Na avaliação do professor Ciro Antonio Rosolem, o Governo Dilma “atropelou conceitos agronômicos” ao lançar o Planapo (Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica). “Para nossos governantes, agricultura sustentável, orgânica, familiar, agroecológica é tudo a mesma coisa. É muito grave quando o próprio governo estabelece, politicamente, diferenças técnicas que não existem. Isso vai dar errado” afirma o membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS)
O projeto lançado pelo Planalto na última quinta-feira (17.10) prevê mais de R$ 8 bilhões, que serão liberados até 2015. “Dizem que houve um “diálogo intenso” entre os movimentos sociais e o governo. Segundo o governo, o plano visa estimular a agricultura sustentável entre pequenos agricultores, assentados, quilombolas e indígenas. É resultado de pressões do MST, Associação Brasileira de Agroecologia, Contag e outros”, avalia o titular da FCA/Unesp Botucatu.
“Que fique bem claro: AGRICULTURA SUSTENTÁVEL não depende de quem a faça. Depende de como é feita. Agricultura empresarial, familiar, orgânica, agroecológica, qualquer uma pode ser sustentável. Ou não, são coisas diferentes. Na verdade, até em função da legislação vigente, a agricultura tem sido bem menos sustentável em pequenas propriedades. É um problema econômico. A agricultura orgânica e a agroecologia, quando seguem preceitos dogmáticos, em geral não são sustentáveis, pois não devolvem ao solo tudo que retiram. As produtividades são baixas, em geral, portanto, a não ser próximo aos grandes centros, onde existe oportunidade de se colocar produtos a preços maiores, não é competitiva. Pode ser muito romântico dar dinheiro aos agricultores ineficientes, para que produzam sua comida. Mas o povo não quer só comida”, sustenta Rosolem.
Na avaliação do professor, o Governo Dilma está “preocupado só com a reeleição”, e “mais uma vez comete trapalhadas distribuindo verba inadequadamente, o que pode, além de tumultuar a produção, tornar mais longo o processo de retirar o pequeno agricultor da pobreza. Que adianta produzir, agroecologicamente ou não, se não há como armazenar, transportar, conservar? Como produzir sem tecnologia, sem escala, sem assistência técnica competente e bem aparelhada?”.
Na avaliação do professor Ciro Antonio Rosolem, o Governo Dilma “atropelou conceitos agronômicos” ao lançar o Planapo (Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica). “Para nossos governantes, agricultura sustentável, orgânica, familiar, agroecológica é tudo a mesma coisa. É muito grave quando o próprio governo estabelece, politicamente, diferenças técnicas que não existem. Isso vai dar errado” afirma o membro do Conselho Científico para Agricultura Sustentável (CCAS)
O projeto lançado pelo Planalto na última quinta-feira (17.10) prevê mais de R$ 8 bilhões, que serão liberados até 2015. “Dizem que houve um “diálogo intenso” entre os movimentos sociais e o governo. Segundo o governo, o plano visa estimular a agricultura sustentável entre pequenos agricultores, assentados, quilombolas e indígenas. É resultado de pressões do MST, Associação Brasileira de Agroecologia, Contag e outros”, avalia o titular da FCA/Unesp Botucatu.
“Que fique bem claro: AGRICULTURA SUSTENTÁVEL não depende de quem a faça. Depende de como é feita. Agricultura empresarial, familiar, orgânica, agroecológica, qualquer uma pode ser sustentável. Ou não, são coisas diferentes. Na verdade, até em função da legislação vigente, a agricultura tem sido bem menos sustentável em pequenas propriedades. É um problema econômico. A agricultura orgânica e a agroecologia, quando seguem preceitos dogmáticos, em geral não são sustentáveis, pois não devolvem ao solo tudo que retiram. As produtividades são baixas, em geral, portanto, a não ser próximo aos grandes centros, onde existe oportunidade de se colocar produtos a preços maiores, não é competitiva. Pode ser muito romântico dar dinheiro aos agricultores ineficientes, para que produzam sua comida. Mas o povo não quer só comida”, sustenta Rosolem.
Na avaliação do professor, o Governo Dilma está “preocupado só com a reeleição”, e “mais uma vez comete trapalhadas distribuindo verba inadequadamente, o que pode, além de tumultuar a produção, tornar mais longo o processo de retirar o pequeno agricultor da pobreza. Que adianta produzir, agroecologicamente ou não, se não há como armazenar, transportar, conservar? Como produzir sem tecnologia, sem escala, sem assistência técnica competente e bem aparelhada?”.