"Faça o melhor que puder. Seja o melhor que puder. O resultado virá na mesma proporção do seu esforço" (Mahatma Gandhi)
Plantar uma árvore, os cuidados e a atenção para seu crescimento, desenvolvimento e preservação precisam ser contínuos para sempre gerarem frutos. Assim acontece com um colaborador quando inicia sua jornada profissional - no momento em que ele é contratado, treinado, efetivado e trilha sua história. Gera os seus frutos. A Copercana, por meio da Revista Canavieiros, presta homenagem este mês ao gerente de Recursos Humanos, Edelson Ângelo Zardo. São 38 anos de trabalho e histórias na Copercana, onde ele é reconhecido não só pelo seu trabalho como também pela pessoa que é. Zardo em todos esses anos pode aprender, crescer e acompanhar as várias transformações em todos os processos internos e externos da cooperativa.
Um pouco sobre o homenageado
Edelson Ângelo Zardo nasceu no dia 1º de janeiro de 1968, no hospital Netto Campello, na cidade de Sertãozinho-SP. Filho da dona de casa Deolinda Galvão Zardo e o do caminhoneiro Antônio Rubens Zardo (in memorian), ele deixou a roça onde morava num sítio da família, chamado Lagoa dos Patos, com seis anos de idade, e foi morar na cidade com a avó paterna Maria Tonani Zardo (in memorian) Zardo é o mais velho entre os irmãos: Edmilson e Rodrigo, e relembrou como foi sua vinda para a cidade. “Naquela época foi minha tia Valdete Zardo Rubião quem nos trouxe para a cidade. Minha avó havia ficado viúva do avô Ernesto Zardo (in memorian) conhecido por Nelson Zardo, e não queria mais morar no sítio. Por ter mais recursos na cidade, minha tia falou com meus pais que consentiram que eu e meu irmão Edmilson viéssemos para termos mais oportunidades de estudo porque era mais difícil no sítio”.
Da esquerda para a direita, Zardo com a tia Valdete Zardo Rubião e seu irmão Edmilson
“Tive uma infância um pouco conturbada. Os meus pais se separaram quando eu tinha 10 anos de idade e mesmo morando com a minha avó aquela situação mexeu comigo, foi complicado. Aos 24 anos de idade descobri uma doença rara, uma Artrite Artrose que provavelmente se desenvolveu na infância e não sei se tem a ver com o que passei. E aos 45 anos o quadro complicou tornando-se uma Artrite Artrose Psoriática. Desde então me trato dessa doença, mas trago algumas sequelas”.
Estudos
Zardo estudou na Escola Municipal Profº. Anacleto Cruz e se lembra com carinho de alguns professores que contribuíram para o seu aprendizado. “Eu tive alguns professores rígidos naquela época. A dona Alzirinha de português, a dona Rita de inglês, e o professor Valter, de história. Hoje tenho convicta consciência de que tudo fizeram por mim foi para meu progresso. Eles me deram aula para a vida”.
O primeiro trabalho
Com 14 anos de idade após reprovar a 8ª série, foi trabalhar com o tio Valter Bartoletti em sua serralheria. Uma forma de a família lhe mostrar que a vida exigia responsabilidades. Trabalhou por quatro meses com o tio e logo conseguiu um emprego na Copercana. “Minha avó, em certa ocasião, conversou com o senhor Antônio Eduardo Tonielo, que me concedeu uma vaga como Office boy no Departamento Financeiro, onde tive uma experiência muito boa e conheci pessoas que fizeram parte do meu aprendizado dentro da Copercana”. Com 11 meses de trabalho no Departamento Financeiro, Zardo foi convidado pelo dr. Oscar Bisson para trabalhar no Departamento Pessoal. “Fui para o Departamento Pessoal onde passei a trabalhar de auxiliar com o Silvio Lovato, que tenho como amigo até hoje. Lá aprendi a mexer com férias, apontamento de cartão, registrava os funcionários em ficha, ajudava a fazer o fundo de garantia. Me recordo que o dr.Oscar era muito firme e sempre me ensinou muita coisa”.
Exército Brasileiro, disciplina e lição de vida
Com 19 anos precisou se afastar do trabalho para servir ao Exército. “Em 1987 deixei as atividades temporariamente na Copercana para servir ao Exército, experiência que para mim foi uma lição de vida. Aquela foi a fase em que cortei o umbigo da família, foi um chacoalho em termos de disciplina, em ser mais obediente e tomar um caminho na vida”.
Em 1987, quando serviu o Exército Brasileiro. Na foto Zardo com a madrinha, Amélia Zardo Georgetti, os tios Valdete e Maurício Rubião (in memorian), a avó Maria Tonani Zardo (in memorian) , o irmão mais novo Rodrigo e as primas Natália
Juventude
“Aproveitei muito minha juventude em Sertãozinho. O Carnaval era maravilhoso, eu participava de uma república chamada Tatus Clube e tinha muitos amigos. Fui muito feliz. É uma pena que o Carnaval aqui nunca mais será o mesmo e não tem nem como ser”.
Hospital Netto Campello
Zardo, em certa ocasião, foi convocado a prestar serviços no Departamento de Pessoal do hospital Netto Campello, instituição que era administrada pela Copercana e Canaoeste. “Lá, pude conhecer o hospital, bem como o andamento de todas as alas, foi um grande aprendizado. Fiz amigos e cultivei um carinho por aquele lugar”.
Formação
Zardo já trabalhava na Copercana quando terminou o colegial na Escola Estadual Winston Churchill e logo fez um curso Técnico de Segurança do Trabalho, onde se formou pelo Senai. Em 2011, fez curso de tecnólogo em Recursos Humanos para suprir as necessidades do departamento e, em 2018, concluiu um curso realizado pela Syngenta e coordenado pela Fundação Dom Cabral, que de acordo com Zardo poderia ser considerado um MBA.
Em 2016 – Fórum de Recursos Humanos realizado pela Syngenta
Conquistas e oportunidades
A vida dá sempre uma oportunidade para aqueles que buscam fazer diariamente seu trabalho com dedicação e competência, e Zardo soube aproveitar cada oportunidade dentro da empresa com muito afinco. “Eu era muito novo quando tive essa grande oportunidade, tinha 26 anos quando fui convidado para assumir o Departamento Pessoal, e foi uma alegria. Eu viajava muito com o dr. Oscar, participava de audiências, mas a empresa começou a crescer e passei a atender mais a diretoria. Com esse crescimento abriram-se muitos ramos e as exigências e cobranças também. Foi aí que começamos a desenvolver, em 2007/2008, o departamento de RH na Copercana e passamos a fazer as mudanças no departamento. Hoje o Departamento de RH se estruturou, mas tenho comigo funcionários que vieram de outros departamentos e que estão há mais de 15 anos me alicerçando, assessorando, dando segurança e que tenho total confiança”.
A constituição da sua família
Zardo se casou pela primeira vez com 33 anos e desse casamento teve seu primeiro filho, Victor Guidi Zardo, hoje com 21 anos e que cursa o quarto ano de veterinária. Há 11 anos ele tem como companheira Cristiane de Souza, com quem teve uma filha, Ana Luísa de Souza Zardo, com cinco anos hoje. “A vinda do meu primeiro filho mudou muita coisa na minha vida, quanto mais ele foi crescendo, mas fui me cuidando, porque precisava dar exemplos a ele. Para isso precisei mudar um pouco a minha vida e também ser mais rígido para ajudar a criá-lo e fico feliz porque ele é um menino muito bom. Já a Ana Luísa chegou num momento em que eu estava mais maduro. Ela é uma criança muito inteligente e só tem me trazido alegria, é uma princesa”.
Com Cristiane sua companheira, em uma das viagens realizadas pelo casal
Com os filhos Victor e Ana Luísa
Comemoração dos quatro aninhos da filha Ana Luísa
Copercana
“A Copercana para mim é tudo, é a minha vida, eu me dedico e sempre me dediquei a essa cooperativa a minha vida inteira. Dia 02 de maio farei 38 anos de empresa. Tudo o que eu tenho, tudo que eu construí tudo o que eu fiz profissionalmente, devo muito à Copercana que me acolheu. Sou muito feliz”. Ao ser questionado sobre o segredo em se manter há tanto tempo na mesma empresa, Zardo destacou. “Talvez não seja segredo, basta ser honesto, se dedicar, gostar do que faz, ter caráter e saber tomar decisões corretas”.
Time do coração
São-paulino, Zardo diz não ser um torcedor fanático, mas tem o São Paulo como o seu time do coração. Agora, o time que já torceu com muito afinco é o Touro dos Canaviais. “O Touro é o time da cidade, então não tem como não torcer. É o clube que queremos ver subir de divisão. Já o São Paulo é o time do coração. Agora, quando joga São Paulo e Sertãozinho eu torço para dar empate. Confesso que já sofri bastante com o Touro, assistia aos jogos, torcia muito, porém hoje meu coração não aguenta mais”. No início de 2019, Zardo sofreu três infartos, passou por cirurgia e graças ao tratamento e às medicações vem levando uma vida muito saudável, mas hoje pega leve ao assistir uma partida de futebol.
Gratidão pelas pessoas que passaram por sua vida
“Muitas vezes na adolescência e com imaturidade eu achava que tudo o que minha tia Valdete, que criou a mim e meus irmãos, fazia para nós era para nos prejudicar, porém quando atingi certa idade e virei pai passei a entender que as atitudes tomadas por ela eram para nos fazer ter responsabilidades, progredir e ser alguém na vida. Ela era bem rígida, nos levava à escola e dizia que tínhamos que estudar. Naquela época eu ficava muito bravo, mas tenho muita gratidão por tudo o que ela fez e continua fazendo. A minha avó, Maria Tonani Zardo, e minha tia Valdete são pessoas que devo profunda gratidão, que ajudaram a formar o meu caráter”. Profissionalmente, Zardo também falou da sua gratidão por algumas pessoas que f izeram parte da sua t rajetória. “Mesmo ele não estando mais na cooperativa, tenho muita gratidão pelo senhor Sérgio Ancheschi, que sempre me apoiou, sempre me ensinou também. E uma pessoa que eu jamais posso esquecer que me ensinou quase tudo da minha vida e ainda de vez em quando me orienta, me chama a atenção é o dr. Oscar Bisson. Trabalhamos muitos anos juntos. Dr. Oscar é uma pessoa que não sei nem expressar o seu valor”.