A moagem de cana por usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil na safra 2017/18 deve superar o volume esperado pelo mercado, mesmo após adversidades climáticas nos últimos meses e com os trabalhos se enfraquecendo a partir de agora em razão do período de entressafra, avaliou o analista João Paulo Botelho, da INTL FCStone.
De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), as unidades produtoras da região processaram cerca de 568 milhões de toneladas de cana no acumulado da temporada até 30 de novembro.
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A associação projeta a moagem de 585 milhões de toneladas na safra 2017/18, até o término oficial do ciclo, em 30 de março. Ou seja, nos próximos meses o esmagamento teria de atingir mais 17 milhões de toneladas de cana, quantidade que tende a ser superada, segundo Botelho.
"Considerando-se as últimas cinco safras, a média de moagem entre dezembro e março foi de cerca de 30 milhões de toneladas... A última vez em que tivemos uma moagem abaixo de 15 milhões de toneladas foi em 2011/12, mas aquele ano foi marcado por uma grande quebra", disse o analista à Reuters.
Caso a média histórica se matenha, o processamento no Centro-Sul superaria também o esperado pela INTL FCStone, de 583,8 milhões de toneladas.
PREOCUPAÇÃO
Os últimos meses foram marcados por certo receio no mercado quanto ao desenrolar da safra 2017/18 no centro-sul do Brasil, maior player global do setor sucroenergético.
O tempo quente e seco entre agosto e outubro contribuiu para o avanço da colheita, e a expectativa era de que as atividades se encerrassem mais cedo neste ano, com moagem também menor ante a esperada inicialmente, além de resultar em um grande período de entressafra.
No entanto, os trabalhos continuam fortes, com usinas tirando proveito da competitividade do etanol nas bombas dos postos de combustíveis para dar sequência à colheita de cana e à fabricação do biocombustível.
Até o final de novembro, 147 usinas haviam encerrado os trabalhos da safra, número inferior ao de 167 em igual momento do ano passado.
Além disso, o setor registrou em novembro vendas de cerca de 1,46 bilhão de litros de etanol hidratado, usado diretamente nos tanques dos veículos, alta de 40 por cento na comparação anual.
Segundo Botelho, é provável que as produções de açúcar e álcool na atual temporada também superem ou ao menos fiquem em linha com o esperado, em torno de 35 milhões e 25 bilhões de litros, respectivamente.
Entretanto, para os produtos é mais difícil se fazer uma estimativa agora.
"Precisamos ver a questão dos preços. Se o etanol continuar competitivo em março, as usinas vão ser estimuladas a antecipar o início da moagem (de cana) para produzir mais etanol, mas isso também dependerá de importação e consumo", comentou.
A safra de cana no Centro-Sul começa oficialmente em abril de cada ano, mas é comum algumas usinas anteciparem o início da colheita para março ou fevereiro. Esse processamento, contudo, acaba sendo computado dentro do calendário da safra imediatamente anterior.
A expectativa entre agentes e consultorias é de que a safra 2018/19 de cana no Centro-Sul registre moagem levemente maior ante a de 2016/17, com produção de etanol crescendo 6 por cento e a de açúcar caindo na mesma proporção.
A moagem de cana por usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil na safra 2017/18 deve superar o volume esperado pelo mercado, mesmo após adversidades climáticas nos últimos meses e com os trabalhos se enfraquecendo a partir de agora em razão do período de entressafra, avaliou o analista João Paulo Botelho, da INTL FCStone.
De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), as unidades produtoras da região processaram cerca de 568 milhões de toneladas de cana no acumulado da temporada até 30 de novembro.
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"Considerando-se as últimas cinco safras, a média de moagem entre dezembro e março foi de cerca de 30 milhões de toneladas... A última vez em que tivemos uma moagem abaixo de 15 milhões de toneladas foi em 2011/12, mas aquele ano foi marcado por uma grande quebra", disse o analista à Reuters.
Caso a média histórica se matenha, o processamento no Centro-Sul superaria também o esperado pela INTL FCStone, de 583,8 milhões de toneladas.
PREOCUPAÇÃO
Os últimos meses foram marcados por certo receio no mercado quanto ao desenrolar da safra 2017/18 no centro-sul do Brasil, maior player global do setor sucroenergético.
O tempo quente e seco entre agosto e outubro contribuiu para o avanço da colheita, e a expectativa era de que as atividades se encerrassem mais cedo neste ano, com moagem também menor ante a esperada inicialmente, além de resultar em um grande período de entressafra.
No entanto, os trabalhos continuam fortes, com usinas tirando proveito da competitividade do etanol nas bombas dos postos de combustíveis para dar sequência à colheita de cana e à fabricação do biocombustível.
Até o final de novembro, 147 usinas haviam encerrado os trabalhos da safra, número inferior ao de 167 em igual momento do ano passado.
Além disso, o setor registrou em novembro vendas de cerca de 1,46 bilhão de litros de etanol hidratado, usado diretamente nos tanques dos veículos, alta de 40 por cento na comparação anual.
Segundo Botelho, é provável que as produções de açúcar e álcool na atual temporada também superem ou ao menos fiquem em linha com o esperado, em torno de 35 milhões e 25 bilhões de litros, respectivamente.
Entretanto, para os produtos é mais difícil se fazer uma estimativa agora.
"Precisamos ver a questão dos preços. Se o etanol continuar competitivo em março, as usinas vão ser estimuladas a antecipar o início da moagem (de cana) para produzir mais etanol, mas isso também dependerá de importação e consumo", comentou.
A safra de cana no Centro-Sul começa oficialmente em abril de cada ano, mas é comum algumas usinas anteciparem o início da colheita para março ou fevereiro. Esse processamento, contudo, acaba sendo computado dentro do calendário da safra imediatamente anterior.
A expectativa entre agentes e consultorias é de que a safra 2018/19 de cana no Centro-Sul registre moagem levemente maior ante a de 2016/17, com produção de etanol crescendo 6 por cento e a de açúcar caindo na mesma proporção.