Adoção de normas e tecnologias é o principal fator para o sucesso representado através da germinação no campo
Criadas com o maior rigor técnico em todas as suas fases de produção: plantio, colheita, tratamento, armazenagem e distribuição, as sementes de amendoim da Copercana não poderiam trazer outro resultado no campo senão o vigor e o alto poder de germinação atestados pelos produtores participantes do projeto.
Sob a orientação do responsável técnico engenheiro-agrônomo Edgard Matrangolo Júnior e direção do diretor comercial agrícola da Copercana, Augusto César Strini Paixão, a fabricação de sementes faz parte do escopo do Projeto Amendoim, sendo dividida em duas grandes áreas (laboratorial e industrial) após a chegada do campo.
“O processo de qualidade começa com a instalação dos campos de produção de sementes e finaliza aqui. Então, se lá é feito um trabalho bem elaborado, com toda a certeza aqui a resposta será positiva nos testes de germinação, dependendo, é claro, das condições climáticas que a lavoura teve no período em que foi produzida”, destaca Matrangolo.
Como todo processo de produção de sementes seguem as normativas do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que consegue manter a rastreabilidade do processo, mesmo depois da lavoura formada com as sementes produzidas.
Para a fase laboratorial, grande parte do trabalho acontece no LAS Copercana (Laboratório de Análise de Sementes) que com apenas três anos de sua instalação tem seus processos consolidados e garantidos através da RAS (Regras de Análises de Sementes) e sistema de gestão ISO 17025.
Ao chegar à Unidade de Grãos 1 (Sertãozinho-SP), a semente passa por uma análise prévia e parte para dois procedimentos obedecendo à norma do ministério. O primeiro é a análise de pureza, onde a amostra precisa de no mínimo 98% de aprovação, ou seja, somente 2% de impurezas como, por exemplo, películas, quebrados, banda/grãos partidos e corpos estranhos.
De fundamental importância para a qualidade, as exigências e procedimentos internos do teste de germinação são superiores às normas das RAS, até porque o prejuízo é enorme (tanto para a cooperativa como para os produtores) se as sementes não estiverem em condições de serem plantadas.
O teste possui em sua dinâmica a separação da amostra em grupos que precisam atingir um peso mínimo. Em seguida elas são encaminhadas para serem posicionadas em gabaritos, enroladas em papel úmido e colocadas no germinador a uma temperatura de 25 graus.
Passado o período, as sementes são avaliadas e separadas em grupos: as com germinação de sementes normais, anormais, dormentes e mortas.
Processo industrial
Depois dos resultados emitidos pelo LAS, começa o processo industrial através da aprovação do lote pelo agrônomo da Copercana, Edgard Matrangolo Júnior (credenciado no sistema Renasem do Mapa).
As sementes selecionadas recebem tratamento líquido para suprimir, controlar ou afastar patógenos, insetos ou outras pragas. Em seguida são inseridas em sacos de papel pardo com capacidade para 25 kg ou em embalagens de big bag de polipropileno de 1000 kg.
Todo o processo é feito de maneira automatizada, inclusive o armazenamento e a distribuição dos lotes para os produtores, o que garante confiabilidade e o torna ágil, quesito importantíssimo principalmente ao se observar a estreita janela de plantio da cultura.
Processo de separação da amostra em grupos que precisam atingir um peso mínimo |
Sementes sendo posicionadas em gabaritos, enroladas em papel úmido e colocadas no germinador a uma temperatura de 25 graus |
Passado o período de germinação, as sementes são novamente avaliadas |