 27% ante igual período anterior.
Já as vendas externas de colheitadeiras despencaram ainda mais, com queda de 59% no período.
Com um mercado retraído na produção e nas vendas, a situação se agravou também para o lado dos trabalhadores.
O total de empregos no setor recuou para 15,2 mil vagas no mês passado, 15% menos do que as indústrias empregavam em março do ano passado.
A avaliação de um executivo de uma das indústrias é que o setor tem de olhar para a frente. Os investimentos são sempre feitos para longo prazo.
O problema é que este será o terceiro ano de queda na produção e nas vendas, após o recorde de 83 mil máquinas vendidas em 2013.
Mauro Zafalon