Safras recordes permitem elevação dos estoques de grãos no Brasil

09/05/2014 Agricultura POR: Folha de S. Paulo
Os recentes recordes de safra de grãos no país fizeram bem para os estoques de alimentos. Os volumes melhoram e podem impedir altas acentuadas no varejo.
Embora em alta, os estoques são inferiores aos de há cinco anos. É o que mostram dados divulgados ontem pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
A safra 2013/14 volta a ser recorde e deverá atingir 191 milhões de toneladas, acima dos 189 milhões do período 2012/13. Esse volume só não será maior devido a interferências climáticas e a pragas nas lavouras, o que reduziu a produtividade em 3,5%.
Uma das melhoras de estoques ocorreu com o trigo, cujo volume no final da safra 2012/13 recuou para apenas 342 mil toneladas. Esse volume era suficiente para apenas 12 dias de consumo.
O dado atual da Conab aponta para 1,2 milhão de toneladas, um volume suficiente para 40 dias de consumo.
O país terá também um volume maior de arroz neste final de safra. Serão 2 milhões de toneladas, consumo suficiente para dois meses. No ano passado, o volume havia ficado em 1,7 milhão.
Os estoques de feijão também melhoram, subindo para 493 mil toneladas nesta safra 2013/14. O volume é suficiente para 50 dias, segundo os números da Conab.
O estoque final de milho, devido à boa evolução das safras recentes, sobe para 9,5 milhões de toneladas. O volume supera o das últimas safras e é suficiente para dois meses de consumo.
O país terá ainda um estoque maior de farelo de soja --49% mais do que em 2012/13-- e de óleo de soja --mais 102%. O estoque de soja em grão vai a 2,4 milhões de toneladas, 164% mais.
Presença Pela primeira vez em 15 anos, o Brasil entrou na lista dos 15 países mais importantes nas exportações do agronegócio dos EUA. As compras brasileiras no país somaram US$ 1,6 bilhão no ano fiscal de 2013.
Mão dupla Os norte-americanos também tiveram boa participação no mercado brasileiro, comprando milho no ano passado. Neste ano, estão comprando soja. Já os gastos brasileiros ficaram por conta do trigo.
Saldo Os preços agropecuários estão bons nos EUA, mas as importações deles crescem, provocando redução do saldo agrícola. No ano passado, as importações do agronegócio atingiram o recorde de US$ 104 bilhões.
Mauro Zafalon
Os recentes recordes de safra de grãos no país fizeram bem para os estoques de alimentos. Os volumes melhoram e podem impedir altas acentuadas no varejo.
Embora em alta, os estoques são inferiores aos de há cinco anos. É o que mostram dados divulgados ontem pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
A safra 2013/14 volta a ser recorde e deverá atingir 191 milhões de toneladas, acima dos 189 milhões do período 2012/13. Esse volume só não será maior devido a interferências climáticas e a pragas nas lavouras, o que reduziu a produtividade em 3,5%.
Uma das melhoras de estoques ocorreu com o trigo, cujo volume no final da safra 2012/13 recuou para apenas 342 mil toneladas. Esse volume era suficiente para apenas 12 dias de consumo.
O dado atual da Conab aponta para 1,2 milhão de toneladas, um volume suficiente para 40 dias de consumo.
O país terá também um volume maior de arroz neste final de safra. Serão 2 milhões de toneladas, consumo suficiente para dois meses. No ano passado, o volume havia ficado em 1,7 milhão.
Os estoques de feijão também melhoram, subindo para 493 mil toneladas nesta safra 2013/14. O volume é suficiente para 50 dias, segundo os números da Conab.
O estoque final de milho, devido à boa evolução das safras recentes, sobe para 9,5 milhões de toneladas. O volume supera o das últimas safras e é suficiente para dois meses de consumo.
O país terá ainda um estoque maior de farelo de soja --49% mais do que em 2012/13-- e de óleo de soja --mais 102%. O estoque de soja em grão vai a 2,4 milhões de toneladas, 164% mais.
Presença Pela primeira vez em 15 anos, o Brasil entrou na lista dos 15 países mais importantes nas exportações do agronegócio dos EUA. As compras brasileiras no país somaram US$ 1,6 bilhão no ano fiscal de 2013.
Mão dupla Os norte-americanos também tiveram boa participação no mercado brasileiro, comprando milho no ano passado. Neste ano, estão comprando soja. Já os gastos brasileiros ficaram por conta do trigo.
Saldo Os preços agropecuários estão bons nos EUA, mas as importações deles crescem, provocando redução do saldo agrícola. No ano passado, as importações do agronegócio atingiram o recorde de US$ 104 bilhões.
Mauro Zafalon