Secretário vai enfrentar outros desafios no Estado

22/01/2015 Cana-de-Açúcar POR: Valor Econômico
Eleito por três mandatos consecutivos deputado federal pelo PPS, Arnaldo Jardim teve intensa atuação parlamentar em demandas ligadas ao agronegócio, em especial energia, biocombustíveis e ambiente, mas assumiu a secretaria paulista em um momento delicado, um teste para sua habilidade política e de gestor. A restrição ao uso da água na irrigação é o maior desafio no curtíssimo prazo, mas nem de longe é o único a ser enfrentado pelo novo secretário.
Com menos de 1% do orçamento estadual, a secretaria precisa ainda criar mecanismos para ajudar na recuperação da atividade canavieira, além de resgatar o dinamismo da máquina pública, em especial dos institutos de pesquisa, financiamento e assistência técnica ao setor, prejudicados por baixo investimento e deficiência de pessoal.
Seu plano nessa frente inclui abertura de concurso público para recomposição do quadro da secretaria que já teve, há cinco anos 6,1 mil funcionários, e hoje tem 4,8 mil. Após essa etapa, Jardim pretende discutir a valorização das carreiras.
Em entrevista ao Valor no dia de sua posse, em 8 de janeiro, o titular da Agricultura afirmou que São Paulo precisa de inovação para se manter na vanguarda do agronegócio nacional. "Temos o privilégio extraordinário de ter a mais complexa e importante rede de pesquisa e um conjunto de coordenadorias de extensão rural que são um canal que fazem com que os avanços conceituais cheguem ao agricultor".
Para multiplicar os recursos o secretário pretende firmar parcerias público-privadas e discutir a venda de ativos não estratégicos, como terras. "Aquilo que for fundamental para a pesquisa buscaremos preservar", afirmou.
Na lista de prioridades está a cana-de-açúcar que, sozinha, representa em torno de 40% da geração de riquezas da agropecuária paulista. Se a cultura vai mal, uma boa parte da economia estadual também patina, na medida que é a atividade "número um" de 27 das 40 regiões rurais de São Paulo.
Entre janeiro e novembro de 2014, último dado disponível, o Valor Bruto da Produção (VPB) agropecuária do Estado de São Paulo caiu 11%, para R$ 61 bilhões. A cana foi a principal responsável pelo declínio do indicador paulista no período ao recuar 17,5%, para R$ 22,9 bilhões.
A crise do setor sucroalcooleiro também se reflete nos números de emprego no Estado. Somente entre janeiro e novembro deste ano, as usinas, todas localizadas no interior, empregaram, na média mensal, 38 mil pessoas a menos do que no mesmo intervalo de 2013, uma queda de 7,4%. É preciso observar que parte desta queda decorre do processo de mecanização da colheita nos canaviais.
O plano de Arnaldo Jardim para a cana-de-açúcar é destinar mais recursos oriundos dos fundos de apoio e agências de investimento ligados à secretaria. Ele menciona, por exemplo, o financiamento a pequenos e médios fornecedores de cana para renovação de canaviais.
Ele defende que a agropecuária de São Paulo não se limita à cana, apesar de ser o carro-chefe estadual. "Também somos relevantes em laranja, borracha, madeira e carnes", destaca. A concentração da agricultura na cana não é um problema, na sua visão. "Nosso trabalho não vai ser o de descobrir uma alternativa à cana, mas complementar à ela. É uma cultura estratégica do ponto de vista energético e de mudanças climáticas".
Eleito por três mandatos consecutivos deputado federal pelo PPS, Arnaldo Jardim teve intensa atuação parlamentar em demandas ligadas ao agronegócio, em especial energia, biocombustíveis e ambiente, mas assumiu a secretaria paulista em um momento delicado, um teste para sua habilidade política e de gestor. A restrição ao uso da água na irrigação é o maior desafio no curtíssimo prazo, mas nem de longe é o único a ser enfrentado pelo novo secretário.
Com menos de 1% do orçamento estadual, a secretaria precisa ainda criar mecanismos para ajudar na recuperação da atividade canavieira, além de resgatar o dinamismo da máquina pública, em especial dos institutos de pesquisa, financiamento e assistência técnica ao setor, prejudicados por baixo investimento e deficiência de pessoal.
Seu plano nessa frente inclui abertura de concurso público para recomposição do quadro da secretaria que já teve, há cinco anos 6,1 mil funcionários, e hoje tem 4,8 mil. Após essa etapa, Jardim pretende discutir a valorização das carreiras.
Em entrevista ao Valor no dia de sua posse, em 8 de janeiro, o titular da Agricultura afirmou que São Paulo precisa de inovação para se manter na vanguarda do agronegócio nacional. "Temos o privilégio extraordinário de ter a mais complexa e importante rede de pesquisa e um conjunto de coordenadorias de extensão rural que são um canal que fazem com que os avanços conceituais cheguem ao agricultor".
Para multiplicar os recursos o secretário pretende firmar parcerias público-privadas e discutir a venda de ativos não estratégicos, como terras. "Aquilo que for fundamental para a pesquisa buscaremos preservar", afirmou.
Na lista de prioridades está a cana-de-açúcar que, sozinha, representa em torno de 40% da geração de riquezas da agropecuária paulista. Se a cultura vai mal, uma boa parte da economia estadual também patina, na medida que é a atividade "número um" de 27 das 40 regiões rurais de São Paulo.
Entre janeiro e novembro de 2014, último dado disponível, o Valor Bruto da Produção (VPB) agropecuária do Estado de São Paulo caiu 11%, para R$ 61 bilhões. A cana foi a principal responsável pelo declínio do indicador paulista no período ao recuar 17,5%, para R$ 22,9 bilhões.
A crise do setor sucroalcooleiro também se reflete nos números de emprego no Estado. Somente entre janeiro e novembro deste ano, as usinas, todas localizadas no interior, empregaram, na média mensal, 38 mil pessoas a menos do que no mesmo intervalo de 2013, uma queda de 7,4%. É preciso observar que parte desta queda decorre do processo de mecanização da colheita nos canaviais.
O plano de Arnaldo Jardim para a cana-de-açúcar é destinar mais recursos oriundos dos fundos de apoio e agências de investimento ligados à secretaria. Ele menciona, por exemplo, o financiamento a pequenos e médios fornecedores de cana para renovação de canaviais.
Ele defende que a agropecuária de São Paulo não se limita à cana, apesar de ser o carro-chefe estadual. "Também somos relevantes em laranja, borracha, madeira e carnes", destaca. A concentração da agricultura na cana não é um problema, na sua visão. "Nosso trabalho não vai ser o de descobrir uma alternativa à cana, mas complementar à ela. É uma cultura estratégica do ponto de vista energético e de mudanças climáticas".