Safra de 2015 deve ter novo recorde, mas clima exige atenção, diz IBGE

11/11/2014 Agricultura POR: Valor Econômico
Com previsão de atingir 198,3 milhões de toneladas em 2015, a safra de grãos deve ser recorde novamente, informou o gerente da Coordenação de Agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mauro Andreazzi, ao falar sobre o primeiro prognóstico da safra do próximo ano, anunciado nesta terça-feira pelo instituto.
Se confirmado, o recorde será o quarto consecutivo, e mais uma vez puxado pela soja, cuja produção deve subir 9% em comparação com 2014, para 94 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, o instituto não descarta boa produção no milho de segunda safra (a safrinha), o que poderia levar a uma recuperação no preço da saca do grão em 2015. No entanto, o clima no Sudeste exige cautela e observação nos cultivos para o ano que vem, alertou o IBGE. 
Andreazzi lembrou que o prognóstico conta com um total de informações em que 61,9% são originadas de levantamento em campo, sendo o restante apurado por meio de projeções. Ou seja, a atual estiagem no Sudeste já pôde ser observada pelos técnicos do instituto, disse.
Para ele, há que se observar a influência de possíveis problemas climáticos na colheita do próximo ano. Isso porque, embora as regiões Sul e Centro-Oeste apresentem clima dentro da normalidade, até o momento, o mesmo não ocorre com a região Sudeste, que sofre com a falta de chuvas. “Alguns plantios  que eram para serem iniciados agora não foram por conta da falta de chuvas”, alertou.  
Ele lembrou que, no Sudeste, todos os Estados produzem grãos como soja e milho. Além disso, existe produção de café arábica em Minas Gerais e de cana-de-açúcar e laranja em São Paulo.
No caso de outras culturas, o especialista não descarta recuperação no preço do milho para o próximo ano. Embora tenha frisado que o instituto não estima preços, ele lembrou que a área do milho compete com a da soja na mente do produtor — sendo que essa segunda commodity conta com preço melhor, observou ele. 
Andreazzi citou algumas pesquisas de mercado que estipulam a saca de 60 quilos de milho a R$ 25 – enquanto a mesma saca de soja é negociada em torno de R$ 60. “Então, a soja mais que compensa o milho”, afirmou, lembrando que, para 2015, a produção prevista de milho 1ª safra é de 30,8 milhões de toneladas, apenas 0,3% acima de 2014.
Ele não descartou a possibilidade de um menor patamar de milho 1ª safra, com possível redução de estoques, estimular o preço do grão ao longo do ano que vem, com impacto positivo no plantio do milho 2ª safra. “Essa é a ideia”, admitiu.
No caso da safra de 2014, que está praticamente completa, ele comentou que três itens devem encerrar com produção recorde: soja, milho 2ª safra — em comparação com iguais segundas safras — e trigo. No caso desse último, ele comentou que esse é o primeiro recorde na produção desde 2010, com previsão de 7,4 milhões de toneladas esse ano, 30,6% acima de 2013. “Houve uma área plantada maior esse ano, ante ano passado”, explicou.
Com previsão de atingir 198,3 milhões de toneladas em 2015, a safra de grãos deve ser recorde novamente, informou o gerente da Coordenação de Agropecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mauro Andreazzi, ao falar sobre o primeiro prognóstico da safra do próximo ano, anunciado nesta terça-feira pelo instituto.
Se confirmado, o recorde será o quarto consecutivo, e mais uma vez puxado pela soja, cuja produção deve subir 9% em comparação com 2014, para 94 milhões de toneladas. Ao mesmo tempo, o instituto não descarta boa produção no milho de segunda safra (a safrinha), o que poderia levar a uma recuperação no preço da saca do grão em 2015. No entanto, o clima no Sudeste exige cautela e observação nos cultivos para o ano que vem, alertou o IBGE. 
Andreazzi lembrou que o prognóstico conta com um total de informações em que 61,9% são originadas de levantamento em campo, sendo o restante apurado por meio de projeções. Ou seja, a atual estiagem no Sudeste já pôde ser observada pelos técnicos do instituto, disse.
Para ele, há que se observar a influência de possíveis problemas climáticos na colheita do próximo ano. Isso porque, embora as regiões Sul e Centro-Oeste apresentem clima dentro da normalidade, até o momento, o mesmo não ocorre com a região Sudeste, que sofre com a falta de chuvas. “Alguns plantios  que eram para serem iniciados agora não foram por conta da falta de chuvas”, alertou.  
Ele lembrou que, no Sudeste, todos os Estados produzem grãos como soja e milho. Além disso, existe produção de café arábica em Minas Gerais e de cana-de-açúcar e laranja em São Paulo.
No caso de outras culturas, o especialista não descarta recuperação no preço do milho para o próximo ano. Embora tenha frisado que o instituto não estima preços, ele lembrou que a área do milho compete com a da soja na mente do produtor — sendo que essa segunda commodity conta com preço melhor, observou ele. 
Andreazzi citou algumas pesquisas de mercado que estipulam a saca de 60 quilos de milho a R$ 25 – enquanto a mesma saca de soja é negociada em torno de R$ 60. “Então, a soja mais que compensa o milho”, afirmou, lembrando que, para 2015, a produção prevista de milho 1ª safra é de 30,8 milhões de toneladas, apenas 0,3% acima de 2014.
Ele não descartou a possibilidade de um menor patamar de milho 1ª safra, com possível redução de estoques, estimular o preço do grão ao longo do ano que vem, com impacto positivo no plantio do milho 2ª safra. “Essa é a ideia”, admitiu.
No caso da safra de 2014, que está praticamente completa, ele comentou que três itens devem encerrar com produção recorde: soja, milho 2ª safra — em comparação com iguais segundas safras — e trigo. No caso desse último, ele comentou que esse é o primeiro recorde na produção desde 2010, com previsão de 7,4 milhões de toneladas esse ano, 30,6% acima de 2013. “Houve uma área plantada maior esse ano, ante ano passado”, explicou.