Renovação de canaviais é estimada em 17% no Centro-Sul
02/10/2013
Cana-de-Açúcar
POR: Agência Estado
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estima que 17% dos canaviais do Centro-Sul do Brasil sejam renovados em 2013. O porcentual é menor que os 21% verificados um ano antes, mas pode ser revisado porque o plantio da chamada 'cana de ano', cujo ciclo é de 12 meses, acaba só em novembro, explica Luciano Rodrigues, gerente do Departamento de Economia e Estatísticas da entidade.
Rodrigues afirma que as usinas da região hoje conseguem processar até 3,5 milhões de toneladas de cana por dia. 'Mas é praticamente impossível atingirmos esse nível por 15 dias ininterruptos', diz. Segundo ele, os problemas financeiros enfrentados por algumas unidades ainda não compromete a capacidade de moagem no Centro-Sul porque muitas das unidades que já encerraram as atividades venderam a cana para outras indústrias. 'Daqui para frente, vai depender do número de empresas que fechar as portas e do porte delas', alerta.
Por ora, a Unica não prevê mudanças na capacidade das usinas no próximo ano. 'Ainda que algumas fechem, teremos outras que começaram no último ano e não atingiram a capacidade máxima', observa o gerente da entidade. Rodrigues lembra, entretanto, que o tamanho do volume processado dependerá sobretudo da disponibilidade de cana e das condições climáticas. Para 2013/14, a associação prevê uma produtividade de 80 a 82 toneladas por hectare.
A Unica revisou nesta terça-feira, 1º, a estimativa de moagem no Centro-Sul para 587 milhões de toneladas de cana neste ciclo, 0,4% abaixo das 589,6 milhões de toneladas apontadas em abril, mas ainda 10,2% maior que as 532,75 milhões de toneladas registradas em 2012/13. Conforme Rodrigues, o total de cana bisada, aquela que fica disponível para a safra seguinte, deverá somar 15 milhões de toneladas.
Para ele, a expansão do volume processado tende a desacelerar nos próximos dois a três anos. 'Não temos previsão de abertura de um número razoável de usinas novas e, embora haja espaço para aumentar a produtividade e um pouco de capacidade ociosa, não vai dar para perpetuar esse crescimento de 10%', afirma o gerente da Unica.