A CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulga, na próxima segunda-feira (25), pela internet, o estudo Transporte & Desenvolvimento – Entraves Logísticos ao Escoamento de Soja e Milho. O trabalho mostra que as atuais condições da infraestrutura de transporte e logística do Brasil têm impacto significativo na movimentação da produção agrícola nacional, aumentando os custos do transporte.
É a primeira vez que a CNT analisa a infraestrutura de transporte e a logística com foco em uma cadeia produtiva específica. Foram avaliadas as rotas de escoamento de quatro regiões produtoras de soja e milho, que têm participação de 85,8% no volume total de grãos produzidos no país e contribuem com 43% da pauta de exportações brasileiras.
O estudo mostra as perspectivas dos transportadores e dos embarcadores. Foram avaliados, pelos maiores exportadores de soja e milho do Brasil, as condições da infraestrutura logística disponível e os projetos prioritários a serem implementados.
A CNT identificou problemas e soluções para os diferentes modais de transporte que atuam no escoamento da produção agrícola nacional. A análise aponta o que é necessário para melhorar a qualidade de ferrovias, rodovias, portos, hidrovias e terminais. Foi dimensionado, ainda, o prejuízo anual devido à má qualidade do pavimento das rodovias utilizadas para transportar a safra.
O que: Divulgação do estudo Transporte & Desenvolvimento – Entraves Logísticos ao Escoamento de Soja e Milho
Quando: 25.5.2015 (segunda-feira)
Horário: 10h
Onde: www.cnt.org.br
O início da safra de cana-de-açúcar, aliada à queda da cotação do açúcar no mercado internacional, deve ocasionar a diminuição do preço do etanol nas bombas em breve. Segundo o presidente da Afocapi (Associação dos Fornecedores de Cana de Piracicaba), José Coral, o mercado exportador (de açúcar) caiu 13% no início desta semana, abrindo mais espaço às indústrias para a produção do etanol dentro do País em relação ao açúcar que é destinado ao Exterior.
Coral cita que a situação poderá sinalizar um bom momento para abastecer com etanol em um curto período, mas sem definir prazos. "No início de safra, todas as empresas precisam vender e diminuem os preços, devido à oferta. Bom para os motoristas e ruim para quem vende", opina.
Apesar do início da safra e o típico favorecimento à queda de preço do etanol, Coral ressalta que a produção atualmente é dividida em praticamente 50% de açúcar e 50% de etanol. "Acontece que a produção de açúcar envolve exportações e elas são fechadas com pelo menos quatro meses de antecedência. Atualmente, ainda estamos produzindo safras para entrega", explica.
PREÇO
Coral não sabe apontar o prazo para o reajuste do etanol. Nas ruas de Limeira, os preços do etanol ainda não chegaram às bombas mais baratos. O valor encontrado varia entre R$ 1,86 e R$ 1,89 - iguais aos encontrados há pelo menos 30 dias.
Porém, o presidente da Afocapi lembra que a baixa do etanol não deve se manter por muito tempo. Ele ressalta que, com a passagem do início da safra, a compra e venda do etanol irão se valorizar. "O etanol não pode diminuir muito, considerando que isso é prejuízo para o mercado", opina.
O volume processado de cana-de-açúcar nas usinas do Centro-Sul do País deve crescer 18,66 milhões de toneladas na safra 2015/2016 em relação à moagem do período anterior, quando foram processadas 571,34 milhões de toneladas. A estimativa, divulgada ontem, é da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar). A projeção, portanto, é que a moagem desta colheita chegue a 590 milhões de toneladas.