Seca reduz produtividade na safra de cana

12/03/2014 Cana-de-Açúcar POR: Folha de S. Paulo
Segundo a direção da empresa, que iniciou a safra na última quinta-feira, a estimativa é colher neste ano 85 toneladas de cana-de-açúcar por hectare, ante as 92 toneladas por hectare da safra 2013/14. É a primeira usina a moer na região de Ribeirão Preto neste ano.
A Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) prevê para abril a divulgação da estimativa da safra, mas analistas do setor já estimam um resultado menor que o da última temporada por causa do impacto da estiagem.
Na região da usina Batatais --que tem lavouras em cidades como Franca-- choveu 55% menos que a média histórica para os meses de janeiro e fevereiro, segundo dados informados pela empresa.
Mas, de acordo com o presidente da usina, Bernardo Biagi, ainda é cedo para precisar os efeitos do clima sobre a safra 2014/15.
Mesmo esperando menor produtividade, a Batatais prevê aumentar em 8,3% a quantidade de cana moída nesta safra, num total de 3,9 milhões de toneladas.
Se incluída a moagem da usina Lins, filial da Batatais, a quantidade estimada de moagem pelo grupo sucroenergético sobe para 6,1 milhões de toneladas, o que representa alta de 4%.
De acordo com Biagi, o crescimento acontece graças ao aumento de área de cana a ser colhida, de 39 mil hectares para 45 mil.
Aumentar a moagem é uma estratégia da empresa para ampliar o lucro num ano em que é esperada a redução na safra nacional e uma possível alta nos preços do açúcar e doálcool.
A Batatais possui 51 mil hectares de área plantada. A quase totalidade dessas propriedades, no entanto, não pertence à usina, mas a produtores que, ou possuem contratos para a venda da produção (35%) ou para o arrendamento das terras (65%).
O grupo planeja destinar 50% da moagem para a produção de açúcar (com 275 mil toneladas) e 50% para a produção de etanol (com 145 milhões de litros).
Estratégia
De acordo com o empresário, as usinas adotam a estratégia de estender o período da colheita e moagem da cana, como forma de manter alta a produção nos períodos próximos à entressafra, em que há menor oferta de etanol no mercado.
Normalmente, a safra na região centro-sul do país vai de abril a novembro. Biagi afirmou que procura manter a moagem nas usinas do grupo de março a dezembro.
Para isso, a Batatais e a Lins trabalham com uma área de cana-de-açúcar plantada maior que a capacidade das usinas, e aproximadamente 7% da moagem vem da cana"bisada" --aquela que é reservada para ser colhida na safra seguinte.
Felipe Amorim
Segundo a direção da empresa, que iniciou a safra na última quinta-feira, a estimativa é colher neste ano 85 toneladas de cana-de-açúcar por hectare, ante as 92 toneladas por hectare da safra 2013/14. É a primeira usina a moer na região de Ribeirão Preto neste ano.
A Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) prevê para abril a divulgação da estimativa da safra, mas analistas do setor já estimam um resultado menor que o da última temporada por causa do impacto da estiagem.
Na região da usina Batatais --que tem lavouras em cidades como Franca-- choveu 55% menos que a média histórica para os meses de janeiro e fevereiro, segundo dados informados pela empresa.
Mas, de acordo com o presidente da usina, Bernardo Biagi, ainda é cedo para precisar os efeitos do clima sobre a safra 2014/15.
Mesmo esperando menor produtividade, a Batatais prevê aumentar em 8,3% a quantidade de cana moída nesta safra, num total de 3,9 milhões de toneladas.
Se incluída a moagem da usina Lins, filial da Batatais, a quantidade estimada de moagem pelo grupo sucroenergético sobe para 6,1 milhões de toneladas, o que representa alta de 4%.
De acordo com Biagi, o crescimento acontece graças ao aumento de área de cana a ser colhida, de 39 mil hectares para 45 mil.
Aumentar a moagem é uma estratégia da empresa para ampliar o lucro num ano em que é esperada a redução na safra nacional e uma possível alta nos preços do açúcar e doálcool.
A Batatais possui 51 mil hectares de área plantada. A quase totalidade dessas propriedades, no entanto, não pertence à usina, mas a produtores que, ou possuem contratos para a venda da produção (35%) ou para o arrendamento das terras (65%).
O grupo planeja destinar 50% da moagem para a produção de açúcar (com 275 mil toneladas) e 50% para a produção de etanol (com 145 milhões de litros).
Estratégia
De acordo com o empresário, as usinas adotam a estratégia de estender o período da colheita e moagem da cana, como forma de manter alta a produção nos períodos próximos à entressafra, em que há menor oferta de etanol no mercado.
Normalmente, a safra na região centro-sul do país vai de abril a novembro. Biagi afirmou que procura manter a moagem nas usinas do grupo de março a dezembro.
Para isso, a Batatais e a Lins trabalham com uma área de cana-de-açúcar plantada maior que a capacidade das usinas, e aproximadamente 7% da moagem vem da cana"bisada" --aquela que é reservada para ser colhida na safra seguinte.
Felipe Amorim