Recuo do dólar puxa queda de preço ao produtor

02/09/2016 Agricultura POR: Valor Econômico
O dólar em queda de 4,4% em julho, segundo o IBGE, contribuiu para que os custos medidos pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) invertessem o sinal e levassem o indicador a cair 0,56% após alta de 0,50% em junho. Mas há ainda outras contribuições sobre o indicador, como mercado internacional com baixa demanda de minério de ferro e uma super-oferta de derivados do petróleo no exterior.
Esses fatores de demanda externa levaram a indústria extrativa a cair 11,94% em julho, de acordo com Manuel Campos Neto, técnico do IBGE responsável pelo IPP. Embora a atividade só represente 5% do IPP, o tombo forte fez com que a variação fosse a principal responsável pelo recuo no indicador mensal. É a menor taxa desde janeiro, quando recuou 14,43%.
Entre junho e julho, 16 das 24 atividades industriais tiveram redução de preços, apontou o IPP, que mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes. A queda só não foi pior porque alimentos, grupo que representa 22% do índice, subiu 1,73%. A maior alta foi registrada em impressão, que avançou 2,96%, talvez devido a como a Olimpíada e eleição, sugeriu o pesquisador do IBGE.
Fatores climáticos estão prejudicando os produtores. O leite sofre com a seca, a soja passa por período de pouca oferta após problemas nas lavouras argentinas, e o açúcar está em queda. Esses fatores, destaca Manuel Campos, jogam para cima os preços dos alimentos, que já acumulam 7,74% de alta no ano até julho.
O início da recuperação da indústria, apontada pelos dados do PIB, de alta de 0,3% no segundo trimestre, podem levar os industriais a repassar parte dos custos, pressionando o IPP, admitiu o técnico. Por outro lado, pode não haver espaço para o repasse, ponderou.
É o que indica o resultado acumulado em 12 meses, que somou 4,3% em julho, o menor patamar desde março do ano passado, quando ficou em 3,15%. Nesse período, o dólar teve alta de 1,6%. Em julho, a queda de preços de 0,56% ante junho foi sentida em bens de capital, que teve queda de 1,48% no período. Esse grupo é um dos mais afetados pelo dólar e inclui produtos como aviões e tratores agrícolas. 
O dólar em queda de 4,4% em julho, segundo o IBGE, contribuiu para que os custos medidos pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) invertessem o sinal e levassem o indicador a cair 0,56% após alta de 0,50% em junho. Mas há ainda outras contribuições sobre o indicador, como mercado internacional com baixa demanda de minério de ferro e uma super-oferta de derivados do petróleo no exterior
Esses fatores de demanda externa levaram a indústria extrativa a cair 11,94% em julho, de acordo com Manuel Campos Neto, técnico do IBGE responsável pelo IPP. Embora a atividade só represente 5% do IPP, o tombo forte fez com que a variação fosse a principal responsável pelo recuo no indicador mensal. É a menor taxa desde janeiro, quando recuou 14,43%.
Entre junho e julho, 16 das 24 atividades industriais tiveram redução de preços, apontou o IPP, que mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes. A queda só não foi pior porque alimentos, grupo que representa 22% do índice, subiu 1,73%. A maior alta foi registrada em impressão, que avançou 2,96%, talvez devido a como a Olimpíada e eleição, sugeriu o pesquisador do IBGE.
Fatores climáticos estão prejudicando os produtores. O leite sofre com a seca, a soja passa por período de pouca oferta após problemas nas lavouras argentinas, e o açúcar está em queda. Esses fatores, destaca Manuel Campos, jogam para cima os preços dos alimentos, que já acumulam 7,74% de alta no ano até julho.

 
O início da recuperação da indústria, apontada pelos dados do PIB, de alta de 0,3% no segundo trimestre, podem levar os industriais a repassar parte dos custos, pressionando o IPP, admitiu o técnico. Por outro lado, pode não haver espaço para o repasse, ponderou.
É o que indica o resultado acumulado em 12 meses, que somou 4,3% em julho, o menor patamar desde março do ano passado, quando ficou em 3,15%. Nesse período, o dólar teve alta de 1,6%. Em julho, a queda de preços de 0,56% ante junho foi sentida em bens de capital, que teve queda de 1,48% no período. Esse grupo é um dos mais afetados pelo dólar e inclui produtos como aviões e tratores agrícolas.