Empresários do agronegócio elogiaram o esforço do governo para ampliar o volume de recursos destinados ao crédito rural na próxima safra agrícola, mas encararam com cautela o fato de esse aumento ter sido garantido com juros livres.
"Com certeza foi além do que esperávamos. O país vive um momento de incertezas e perspectivas não muito boas e nosso receio era não haver recursos, mas esse volume vai nos proporcionar que tenhamos uma excelente safra", disse, em nota, João Martins, presidente da CNA cargo que até recentemente era ocupado pela ministra Kátia
Abreu.
Ele ressaltou que a alta dos juros não pode ser ignorada, mas reconheceu que a questão é decorrência do período inflacionário pelo qual o país passa. "É um aumento significante e que vai ter peso nos custos de produção. Mas é melhor ter juros maiores com mais recursos do que não termos crédito suficiente".
"No geral, os R$ 187 bilhões anunciados saíram melhor que a encomenda. Acompanhamos as negociações no governo e vimos que segurar as taxas de juro do custeio abaixo de 9% ao ano realmente foi bem difícil", disse o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes.
Fabrício Rosa, diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), também comemorou o montante a juros controlados, mas afirmou que o volume expressivo de recursos a juros livres anunciados indicam um aprofundamento da estratégia de "mix" de recursos que o Banco do Brasil vem lançando mão para driblar a insuficiência de recursos a juros controlados para financiar o précusteio da safra.
Ainda à procura de saídas para a crise em que mergulhou nos últimos anos, o segmento sucroalcooleiro recebeu o novo Plano Safra com cautela. Antonio de Padua Rodrigues, diretortécnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), afirmou que os recursos e as condições anunciadas para as linhas de renovação de canaviais e estocagem de etanol estão dentro do esperado, mas ressalvou que não há clareza sobre os limites de financiamento que serão regidos pelas taxas de juros determinadas (TJLP + 2,7% a.a., ou 8,3%). A estocagem terá R$ 2 bilhões, com prazo de pagamento de até 270 dias. A de renovação ficará com R$ 1,5 bilhão, com pagamento em até seis anos, com 18 meses de carência.
A indústria de máquinas e implementos agrícolas, por sua vez, gostou do novo plano. "Em teoria, estamos cobertos", disse Pedro Bastos de Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, que representa o setor.
Conforme Bastos, a indústria pleiteava que os programas PCA (armazenagem), Moderfrota (modernização do maquinário) e Pronamp (apoio ao médio produtor rural) oferecessem, juntos, ao menos R$ 13 bilhões aos agricultores, semelhante ao ano passado. O plano trouxe R$ 17,29 bilhões, também considerados os recursos para
o Programa de Sustentação de Investimento (PSI). Mesmo assim, Oliveira afirmou que não há mudanças na previsão de queda de 15% a 20% nas vendas de máquinas agrícolas este ano.
Luiz Moan, presidente da Anfavea, associação que representa as grandes multinacionais de máquinas que atuam no país, disse, em nota, que o plano, "além de estabelecer taxa de juros dentro do esperado pelo setor, revestese claramente em um apoio ao desenvolvimento da agropecuária nacional".
Empresários do agronegócio elogiaram o esforço do governo para ampliar o volume de recursos destinados ao crédito rural na próxima safra agrícola, mas encararam com cautela o fato de esse aumento ter sido garantido com juros livres.
"Com certeza foi além do que esperávamos. O país vive um momento de incertezas e perspectivas não muito boas e nosso receio era não haver recursos, mas esse volume vai nos proporcionar que tenhamos uma excelente safra", disse, em nota, João Martins, presidente da CNA cargo que até recentemente era ocupado pela ministra Kátia
Abreu.
Ele ressaltou que a alta dos juros não pode ser ignorada, mas reconheceu que a questão é decorrência do período inflacionário pelo qual o país passa. "É um aumento significante e que vai ter peso nos custos de produção. Mas é melhor ter juros maiores com mais recursos do que não termos crédito suficiente".
"No geral, os R$ 187 bilhões anunciados saíram melhor que a encomenda. Acompanhamos as negociações no governo e vimos que segurar as taxas de juro do custeio abaixo de 9% ao ano realmente foi bem difícil", disse o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes.
Fabrício Rosa, diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), também comemorou o montante a juros controlados, mas afirmou que o volume expressivo de recursos a juros livres anunciados indicam um aprofundamento da estratégia de "mix" de recursos que o Banco do Brasil vem lançando mão para driblar a insuficiência de recursos a juros controlados para financiar o précusteio da safra.
Ainda à procura de saídas para a crise em que mergulhou nos últimos anos, o segmento sucroalcooleiro recebeu o novo Plano Safra com cautela. Antonio de Padua Rodrigues, diretortécnico da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), afirmou que os recursos e as condições anunciadas para as linhas de renovação de canaviais e estocagem de etanol estão dentro do esperado, mas ressalvou que não há clareza sobre os limites de financiamento que serão regidos pelas taxas de juros determinadas (TJLP + 2,7% a.a., ou 8,3%). A estocagem terá R$ 2 bilhões, com prazo de pagamento de até 270 dias. A de renovação ficará com R$ 1,5 bilhão, com pagamento em até seis anos, com 18 meses de carência.
A indústria de máquinas e implementos agrícolas, por sua vez, gostou do novo plano. "Em teoria, estamos cobertos", disse Pedro Bastos de Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, que representa o setor.
Conforme Bastos, a indústria pleiteava que os programas PCA (armazenagem), Moderfrota (modernização do maquinário) e Pronamp (apoio ao médio produtor rural) oferecessem, juntos, ao menos R$ 13 bilhões aos agricultores, semelhante ao ano passado. O plano trouxe R$ 17,29 bilhões, também considerados os recursos para o Programa de Sustentação de Investimento (PSI). Mesmo assim, Oliveira afirmou que não há mudanças na previsão de queda de 15% a 20% nas vendas de máquinas agrícolas este ano.
Luiz Moan, presidente da Anfavea, associação que representa as grandes multinacionais de máquinas que atuam no país, disse, em nota, que o plano, "além de estabelecer taxa de juros dentro do esperado pelo setor, revestese claramente em um apoio ao desenvolvimento da agropecuária nacional".