Safra 2014/15 de cana-de-açúcar terá queda de produtividade no Nordeste com a redução do ATR

15/10/2014 Cana-de-Açúcar POR: Paraíba Total
Os efeitos do clima como sempre, têm preocupado os produtores de cana nordestinos. Ao contrário do que os produtores do Centro-Sul do país estão enfrentando com a estiagem prolongada, o produtor nordestino agora espera que a chuva cesse um pouco para que o valor dos Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) suba e a produtividade volte a lhe render, pelo menos um valor próximo de seus custos. Mas, ao que tudo indica, o setor sucroenergético, nesta safra 2014/15, será marcado pela queda nos índices de produtividade, embora o Nordeste tenha o que comemorar no que diz respeito ao desenvolvimento da produção depois de uma longa seca.
É o que mostra o boletim “Ativos da Cana-de-Açúcar”, elaborado pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresa (Pecege), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Falta de chuvas no início do ano prejudicou a produção na região do Centro-Sul, fazendo com que as lavouras se desenvolvessem menos, o que trouxe queda de produtividade na região. No entanto, a situação contribuiu para a recuperação dos preços praticados no mercado para o açúcar e o etanol, visto que o valor do ATR elevou-se com a escassez de chuva.
No Nordeste, porém, o quadro é o oposto. A quantidade de chuvas é o que está fazendo com que a remuneração do produtor caia em função da queda da concentração do açúcar - ATR. “As chuvas estão fazendo nosso ATR baixar. Tem produtor comercializando sua cana a R$ 50,00 e R$ 52,00”, disse o presidente da União Nordestina de Produtores de Cana – Unida, Alexandre Lima, lembrando que o produtor é remunerado pela qualidade da matéria-prima expressa em quilo de ATR por tonelada de cana. Conforme explicou Alexandre, essa variação de preço não suporta o custo de produção que está em torno de R$ 87,00 na região nordestina.
Ainda de acordo com o estudo da CNA em parceria com o Pecege, da Esalq/USP, além da queda da produtividade, o produtor também terá que enfrentar uma elevação dos custos de produção. Segundo a pesquisa, os principais itens que irão influenciar esse aumento são: a queda da produtividade por hectare; elevação de pelo menos 8% nos salários dos trabalhadores do setor; e 8,5% de aumento no preço do corte, carregamento e transporte da cana (CCT). 
“A tonelada de cana no Nordeste é comercializada a R$ 73,00 enquanto que o custo está em R$ 87,00. Já temos essa defasagem que até agora não conseguimos resolver. E agora temos essa expectativa de queda também do ATR”, comentou Alexandre Lima, frisando que a produção ainda não foi recuperada depois da última seca. “Esperamos que a chuva diminua um pouco para nos render um bom ATR, mas não podemos pedir muito porque acabamos de sair de uma seca”, brincou o dirigente, destacando que a chuva, pelo menos, fez com que a cana voltasse a se desenvolver.
A situação foi classificada como séria pelo presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso. Para ele, as expectativas só demonstram a necessidade de serem adotadas medidas capazes de tornar a atividade economicamente mais viável. “Grande parte desse problema da remuneração do produtor vem da falta de uma regulamentação para o setor e das medidas políticas do governo que opta pela compra do petróleo no mercado internacional ao invés de valorizar a produção do etanol internamente. Se a produção do etanol fosse importante para o governo, o pagamento de nossa cana também seria melhor", conclui Murilo.
Os efeitos do clima como sempre, têm preocupado os produtores de cana nordestinos. Ao contrário do que os produtores do Centro-Sul do país estão enfrentando com a estiagem prolongada, o produtor nordestino agora espera que a chuva cesse um pouco para que o valor dos Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) suba e a produtividade volte a lhe render, pelo menos um valor próximo de seus custos. Mas, ao que tudo indica, o setor sucroenergético, nesta safra 2014/15, será marcado pela queda nos índices de produtividade, embora o Nordeste tenha o que comemorar no que diz respeito ao desenvolvimento da produção depois de uma longa seca.
É o que mostra o boletim “Ativos da Cana-de-Açúcar”, elaborado pelo Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresa (Pecege), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Falta de chuvas no início do ano prejudicou a produção na região do Centro-Sul, fazendo com que as lavouras se desenvolvessem menos, o que trouxe queda de produtividade na região. No entanto, a situação contribuiu para a recuperação dos preços praticados no mercado para o açúcar e o etanol, visto que o valor do ATR elevou-se com a escassez de chuva.
No Nordeste, porém, o quadro é o oposto. A quantidade de chuvas é o que está fazendo com que a remuneração do produtor caia em função da queda da concentração do açúcar - ATR. “As chuvas estão fazendo nosso ATR baixar. Tem produtor comercializando sua cana a R$ 50,00 e R$ 52,00”, disse o presidente da União Nordestina de Produtores de Cana – Unida, Alexandre Lima, lembrando que o produtor é remunerado pela qualidade da matéria-prima expressa em quilo de ATR por tonelada de cana. Conforme explicou Alexandre, essa variação de preço não suporta o custo de produção que está em torno de R$ 87,00 na região nordestina.
Ainda de acordo com o estudo da CNA em parceria com o Pecege, da Esalq/USP, além da queda da produtividade, o produtor também terá que enfrentar uma elevação dos custos de produção. Segundo a pesquisa, os principais itens que irão influenciar esse aumento são: a queda da produtividade por hectare; elevação de pelo menos 8% nos salários dos trabalhadores do setor; e 8,5% de aumento no preço do corte, carregamento e transporte da cana (CCT). 
“A tonelada de cana no Nordeste é comercializada a R$ 73,00 enquanto que o custo está em R$ 87,00. Já temos essa defasagem que até agora não conseguimos resolver. E agora temos essa expectativa de queda também do ATR”, comentou Alexandre Lima, frisando que a produção ainda não foi recuperada depois da última seca. “Esperamos que a chuva diminua um pouco para nos render um bom ATR, mas não podemos pedir muito porque acabamos de sair de uma seca”, brincou o dirigente, destacando que a chuva, pelo menos, fez com que a cana voltasse a se desenvolver.
A situação foi classificada como séria pelo presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso. Para ele, as expectativas só demonstram a necessidade de serem adotadas medidas capazes de tornar a atividade economicamente mais viável. “Grande parte desse problema da remuneração do produtor vem da falta de uma regulamentação para o setor e das medidas políticas do governo que opta pela compra do petróleo no mercado internacional ao invés de valorizar a produção do etanol internamente. Se a produção do etanol fosse importante para o governo, o pagamento de nossa cana também seria melhor", conclui Murilo.