Safra de cana segue em alta velocidade

Colunista POR: * Marcos Fava Neves **Vítor Nardini Marques ***Vinícius Cambaúva

 

* Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da FGV em São Paulo, especialista em Planejamento Estratégico do agronegócio. Confira textos, vídeos e outros materiais no site doutoragro.com e veja os vídeos no canal do Youtube (Marcos Fava Neves).

** Vítor Nardini Marques é analista associado da Markestrat.

*** Vinícius Cambaúva é consultor da Markestrat.

Reflexões dos fatos e números do agro em agosto e o que deveria ter acontecido em setembro

Na economia mundial e brasileira

Na economia brasileira, as projeções do mercado melhoram timidamente a cada semana trazendo maior alento. O relatório Focus (Bacen, de 28 de agosto) mostrou expectativas para o IPCA de 2020 em 1,77% e de 2021 em 3%. O PIB deve fechar este ano em -5,28% e +3,50% em 2021. Já para a taxa Selic esperam 2% e 2,88%, respectivamente, e no câmbio, R$ 5,25 no final de 2020 e R$ 5 no final de 2021.

No mais, os radares começam a se voltar para as eleições nos EUA, que mostram favoritismo do candidato democrata Joe Biden, mas em se tratando de 2020, tudo pode mudar, até porque a distância entre os dois vem caindo. No Brasil, também a situação política oscila com as contínuas especulações da permanência do ministro Paulo Guedes e os anúncios de programas na área econômica. No lado da pandemia, os números no Brasil começam a ceder, apesar de ainda serem extremamente altos. No fechamento desta coluna foi anunciada a continuidade do apoio mensal, mas agora em R$ 300 por mais quatro meses, e a Bolsa operava acima de 100.000 pontos com o real se valorizando e o dólar a R$ 5,35.

No agro mundial e brasileiro

A safra 2019/20 de grãos caminha para o seu fechamento com novo recorde na produção de 253,7 milhões de toneladas, incremento de 4,8% frente ao ciclo passado, de acordo com o 11º levantamento da Conab. As culturas de primeira safra já foram totalmente colhidas, as de segunda estão em fase de conclusão, remanescendo ainda as de inverno e terceira safra. Para soja e milho houve produção recorde: a oleaginosa com 120,9 milhões de toneladas (+5,1%), e o grão amiláceo com 102,1 milhões de toneladas (+2,1%). Para o algodão são estimadas 2,93 milhões de toneladas de pluma (+5,4%), com previsão de finalização da colheita em setembro. A maioria das culturas de inverno já foram semeadas, crescendo 12,1% em área; o grande destaque vai para o trigo que aumentou em 14,1% sua área e deve produzir 6,8 milhões de toneladas. Resta ver os efeitos da geada que atingiu o Estado do Rio Grande do Sul no final de agosto.

A grande aposta agora é quanto será plantado nesta safra que começa. A Conab estima que a produção brasileira saltará de 254 para 278 milhões de toneladas (8% a mais) e a área deve aumentar entre 2 a 2,5 milhões de hectares. Esse volume representa a produção de 15 grãos, sendo que milho, soja, algodão, arroz e feijão participam com 95% do total. No caso da soja, a área aumenta de 36,84 para 37,85 milhões de hectares, a produção salta de 124 para 133,50 milhões de toneladas com uma produtividade 4,4% maior (3.530 t/ha) e as exportações de 82 para 86,8 milhões de toneladas. Seu uso para biodiesel aumenta de 44,6 para 47,3 milhões de toneladas e a China deve importar 100 milhões de toneladas, a grande maioria vinda do Brasil. No caso do milho, a área aumenta 7,2% e vai para 19,8 milhões de hectares, a produção salta 12,3% indo para 113 milhões de toneladas (apesar da produtividade 1% menor), a exportação vai a 39 milhões de toneladas (7% maior), e a demanda interna fica em 72 milhões de hectares. São números que impressionam, torcer para que se realizem.

No comparativo entre as safras 2018/2019, a área cultivada no Brasil (respeitando-se a dupla contagem das segundas e terceiras safras) foi de 65,9 milhões de hectares, um crescimento impressionante de 2,64 milhões. Vendo a euforia que os preços atuais têm trazido, principalmente na soja e no milho, neste momento de preparo de solos e tomadas de decisões de plantio, com vendas antecipadas de parte das safras futuras e avanço dos grãos na área de cana e pastagens, é possível que cheguemos bem perto dos 70 milhões de hectares, um aumento impressionante.

As exportações do agro chegaram à incrível marca de US$ 10,0 bilhões em julho, um crescimento de 11,7% em relação ao mesmo mês de 2019, representando 51,2% de toda exportação do país, de acordo com dados do Mapa. A soja em grão segue sendo a locomotiva da nação, exportando 10,4 milhões de toneladas (+39,4%) e US$ 3,61 bilhões (+39%). Somente a China comprou 76% desse volume. As carnes ocuparam a segunda posição em vendas, com US$ 1,5 bilhão, destaque para bovina com US$ 776 milhões (+23%), enquanto que a carne de frango caiu 27,2%, chegando a US$ 490 milhões. Também houve queda nas vendas externas de produtos florestais (-10,5%), totalizando US$ 925 milhões; e dos cereais, farinhas e preparações também (-26,4%), chegando a US$ 1,07 bilhão. No tocante às importações, estas totalizaram US$ 982 milhões (queda de 16,3%), consolidando o saldo da balança do mês em US$ 9,03 bilhões (+15,9%). No acumulado desde o início do ano, o setor já exportou US$ 61,19 bilhões, 9,2% a mais que em 2019, evidenciado valor recorde na série histórica que começou em 1997. Com as importações acumuladas em US$ 7,22 bilhões, o saldo da balança do agro é de US$ 53,97 bilhões.

Nestes números, a China segue preponderante. As exportações de soja e carnes para lá somaram US$ 24 bilhões entre janeiro e julho de 2020, 29% a mais que o mesmo período do ano passado, chegando a 39,2% do total exportado pelo Brasil. Somente neste julho, a China importou cerca de 7,9 milhões de toneladas de soja, segundo o Mapa, com negócios em torno de US$ 2,75 bilhões. Nas carnes, o país asiático comprou cerca de US$ 375,50 milhões, aumento de 143,3% em comparação ao mesmo mês de 2019. No total, a China representou 38,4% de participação nas exportações de agroprodutos brasileiros, frente aos 32% do mês anterior.

O Mapa elevou as estimativas para o VBP (Valor Bruto da Produção) agropecuária no Brasil em 3,5% na comparação com o previsto em julho. O valor deve ser de R$ 742,4 bilhões (10,1% maior que em 2019), sendo que a soja deve responder por R$ 181,5 bilhões (24%) e as cinco cadeias da pecuária por R$ 248,5 bilhões (33%). Já a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) aponta crescimento de 12,5% no VBP da agropecuária, que deve alcançar R$ 770,3 bilhões em 2020. Na produção agrícola, a confederação estima um aumento de 17,1% em comparação a 2019, com R$ 493 bilhões, e na pecuária de 5,2%, que deve fechar em torno de R$ 277,3 bilhões. São quase R$ 85 bilhões a mais que a safra passada.

De acordo com ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a produção brasileira de carne de frango deve alcançar 13,7 milhões de toneladas (+4%) com expectativa de exportação de 4,45 milhões de toneladas em 2020. Já para carne de porco, a associação estima produção de 4,25 milhões (+6,5%) e exportações chegando a 1 milhão de toneladas. 

Após o comunicado de contaminações por Covid-19 em embalagens de asas de frango brasileiro pela China, o Ministério da Agricultura negocia um novo protocolo de regras com o país asiático, a fim de evitar quebras nas relações comerciais e novos episódios como esse. Mesmo sem evidências claras sobre a contaminação, o governo chinês já havia suspendido as importações de seis frigoríficos do Brasil e foi seguido pelas Filipinas. Precisamos aprender com este evento, visando neutralizar futuros problemas.

De acordo com a CNA, as propostas em debate no Congresso Nacional podem aumentar a carga de tributos no agronegócio e prejudicar a competitividade do Brasil. A PEC 45/2019, por exemplo, pode exigir a cobrança de impostos aos insumos agrícolas, atualmente isentos. Caso aprovado, o projeto  elevaria os custos de produção em até 20%. Dados do Imea (Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária) apontam que, se aprovada, a PEC 45/2019 poderia causar um aumento de R$ 6,3 bilhões em custos anuais na produção agrícola do Mato Grosso. Isso significaria um aumento de 15% nos custos de produção da pecuária, 11% para a soja e 10% para o milho. A proposta sugere uma alíquota de 25% como IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) para o setor no Estado. Há problemas também na atual reforma, que pode tornar muito difícil o processamento de oleaginosas no Brasil. Ponto de imensa atenção, creio ser difícil onerar a agricultura para a nossa missão de seguir conquistando mercados internacionais.

Segundo a Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos), o volume total de fertilizantes vendidos em 2020 deverá crescer 2%, chegando a 37 milhões de toneladas. Desse total, cerca de 27,8 milhões (75%) já foram negociados, volume 10% superior aos 25,2 milhões registrados em agosto passado. Em 2019, o Centro-Oeste consumiu 36,5% do total de fertilizantes, o Sul do país 26%, o Matopiba 12,8% e a região Sudeste com 22%, de acordo com a associação. Dados da StoneX apontam que o volume de fertilizantes comercializados no Brasil em 2020 chegou a 77% do total projetado para o ano. O destaque fica com as regiões Sul e Centro-Oeste, com alcance de 80% do volume total projetado, e o Matopiba, com 74%. A consultoria também aponta que 31% do volume estipulado para os primeiros seis meses de 2021 já foram comercializados.

Um estudo feito pela WRI (World Resources Institute) mostrou o imenso potencial do Brasil para a pauta de economia verde. A organização aponta que o PIB brasileiro pode crescer em até 15% na próxima década em função da priorização de tecnologias de baixo carbono. Em termos reais, esse aumento traria um acréscimo de R$ 2,8 trilhões para a economia brasileira, e poderia gerar mais de 2 milhões de empregos. Temas como produção sustentável, agricultura de baixo carbono (ABC) e créditos de descarbonização devem ganhar cada vez mais espaço no mercado. Segundo o Mapa, o potencial de investimentos em agricultura sustentável pode chegar a US$ 692 bilhões até 2030. A construção pelas organizações e pelo setor de uma “agenda verde” é prioridade absoluta daqui pra frente.

As grandes organizações do agro vêm dando passos no combate ao desmatamento ilegal. Cargill e Marfrig se comprometeram a monitorar suas cadeias de suprimentos até 2030, vetando fornecedores que apresentem inconformidades ambientais. A medida é importante para garantir a originação sustentável da produção, corroborando com a imagem ambiental do Brasil e, dando certo, pode servir de benchmark para outras empresas.

A pandemia do novo coronavírus intensificou a corrida por novos fornecedores internacionais de alimentos, favorecendo a abertura de novos mercados ao Brasil. De acordo com o Mapa, apenas neste ano, 50 novas iniciativas foram evidenciadas, contra 35 do ano passado. Em julho, o Egito liberou a entrada das carnes de aves e, Mianmar, a carne de porco e seus derivados, além de aberturas em Cingapura, Vietnã, México, Coreia do Sul, Irã e Peru. É muito importante esta expansão e diversificação de mercados.

Os cinco fatos do agro que deveriam ter acontecido em setembro são:

  • As expectativas de plantio e as previsões do clima para a safra 2020/21 de grãos no Brasil;
  • O comportamento do clima na safra dos EUA que vem até o momento sem problemas, bem como as relações entre China e EUA e importações chinesas;
  • A retomada e os programas de apoio dos governos nas economias mundiais e do Brasil, com a redução das infecções e outros números da pandemia;
  • Os resultados das ações do governo na questão do desmatamento ilegal e os impactos nas pressões contra o Brasil,
  • As necessidades e volumes de importações de grãos pelo Brasil para cobrir a lacuna de estoques baixos e as necessidades do setor de carnes e ovos.

Reflexões dos fatos e números da cana em agosto e o que deveria acontecer em setembro

Na cana

A Conab, em seu segundo boletim da safra 2020/21 para cana, estima uma produção no Brasil de 642,1 milhões de toneladas nesta safra, 0,1% a menos que no ciclo passado.

Segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), com dados do Centro-Sul, no acumulado, desde o início do ciclo até 16 de agosto foram processadas 373 milhões de toneladas de cana, 6% a mais que no mesmo período do ano anterior. Chegamos, portanto, a mais de 60% da safra concluída. A qualidade da cana, medida em kg de ATR, está em 137,4 contra 130,9 do ciclo passado (quase 5% superior). O mix para o açúcar está em 47%, contra os 35,3% do mesmo período de 2019/20. Assim, a produção de açúcar está 48,2% superior, saltando de 15,5 milhões de toneladas para 23 milhões. Por outro lado, a produção de etanol acumula queda de 6,4%, vindo de 18 bilhões de litros para 16,8 bilhões.

O complexo sucroenergético teve aumento significativo em suas exportações de julho, registrando vendas de US$ 1,1 bilhão, 73,8% superiores a 2019.

Em relação às empresas, o Grupo São Martinho melhorou seus resultados no primeiro trimestre desta safra frente ao mesmo período da anterior. O lucro líquido cresceu 26,5% chegando a R$ 115,7 milhões, enquanto que a receita líquida cresceu 35,8% atingindo R$ 1 bilhão. Tais números são frutos das estratégias de exportação de açúcar, aumento do processamento de cana (+10,8%) e adiamento das vendas de etanol.

O CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) apresentou lucro líquido de R$ 18,7 milhões nos primeiros três meses da safra 20/21, frente aos R$ 7,5 milhões do mesmo período da safra anterior (149,7% a mais), com aumento de 30,9% na receita líquida, totalizando R$ 64,2 milhões, e um Ebitda de R$ 35,1 milhões (100,2% maior).

A Raízen deve inaugurar em janeiro de 2021 a sua primeira usina de cogeração a biogás, com capacidade de produção de 21 megawatts, e que é fruto de R$ 153 milhões em investimentos.  Ela também planeja testar o biogás com montadoras de caminhões para substituição do diesel. Além disso, a produção do etanol celulósico já chega em algo próximo de 30 milhões de litros e deve continuar aumentando.

Finalmente, a bioeletricidade gerada pelo setor sucroenergético no primeiro semestre de 2020 foi 5% maior que o mesmo período de 2019, com 8.399 GW/h. De acordo com a Unica, o setor representou 77% do total de bioeletricidade gerada no Brasil nesse período, o que evitou a emissão de 2,8 milhões de toneladas de CO2 à atmosfera. São Paulo é o Estado com maior participação, cerca de 43% do total, com 204 usinas de cana-de-açúcar com unidades termelétricas em operação (204 UTEs). Atualmente, o setor sucroenergético representa 7% da potência energética total instalada no Brasil.

No açúcar

Segundo a StoneX, a produção total de açúcar na safra internacional 2019/20 (out/set) deve alcançar 181,7 milhões de toneladas, retração de 2,1% frente ao ciclo anterior. Já para 2020/21 (out/set) o volume deve ser de 183,8 milhões de toneladas. Ainda com relação à próxima safra internacional, a consultoria estima uma produção brasileira de 34,8 milhões de toneladas (-2%), na Tailândia de 7,6 milhões (-10,1%) e na União Europeia de 16 milhões (-4,2%). Já a demanda global de açúcar está estimada em 184,3 milhões de toneladas para 2019/20 e em 185,1 milhões em 2020/21 (out/set), com potencial déficit na ordem de 1,3 milhão de toneladas.

O Brasil deve se posicionar como o maior produtor de açúcar no ciclo 2020/21, com volume de 39,3 milhões de toneladas, 32% a mais que na safra anterior, segundo a Conab (dados do Brasil todo). O volume produzido, até o momento, na safra, é de 22,95 milhões de toneladas, 48% superior ao que foi produzido na safra passada.

O volume de exportação de açúcar para a China, em junho, foi de 239,4 mil toneladas, 477% maior que o mesmo período do ano passado. O aumento é resultado de acordo entre os países, que reduziu a tarifa do produto brasileiro em 59%. Entre janeiro e maio de 2020, o acumulado era de apenas 145,3 mil toneladas.

Em julho exportamos US$ 964 milhões, ou seja, 83,4% a mais, com um volume transacionado de 3,5 milhões de toneDados divulgados pela Archer Consulting apontam que 22,5% da exportação de açúcar projetada para a próxima safra já foi fixada a um preço médio de 12,19 centavos de dólar por libra-peso, aumento de 1% em comparação ao levantamento anterior. A consultoria estima que algo em torno de 5% da previsão de açúcar brasileiro que será exportado na safra 2022/23 já foi negociado em mercado futuro.

Os subsídios do governo da Índia para a produção de açúcar devem aumentar 12% no próximo ano, o que aliado com a grande produção esperada, é fator baixista de preços.

No etanol

Segundo previsões da Conab para a safra 2020/21, devemos produzir 30,6 bilhões de litros, 14,3% a menos que em 2019/20.

No acumulado até 16 de agosto (Unica), a produção totalizou 16,81 bilhões de litros, sendo 4,96 bilhões de anidro (29,5%) e 11,85 bilhões de hidratado (60,5%). Desse total, 4,8% foram provenientes do milho.

Já as vendas acumuladas de etanol caíram 18,98% em relação ao ciclo passado, somando um volume de 10,26 bilhões de litros. Desse volume, 91,2% foram destinados ao mercado doméstico, e 8,8% para o exterior.

No mês de julho, as vendas de etanol no mercado interno somaram 2,4 bilhões de litros, queda de 12,81% em comparação a 2019, sendo 768 milhões de litros de anidro (+1,36%) e 1,6 bilhão de hidratado (-18,27%).

As vendas externas de etanol para o mês aumentaram em 29,1%, atingindo a cifra de US$ 135 milhões.

É provável que a gasolina continue aumentando de preço nos próximos meses, dando espaço ao hidratado.

Para concluir, os cinco principais fatos importantes que deveriam ter acontecido em setembro na cadeia da cana:

  • A política de isolamento e os impactos no consumo de combustíveis no Brasil, principalmente a velocidade de recuperação do consumo de hidratado em setembro. Ao fechar esta coluna pelos dados da SCA, o litro do hidratado estava em R$ 2,25 com impostos nas usinas.
  • Acompanhar os impactos do coronavírus no consumo mundial do açúcar e nos preços do petróleo, principalmente. Ao fechar a coluna, o barril do petróleo tipo Brent estava em US$ 46 e o açúcar em cerca de 12,6 cents/libra peso.
  • O clima e o andamento da safra de cana no Brasil, por enquanto, vem vindo muito bem e a safra já está quase em dois terços. Resta saber como esta seca que estamos vivendo na parte mais norte e noroeste de SP e no triângulo mineiro afetará o desenvolvimento da safra 2021/22.
  • O andamento da safra de açúcar no hemisfério norte e o déficit na produção advindo das quebras na Tailândia, e observar as estimativas de produção para a safra 2020/21 que virão bem maiores. O comportamento das exportações de açúcar do Brasil vem surpreendendo as melhores apostas agora em setembro. 
  • Observar o que deve acontecer com as tarifas e cotas para o etanol americano entrar no Brasil e se teremos contrapartidas de acesso às necessidades de açúcar dos EUA, que seria a minha estratégia.

Homenageado do mês

Desta vez, a nossa singela homenagem vai para o querido Suguetoci Matusita, pessoa com imensa contribuição ao desenvolvimento do cooperativismo no Brasil, com destaque para o de crédito. Matusita nos deixou no final de agosto e aqui cumpriu missão vitoriosa. Fica a homenagem e o abraço à família.