Seca provocou queda na produção no Centro­-Oeste e Nordeste, diz IBGE

11/05/2016 Agricultura POR: Valor Econômico
Apesar da área plantada ter crescido em 2016, na comparação com o ano passado, a produção está em queda, diretamente afetada pela seca que atinge regiões importantes do Centro­Oeste e Nordeste. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE, a produção brasileira de grãos deverá recuar 1,9% em 2016, em relação ao ano anterior, e alcançar 205,4 milhões de toneladas, contra 209,4 milhões de toneladas em 2015. Será a primeira queda da produção agrícola desde 2009, quando houve perda de 8,3% e a colheita somou 133,9 milhões de toneladas.
A estimativa para a área colhida em 2016, de 58,5 milhões de hectares, apresenta alta de 1,6% frente à área colhida em 2015. Em relação à estimativa de março, houve crescimento de 0,3% na previsão.
Na comparação com a estimativa de março, de 210 milhões de toneladas, a projeção para a safra de grãos caiu 2,2% em abril. A previsão de safra menor do milho de segunda safra, principalmente, e recuo das lavouras de soja em diferentes áreas do país puxaram essa queda no período, segundo o IBGE.
No Centro­Oeste, a seca começou mais cedo e atrasou o plantio da soja, consequentemente atrapalhou a safra do milho, que sofreu com a estiagem justamente no momento em que a produção mais precisa de água. “Em Goiás caiu bastante o rendimento por área”, destacou o gerente de agropecuária do IBGE, Mauro Andre Andreazzi, se referindo à plantação de milho segunda safra, que ainda está sendo colhida e pode sofrer novo revés. “Os preços estão excelentes, a questão é climática mesmo”, frisou Andreazzi.
A estiagem também afetou a produção de soja, mas a perda se espalhou por diferentes áreas do país. No Maranhão, o tombo de 29,8% na estimativa entre março e abril significou perda de 564 mil toneladas de soja. A produção da Bahia recuou em 272 mil toneladas e no Mato Grosso, que responde por quase um terço de toda produção nacional de soja, caiu 288 mil toneladas, o que representa de 1% de retração. Mesmo assim a safra de soja deverá ser recorde, com previsão de quase 98,5 milhões de toneladas.
Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,9% na área da soja e de 2,9% na área do milho, na área de arroz houve redução de 7,7%. No que se refere à produção, houve aumento de 1,3% para a soja e reduções de 7,6% para o arroz e de 5,0% para o milho. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,9% da estimativa da produção e responderam por 87,1% da área a ser colhida.
O trigo, que representa 2,7% de todos os grãos colhidos no país, vem sofrendo com o clima desde 2014 e apresenta crescimento em 2016 justamente porque o ano anterior foi de produção fraca. A alta de 4,7% em relação a 2015, com safra de 5,6 milhões de toneladas, ocorre por causa da base de comparação ruim, segundo Andreazzi. A área plantada caiu 5,5%, ante o ano passado, refletindo a mudança dos produtores que escolheram plantar o milho segunda safra, com preços melhores no mercado. “O rendimento do trigo está maior este ano porque 2015 foi um ano péssimo”, resumiu o gerente da coordenação de agropecuária do IBGE.
Apesar da área plantada ter crescido em 2016, na comparação com o ano passado, a produção está em queda, diretamente afetada pela seca que atinge regiões importantes do Centro­Oeste e Nordeste. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE, a produção brasileira de grãos deverá recuar 1,9% em 2016, em relação ao ano anterior, e alcançar 205,4 milhões de toneladas, contra 209,4 milhões de toneladas em 2015. Será a primeira queda da produção agrícola desde 2009, quando houve perda de 8,3% e a colheita somou 133,9 milhões de toneladas.
A estimativa para a área colhida em 2016, de 58,5 milhões de hectares, apresenta alta de 1,6% frente à área colhida em 2015. Em relação à estimativa de março, houve crescimento de 0,3% na previsão.
Na comparação com a estimativa de março, de 210 milhões de toneladas, a projeção para a safra de grãos caiu 2,2% em abril. A previsão de safra menor do milho de segunda safra, principalmente, e recuo das lavouras de soja em diferentes áreas do país puxaram essa queda no período, segundo o IBGE.

No Centro­Oeste, a seca começou mais cedo e atrasou o plantio da soja, consequentemente atrapalhou a safra do milho, que sofreu com a estiagem justamente no momento em que a produção mais precisa de água. “Em Goiás caiu bastante o rendimento por área”, destacou o gerente de agropecuária do IBGE, Mauro Andre Andreazzi, se referindo à plantação de milho segunda safra, que ainda está sendo colhida e pode sofrer novo revés. “Os preços estão excelentes, a questão é climática mesmo”, frisou Andreazzi.
A estiagem também afetou a produção de soja, mas a perda se espalhou por diferentes áreas do país. No Maranhão, o tombo de 29,8% na estimativa entre março e abril significou perda de 564 mil toneladas de soja. A produção da Bahia recuou em 272 mil toneladas e no Mato Grosso, que responde por quase um terço de toda produção nacional de soja, caiu 288 mil toneladas, o que representa de 1% de retração. Mesmo assim a safra de soja deverá ser recorde, com previsão de quase 98,5 milhões de toneladas.
Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,9% na área da soja e de 2,9% na área do milho, na área de arroz houve redução de 7,7%. No que se refere à produção, houve aumento de 1,3% para a soja e reduções de 7,6% para o arroz e de 5,0% para o milho. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,9% da estimativa da produção e responderam por 87,1% da área a ser colhida.
O trigo, que representa 2,7% de todos os grãos colhidos no país, vem sofrendo com o clima desde 2014 e apresenta crescimento em 2016 justamente porque o ano anterior foi de produção fraca. A alta de 4,7% em relação a 2015, com safra de 5,6 milhões de toneladas, ocorre por causa da base de comparação ruim, segundo Andreazzi. A área plantada caiu 5,5%, ante o ano passado, refletindo a mudança dos produtores que escolheram plantar o milho segunda safra, com preços melhores no mercado. “O rendimento do trigo está maior este ano porque 2015 foi um ano péssimo”, resumiu o gerente da coordenação de agropecuária do IBGE.