A safra de cana-de-açúcar deve ser recorde. Para incentivar a indústria do etanol e forçar uma queda no preço, o governo cortou impostos e aumentou de 20% para 25% o percentual de álcool anidro na gasolina.
Tudo isso tem reflexo direto no preço do etanol, que, nas usinas, já caiu 20% entre abril e maio. Nas bombas, a redução foi bem menor: 3%, em média. "Eu acho que é apenas uma questão de tempo. Normalmente, quando os preços caem na usina, demoram para ser repassados para os consumidores. Quando eles sobem na usina, eles são repassados imediatamente. Os preços caem de escada e sobem de elevador", diz Marcos Jank, diretor da Agroconsult.
"Não é obrigatório abaixar assim que chega o preço novo, mas a maioria abaixa por causa da concorrência do mercado", diz José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Estado de São Paulo.
Em quase todo o país, porém, ainda é mais vantajoso abastecer com gasolina. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o álcool só vale a pena no Mato Grosso, em Goiás, no Paraná e em São Paulo, onde houve a maior queda, de mais de 5%.
O dono de um posto onde o álcool custa R$ 1,89, diz que recebeu combustível mais barato na quinta-feira. "A ideia é baixar o preço, baixar um pouquinho mais agora, em 10 centavos mais ou menos. É a praxe", afirma Ricardo Mello.
Em outro posto, na Zona Sul de São Paulo, os funcionários dizem que, há duas semanas, o litro do álcool era vendido por R$ 1,99. Agora sai por R$ 1,79, queda de R$ 0,20 por litro.
Roberto Paiva
A safra de cana-de-açúcar deve ser recorde. Para incentivar a indústria do etanol e forçar uma queda no preço, o governo cortou impostos e aumentou de 20% para 25% o percentual de álcool anidro na gasolina.
Tudo isso tem reflexo direto no preço do etanol, que, nas usinas, já caiu 20% entre abril e maio. Nas bombas, a redução foi bem menor: 3%, em média. "Eu acho que é apenas uma questão de tempo. Normalmente, quando os preços caem na usina, demoram para ser repassados para os consumidores. Quando eles sobem na usina, eles são repassados imediatamente. Os preços caem de escada e sobem de elevador", diz Marcos Jank, diretor da Agroconsult.
"Não é obrigatório abaixar assim que chega o preço novo, mas a maioria abaixa por causa da concorrência do mercado", diz José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sindicato do Comércio Varejista do Estado de São Paulo.
Em quase todo o país, porém, ainda é mais vantajoso abastecer com gasolina. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o álcool só vale a pena no Mato Grosso, em Goiás, no Paraná e em São Paulo, onde houve a maior queda, de mais de 5%.
O dono de um posto onde o álcool custa R$ 1,89, diz que recebeu combustível mais barato na quinta-feira. "A ideia é baixar o preço, baixar um pouquinho mais agora, em 10 centavos mais ou menos. É a praxe", afirma Ricardo Mello.
Em outro posto, na Zona Sul de São Paulo, os funcionários dizem que, há duas semanas, o litro do álcool era vendido por R$ 1,99. Agora sai por R$ 1,79, queda de R$ 0,20 por litro.
Roberto Paiva