Um protesto promovido por trabalhadores ligados ao setor sucroenergético, em Sertãozinho, no interior paulista, fechou as rodovias Armando de Sales Oliveira (SP-322) e Carlos Tonani (SP-333), que dão acesso à cidade, até por volta das 15 horas de hoje, provocando congestionamento de veículos em estradas vicinais.
Cerca de 15 mil participantes do protesto, entre trabalhadores, sindicalistas e representantes de entidades, pediram mais investimentos no setor para que cessem as demissões de trabalhadores nas usinas e indústrias metalúrgicas do município.
Somente no ano passado, 2,2 mil trabalhadores foram dispensados, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mas, de acordo com os sindicalistas da região, o número de trabalhadores dispensados ultrapassa 3,5 mil.
O protesto desta manhã contou com o apoio de diversos órgãos, entre eles a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a prefeitura do município, e serviu para lançar o "Movimento pela retomada do setor sucroenergético".
A cidade de Sertãozinho, a 365 quilômetros de São Paulo, é um dos principais polos de produção de açúcar e etanol do País. Entre 2003 a 2008, a economia do município cresceu a um ritmo chinês de 10% ao ano, com 70% do Produto Interno Bruto (PIB) proveniente da cadeia produtiva da cana. Nessa época, durante uma década, a cidade figurou na lista dos dez maiores PIBs do País.
Com a crise econômica mundial desencadeada em 2008 e as políticas do Governo Federal, que tem privilegiado a gasolina em detrimento do biocombustível, o setor entrou em recessão.
Em 2013 e 2014, por causa deterioração da qualidade de emprego, educação, saúde e renda, a perda de postos de trabalho levou a uma queda de R$ 30 milhões em tributos no município.
Nos últimos cinco anos, das sete usinas que havia em Sertãozinho, duas fecharam e uma está em recuperação judicial. A falta de encomendas de implementos por parte dessas usinas levou as cerca de 500 indústrias metalúrgicas a uma perda de 50% em suas receitas e ao fechamento de dez mil postos de trabalho.
Na segunda-feira 26, em uma entrevista na sede da Unica, na capital paulista, durante o lançamento do selo Energia Verde, o secretário de Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim, disse que o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27%, já aprovado pelo Congresso Nacional, precisa entrar imediatamente em vigor. "Não há motivo para a espera e a medida por aliviar o caixa das usinas, desafogando o setor”, afirmou Jardim.
Na manhã desta terça-feira 27, o secretário era um dos que protestavam no ato em Sertãozinho. Mas, para a presidente da Unica, Elizabeth Farina, apenas essa medida não é o bastante. Segundo ela, o setor necessita de uma política imediata que favoreça a volta dos investimentos.
“O governo federal precisa dar uma resposta de qual é o papel do etanol na matriz energética do País”, afirma Elizabeth. “Precisamos de políticas de longo prazo para que as empresas possam planejar o futuro e retomar a produção, do contrário a crise continua.”
Um protesto promovido por trabalhadores ligados ao setor sucroenergético, em Sertãozinho, no interior paulista, fechou as rodovias Armando de Sales Oliveira (SP-322) e Carlos Tonani (SP-333), que dão acesso à cidade, até por volta das 15 horas de hoje, provocando congestionamento de veículos em estradas vicinais.
Cerca de 15 mil participantes do protesto, entre trabalhadores, sindicalistas e representantes de entidades, pediram mais investimentos no setor para que cessem as demissões de trabalhadores nas usinas e indústrias metalúrgicas do município.
Somente no ano passado, 2,2 mil trabalhadores foram dispensados, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mas, de acordo com os sindicalistas da região, o número de trabalhadores dispensados ultrapassa 3,5 mil.
O protesto desta manhã contou com o apoio de diversos órgãos, entre eles a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a prefeitura do município, e serviu para lançar o "Movimento pela retomada do setor sucroenergético".
A cidade de Sertãozinho, a 365 quilômetros de São Paulo, é um dos principais polos de produção de açúcar e etanol do País. Entre 2003 a 2008, a economia do município cresceu a um ritmo chinês de 10% ao ano, com 70% do Produto Interno Bruto (PIB) proveniente da cadeia produtiva da cana. Nessa época, durante uma década, a cidade figurou na lista dos dez maiores PIBs do País.
Com a crise econômica mundial desencadeada em 2008 e as políticas do Governo Federal, que tem privilegiado a gasolina em detrimento do biocombustível, o setor entrou em recessão.
Em 2013 e 2014, por causa deterioração da qualidade de emprego, educação, saúde e renda, a perda de postos de trabalho levou a uma queda de R$ 30 milhões em tributos no município.
Nos últimos cinco anos, das sete usinas que havia em Sertãozinho, duas fecharam e uma está em recuperação judicial. A falta de encomendas de implementos por parte dessas usinas levou as cerca de 500 indústrias metalúrgicas a uma perda de 50% em suas receitas e ao fechamento de dez mil postos de trabalho.
Na segunda-feira 26, em uma entrevista na sede da Unica, na capital paulista, durante o lançamento do selo Energia Verde, o secretário de Agricultura de São Paulo, Arnaldo Jardim, disse que o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, de 25% para 27%, já aprovado pelo Congresso Nacional, precisa entrar imediatamente em vigor. "Não há motivo para a espera e a medida por aliviar o caixa das usinas, desafogando o setor”, afirmou Jardim.
Na manhã desta terça-feira 27, o secretário era um dos que protestavam no ato em Sertãozinho. Mas, para a presidente da Unica, Elizabeth Farina, apenas essa medida não é o bastante. Segundo ela, o setor necessita de uma política imediata que favoreça a volta dos investimentos.
“O governo federal precisa dar uma resposta de qual é o papel do etanol na matriz energética do País”, afirma Elizabeth. “Precisamos de políticas de longo prazo para que as empresas possam planejar o futuro e retomar a produção, do contrário a crise continua.”