O Grupo João Lyra, que teve falência decretada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) em 2014, está apostando na volta à recuperação judicial. A informação foi confirmada à reportagem da Tribuna Independente por um grupo de assessores.
Para os gestores, o decreto de falência não deu certo e teria levado apenas à depredação do patrimônio com a ocupação das terras da Usina Laginha e destruição do maquinário.
A Laginha Agro Industrial S/A pediu recuperação judicial em 2008 e o comitê gestor vê com bons olhos a volta a esse estágio.
De acordo com o assessor, ainda em contato com a reportagem da Tribuna, o grupo teria falido com um valor de R$ 25 milhões em caixa, afetando de forma direta 12 mil trabalhadores teriam com as perdas dos postos de trabalho após a falência. Até canas, segundo o assessor, que foram moídas à época da falência não foram pagas ao grupo até o momento.
Além disso, outro fator que tem gerado reclamações dos gestores é que os valores das propriedades do grupo estariam sendo sub-dimensionados dentro dos processos trabalhistas.
“Venderam uma área na região de Atalaia por R$ 10 mil o hectare, quando o hectare vale R$ 45 mil ao preço de mercado na região. A decisão está sendo contestada”, relatou o assessor que vem acompanhando o caso de perto.
Com a aprovação da recuperação judicial, um plano seria elaborado para que uma gestão compartilhada do grupo fosse colocada em prática. Participariam da gestão o comitê de credores e os acionistas da Laginha. Com a saída da falência, a venda de ativos do grupo pode ser feita em valor real de mercado.
“Exemplo é a sede da Usina Guaxuma. O banco quer ficar com o parque industrial por uma dívida de R$ 8 milhões quando esse parque vale mais de R$ 50 milhões em preço de mercado”, disse o assessor.
Uma das bases que podem robustecer a decisão da recuperação judicial é a utilização dos créditos de R$ 700 milhões da lei 4.870 de 1965. Com o valor a ser utilizado o grupo visa conseguir a Certidão Negativa de Débito, o que pode fazer com que sejam aportados recursos para utilização na retomada das empresas.
Como exemplo, algumas usinas já utilizaram o crédito desta lei para pagar dívidas com fornecedores de cana e bancos públicos e privados como a Usina Roçadinho e a Usina Triunfo.
Dificuldades
A enchente de 2010 é considerada um dos primeiro fatores que prejudicou o período inicial de recuperação judicial. Após os prejuízos, não houve recebimento de recursos por parte do governo federal.
Além disso, o grupo colocou se desfez de um ativo com valor de R$ 50 milhões para investir na própria companhia, e dificuldades teriam ocorrido com o congelamento do preço do etanol e a defasagem do preço do açúcar. A união desses fatores causou a falência.
O Grupo João Lyra, que teve falência decretada pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) em 2014, está apostando na volta à recuperação judicial. A informação foi confirmada à reportagem da Tribuna Independente por um grupo de assessores.
Para os gestores, o decreto de falência não deu certo e teria levado apenas à depredação do patrimônio com a ocupação das terras da Usina Laginha e destruição do maquinário.
A Laginha Agro Industrial S/A pediu recuperação judicial em 2008 e o comitê gestor vê com bons olhos a volta a esse estágio.
De acordo com o assessor, ainda em contato com a reportagem da Tribuna, o grupo teria falido com um valor de R$ 25 milhões em caixa, afetando de forma direta 12 mil trabalhadores teriam com as perdas dos postos de trabalho após a falência. Até canas, segundo o assessor, que foram moídas à época da falência não foram pagas ao grupo até o momento.
Além disso, outro fator que tem gerado reclamações dos gestores é que os valores das propriedades do grupo estariam sendo sub-dimensionados dentro dos processos trabalhistas.
“Venderam uma área na região de Atalaia por R$ 10 mil o hectare, quando o hectare vale R$ 45 mil ao preço de mercado na região. A decisão está sendo contestada”, relatou o assessor que vem acompanhando o caso de perto.
Com a aprovação da recuperação judicial, um plano seria elaborado para que uma gestão compartilhada do grupo fosse colocada em prática. Participariam da gestão o comitê de credores e os acionistas da Laginha. Com a saída da falência, a venda de ativos do grupo pode ser feita em valor real de mercado.
“Exemplo é a sede da Usina Guaxuma. O banco quer ficar com o parque industrial por uma dívida de R$ 8 milhões quando esse parque vale mais de R$ 50 milhões em preço de mercado”, disse o assessor.
Uma das bases que podem robustecer a decisão da recuperação judicial é a utilização dos créditos de R$ 700 milhões da lei 4.870 de 1965. Com o valor a ser utilizado o grupo visa conseguir a Certidão Negativa de Débito, o que pode fazer com que sejam aportados recursos para utilização na retomada das empresas.
Como exemplo, algumas usinas já utilizaram o crédito desta lei para pagar dívidas com fornecedores de cana e bancos públicos e privados como a Usina Roçadinho e a Usina Triunfo.
Dificuldades
A enchente de 2010 é considerada um dos primeiro fatores que prejudicou o período inicial de recuperação judicial. Após os prejuízos, não houve recebimento de recursos por parte do governo federal.
Além disso, o grupo colocou se desfez de um ativo com valor de R$ 50 milhões para investir na própria companhia, e dificuldades teriam ocorrido com o congelamento do preço do etanol e a defasagem do preço do açúcar. A união desses fatores causou a falência.