A estiagem prolongada pode forçar a antecipação do fim da safra de cana-de-açúcar na região de Ribeirão Preto (SP). Ao mesmo tempo em que reduziu a produção em relação à estimativa inicial na região Centro-Sul para este ano, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a falta de chuvas diminuiu o número de dias de intervalos para a colheita. As atuais condições também podem elevar o preço do etanol no mercado.
A última revisão da safra da Unica totaliza uma moagem de 545,89 milhões de toneladas, número 5,88% mais baixo do que a previsão inicial - de 580 milhões - e 8,57% mais baixo do que o resultado da última safra - 597,06 milhões. A queda no Estado de São Paulo foi ainda maior: 11,71%.
Em uma usina de Sertãozinho (SP), a quebra na safra chegou a 15% deste ano, segundo o diretor industrial Antônio Tonielo Filho. "Vamos antecipar em 40 dias por causa da estiagem", afirmou. Ele explica que não foi preciso interromper a colheita porque choveu pouco durante a safra. "Não paramos e antecipamos a colheita, estamos colhendo canacom 11 meses e isso atrapalha também", disse.
Na usina, dois mil trabalhadores temporários serão dispensados com pouco mais de um mês de antecedência e os outros funcionários também serão prejudicados. "Vão diminuir as horas extras, vai atrapalhar toda a cadeia de produtividade", comentou Tonielo Filho.
De acordo com o engenheiro agrônomo Gustavo Nogueira, o tempo seco fez com que acana perdesse a qualidade na colheita. "Os canaviais sentiram muito a seca e a consequência básica é a queda de produtividade agrícola e o baixíssimo potencial da cana, era uma cana que deveria estar maior, há baixo índice de produtividade", explicou.
Alta nos preços
Segundo o economista da Universidade de São Paulo (USP) Roberto Fava Scare, a antecipação do fim da safra também deve prejudicar o consumidor, com aumento no preço do etanol já no próximo mês. A alta, segundo ele, deve ser de R$ 0,10 a médio prazo. "A antecipação aumenta a pressão de preços para o consumidor final. Aquele período tradicional de aumento vai ser antecipado. Em vez de acontecer em novembro, dezembro, vamos começar a enfrentar agora, no comecinho de outubro".
A estiagem prolongada pode forçar a antecipação do fim da safra de cana-de-açúcar na região de Ribeirão Preto (SP). Ao mesmo tempo em que reduziu a produção em relação à estimativa inicial na região Centro-Sul para este ano, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a falta de chuvas diminuiu o número de dias de intervalos para a colheita. As atuais condições também podem elevar o preço do etanol no mercado.
A última revisão da safra da Unica totaliza uma moagem de 545,89 milhões de toneladas, número 5,88% mais baixo do que a previsão inicial - de 580 milhões - e 8,57% mais baixo do que o resultado da última safra - 597,06 milhões. A queda no Estado de São Paulo foi ainda maior: 11,71%.
Em uma usina de Sertãozinho (SP), a quebra na safra chegou a 15% deste ano, segundo o diretor industrial Antônio Tonielo Filho. "Vamos antecipar em 40 dias por causa da estiagem", afirmou. Ele explica que não foi preciso interromper a colheita porque choveu pouco durante a safra. "Não paramos e antecipamos a colheita, estamos colhendo canacom 11 meses e isso atrapalha também", disse.
Na usina, dois mil trabalhadores temporários serão dispensados com pouco mais de um mês de antecedência e os outros funcionários também serão prejudicados. "Vão diminuir as horas extras, vai atrapalhar toda a cadeia de produtividade", comentou Tonielo Filho.
De acordo com o engenheiro agrônomo Gustavo Nogueira, o tempo seco fez com que acana perdesse a qualidade na colheita. "Os canaviais sentiram muito a seca e a consequência básica é a queda de produtividade agrícola e o baixíssimo potencial da cana, era uma cana que deveria estar maior, há baixo índice de produtividade", explicou.
Alta nos preços
Segundo o economista da Universidade de São Paulo (USP) Roberto Fava Scare, a antecipação do fim da safra também deve prejudicar o consumidor, com aumento no preço do etanol já no próximo mês. A alta, segundo ele, deve ser de R$ 0,10 a médio prazo. "A antecipação aumenta a pressão de preços para o consumidor final. Aquele período tradicional de aumento vai ser antecipado. Em vez de acontecer em novembro, dezembro, vamos começar a enfrentar agora, no comecinho de outubro".