Apesar de reconhecer que há problemas pontuais provocados pelas chuvas em polos de Mato Grosso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção brasileira de grãos nesta safra 2016/17.
De acordo com levantamento divulgado ontem pela estatal, a colheita, recorde, totalizará 222,9 milhões de toneladas, 3,8 milhões de toneladas a mais que o projetado em fevereiro e volume 19,5% superior ao do ciclo 2015/16, que foi bastante prejudicado por adversidades climáticas provocadas pelo El Niño. Conforme o IBGE, que também atualizou suas previsões, o volume chegará a 224,2 milhões de toneladas.
"O crescimento se deve à recuperação da produtividade média das culturas, agora livres da influência das más condições climáticas da safra passada, e ao aumento de área", afirma a Conab no levantamento que divulgou. Em função do clima favorável, a produtividade média prevista pela estatal em 2016/17 passou a 3.715 quilos por hectare, ante 3.199 quilos em 2015/16.
Para a soja, carrochefe do agronegócio brasileiro, a Conab passou a estimar o recorde de 107,6 milhões de toneladas, 2 milhões a mais que o projetado em fevereiro e volume 12,8% superior ao registrado na temporada passada. Mas esse número provocou controvérsia.
Conforme a Aprosoja Brasil, entidade que representa produtores de grãos, as chuvas em Mato Grosso, que lidera a colheita da oleaginosa e de grãos em geral , estão causando problemas mais graves que os identificados pelos técnicos da Conab. Nos cálculos da associação, essas intempéries farão com que a produção brasileira de soja fique abaixo de 100 milhões de toneladas neste ciclo. Grandes produtores matogrossenses ouvidos pelo Valor nos últimos dias corroboram essa estimativa.
Consciente do posicionamento da Aprosoja Brasil, Aroldo de Oliveira, superintendente de informações do agronegócio da Conab, defendeu a projeção da estatal para a soja. "Nossos números estão em linha com os principais institutos de pesquisa e analistas", defendeu Oliveira, citando inclusive o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que também corrigiu para cima sua previsão para o grão no Brasil (ver USDA também ajusta para cima previsões para soja e milho no Brasil).
No caso da segunda safra de milho, que está sendo plantada no país no momento, a Conab passou a prever colheita de 59,7 milhões de toneladas, ante as 58,6 milhões projetadas em fevereiro. Em relação à colheita de 2015/16, a mais afetada pelo El Niño no ano passado, o aumento chega a impressionantes 46,7%. Com isso, a produção total de milho no Brasil (primeira e segunda safras) deverá chegar a 89 milhões de toneladas, um crescimento de 33,7% em relação ao ciclo passado.
Apesar de reconhecer que há problemas pontuais provocados pelas chuvas em polos de Mato Grosso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção brasileira de grãos nesta safra 2016/17.
De acordo com levantamento divulgado ontem pela estatal, a colheita, recorde, totalizará 222,9 milhões de toneladas, 3,8 milhões de toneladas a mais que o projetado em fevereiro e volume 19,5% superior ao do ciclo 2015/16, que foi bastante prejudicado por adversidades climáticas provocadas pelo El Niño. Conforme o IBGE, que também atualizou suas previsões, o volume chegará a 224,2 milhões de toneladas.
"O crescimento se deve à recuperação da produtividade média das culturas, agora livres da influência das más condições climáticas da safra passada, e ao aumento de área", afirma a Conab no levantamento que divulgou. Em função do clima favorável, a produtividade média prevista pela estatal em 2016/17 passou a 3.715 quilos por hectare, ante 3.199 quilos em 2015/16.
Para a soja, carrochefe do agronegócio brasileiro, a Conab passou a estimar o recorde de 107,6 milhões de toneladas, 2 milhões a mais que o projetado em fevereiro e volume 12,8% superior ao registrado na temporada passada. Mas esse número provocou controvérsia.
Conforme a Aprosoja Brasil, entidade que representa produtores de grãos, as chuvas em Mato Grosso, que lidera a colheita da oleaginosa e de grãos em geral , estão causando problemas mais graves que os identificados pelos técnicos da Conab. Nos cálculos da associação, essas intempéries farão com que a produção brasileira de soja fique abaixo de 100 milhões de toneladas neste ciclo. Grandes produtores matogrossenses ouvidos pelo Valor nos últimos dias corroboram essa estimativa.
Consciente do posicionamento da Aprosoja Brasil, Aroldo de Oliveira, superintendente de informações do agronegócio da Conab, defendeu a projeção da estatal para a soja. "Nossos números estão em linha com os principais institutos de pesquisa e analistas", defendeu Oliveira, citando inclusive o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que também corrigiu para cima sua previsão para o grão no Brasil (ver USDA também ajusta para cima previsões para soja e milho no Brasil).
No caso da segunda safra de milho, que está sendo plantada no país no momento, a Conab passou a prever colheita de 59,7 milhões de toneladas, ante as 58,6 milhões projetadas em fevereiro. Em relação à colheita de 2015/16, a mais afetada pelo El Niño no ano passado, o aumento chega a impressionantes 46,7%. Com isso, a produção total de milho no Brasil (primeira e segunda safras) deverá chegar a 89 milhões de toneladas, um crescimento de 33,7% em relação ao ciclo passado.