A expectativa não é das melhores para os produtores de cana de açúcar do Nordeste. A safra de 2017 na região pode cair cerca de 20% em relação ao último ano. Em alguns locais, a queda pode chegar a 70%. Isso se chover a partir dos próximos dias. Essa perda ocorre em razão da estiagem nos últimos 6 anos, que vem agravando ainda mais a produtividade do setor. Os estados que mais vêm sentindo a falta das chuvas são Pernambuco, Alagoas - maiores produtores da região - e Sergipe.
Segundo Alexandre Andrade Lima, presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), essa perda na produtividade pode acabar gerando mais custos para o produtor. "A cana, quando é cortada, automaticamente brota outra vez, mas devido à falta de umidade, isso não vem acontecendo e essas últimas safras vêm sofrendo bastante. Muitos produtores estão tendo que replantar, o que gera um gasto de R$ 7,5 mil por hectare plantado", explicou Alexandre.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os números no Nordeste são preocupantes. Desde a safra de 2007, a queda na produção saiu de 72,94 milhões de toneladas para 46,99 milhões em 2016. Em Pernambuco, a queda pode ser de aproximadamente 30% entre 2017 e 2018. De acordo com informações do Síndicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçucar), nos últimos dez anos, a diminuição da safra acompanhou o Nordeste e caiu de 19,822 milhões de toneladas em 2007 para 11,22 milhões em 2016. Os reflexos dessa seca se vê na perda de empregos e na diminuição da produção do etanol, por exemplo.
Desde 2011, a quantidade de chuvas continua diminuindo. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata, o volume de chuva chegou a um pico de 2.001,3 mm em 2011. Já em 2016, esses números caíram para 1.179,8 mm. A expectativa para os meses de fevereiro, março e abril desse ano é a de que a quantidade de precipitações fique abaixo da média para todo o estado. Diante do prejuízo, com a perda nos números das safras anteriores e sem previsão de chuva, líderanças do setor se reuniram para discutir soluções emergenciais afim de mudar esse cenário de crise.
Produtores de todo o Nordeste reinvidicaram durante uma reunião da Unida uma proposta de ação emergencial ao governo federal. Segundo Alexandre Andrade, o pagamento da subvenção, ou "auxílio" da cana, é uma proposta a ser defendida, mesmo diante da crise econômica que o país enfrenta.
Outra medida para melhoria na produção de cana em tempos de seca, seria o projeto "Águas do Norte", idealizado pelo consultor do setor, Gregório Maranhão. O programa, que já deveria ter sido implementado em Pernambuco desde o primeiro Governo Jarbas Vasconcelos (1999-2002), viabilizaria a construção de microbacias de acumulação, que guardaria a água do inverno para ser reutilizada no verão.
A expectativa não é das melhores para os produtores de cana de açúcar do Nordeste. A safra de 2017 na região pode cair cerca de 20% em relação ao último ano. Em alguns locais, a queda pode chegar a 70%. Isso se chover a partir dos próximos dias. Essa perda ocorre em razão da estiagem nos últimos 6 anos, que vem agravando ainda mais a produtividade do setor. Os estados que mais vêm sentindo a falta das chuvas são Pernambuco, Alagoas - maiores produtores da região - e Sergipe.
Segundo Alexandre Andrade Lima, presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), essa perda na produtividade pode acabar gerando mais custos para o produtor. "A cana, quando é cortada, automaticamente brota outra vez, mas devido à falta de umidade, isso não vem acontecendo e essas últimas safras vêm sofrendo bastante. Muitos produtores estão tendo que replantar, o que gera um gasto de R$ 7,5 mil por hectare plantado", explicou Alexandre.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os números no Nordeste são preocupantes. Desde a safra de 2007, a queda na produção saiu de 72,94 milhões de toneladas para 46,99 milhões em 2016. Em Pernambuco, a queda pode ser de aproximadamente 30% entre 2017 e 2018. De acordo com informações do Síndicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçucar), nos últimos dez anos, a diminuição da safra acompanhou o Nordeste e caiu de 19,822 milhões de toneladas em 2007 para 11,22 milhões em 2016. Os reflexos dessa seca se vê na perda de empregos e na diminuição da produção do etanol, por exemplo.
Desde 2011, a quantidade de chuvas continua diminuindo. Segundo a Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata, o volume de chuva chegou a um pico de 2.001,3 mm em 2011. Já em 2016, esses números caíram para 1.179,8 mm. A expectativa para os meses de fevereiro, março e abril desse ano é a de que a quantidade de precipitações fique abaixo da média para todo o estado. Diante do prejuízo, com a perda nos números das safras anteriores e sem previsão de chuva, líderanças do setor se reuniram para discutir soluções emergenciais afim de mudar esse cenário de crise.
Produtores de todo o Nordeste reinvidicaram durante uma reunião da Unida uma proposta de ação emergencial ao governo federal. Segundo Alexandre Andrade, o pagamento da subvenção, ou "auxílio" da cana, é uma proposta a ser defendida, mesmo diante da crise econômica que o país enfrenta.
Outra medida para melhoria na produção de cana em tempos de seca, seria o projeto "Águas do Norte", idealizado pelo consultor do setor, Gregório Maranhão. O programa, que já deveria ter sido implementado em Pernambuco desde o primeiro Governo Jarbas Vasconcelos (1999-2002), viabilizaria a construção de microbacias de acumulação, que guardaria a água do inverno para ser reutilizada no verão.