Setor aprova aumento do volume de crédito

03/06/2015 Agricultura POR: Valor Econômico
Empresários do agronegócio elogiaram o esforço do governo para ampliar o volume de recursos destinados ao crédito rural na próxima safra agrícola, mas encararam com cautela o fato de esse aumento ter sido garantido com juros livres.
"Com certeza foi além do que esperávamos. O país vive um momento de incertezas e perspectivas não muito boas e nosso receio era não haver recursos, mas esse volume vai nos proporcionar que tenhamos uma excelente safra", disse, em nota, João Martins, presidente da CNA ­ cargo que até recentemente era ocupado pela ministra Kátia
Abreu.
Ele ressaltou que a alta dos juros não pode ser ignorada, mas reconheceu que a questão é decorrência do período inflacionário pelo qual o país passa. "É um aumento significante e que vai ter peso nos custos de produção. Mas é melhor ter juros maiores com mais recursos do que não termos crédito suficiente".
"No geral, os R$ 187 bilhões anunciados saíram melhor que a encomenda. Acompanhamos as negociações no governo e vimos que segurar as taxas de juro do custeio abaixo de 9% ao ano realmente foi bem difícil", disse o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes. 
Fabrício Rosa, diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), também comemorou o montante a juros controlados, mas afirmou que o volume expressivo de recursos a juros livres anunciados indicam um aprofundamento da estratégia de "mix" de recursos que o Banco do Brasil vem lançando mão para driblar a insuficiência de recursos a juros controlados para financiar o pré­custeio da safra.
Ainda à procura de saídas para a crise em que mergulhou nos últimos anos, o segmento sucroalcooleiro recebeu o novo Plano Safra com cautela. Antonio de Padua Rodrigues, diretor­técnico da União da Indústria de Cana-­de-Açúcar (Unica), afirmou que os recursos e as condições anunciadas para as linhas de renovação de canaviais e estocagem de etanol estão dentro do esperado, mas ressalvou que não há clareza sobre os limites de financiamento que serão regidos pelas taxas de juros determinadas (TJLP + 2,7% a.a., ou 8,3%). A estocagem terá R$ 2 bilhões, com prazo de pagamento de até 270 dias. A de renovação ficará com R$ 1,5 bilhão, com pagamento em até seis anos, com 18 meses de carência.
A indústria de máquinas e implementos agrícolas, por sua vez, gostou do novo plano. "Em teoria, estamos cobertos", disse Pedro Bastos de Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, que representa o setor.
Conforme Bastos, a indústria pleiteava que os programas PCA (armazenagem), Moderfrota (modernização do maquinário) e Pronamp (apoio ao médio produtor rural) oferecessem, juntos, ao menos R$ 13 bilhões aos agricultores, semelhante ao ano passado. O plano trouxe R$ 17,29 bilhões, também considerados os recursos para
o Programa de Sustentação de Investimento (PSI). Mesmo assim, Oliveira afirmou que não há mudanças na previsão de queda de 15% a 20% nas vendas de máquinas agrícolas este ano.
Luiz Moan, presidente da Anfavea, associação que representa as grandes multinacionais de máquinas que atuam no país, disse, em nota, que o plano, "além de estabelecer taxa de juros dentro do esperado pelo setor, reveste­se claramente em um apoio ao desenvolvimento da agropecuária nacional".
Empresários do agronegócio elogiaram o esforço do governo para ampliar o volume de recursos destinados ao crédito rural na próxima safra agrícola, mas encararam com cautela o fato de esse aumento ter sido garantido com juros livres.
"Com certeza foi além do que esperávamos. O país vive um momento de incertezas e perspectivas não muito boas e nosso receio era não haver recursos, mas esse volume vai nos proporcionar que tenhamos uma excelente safra", disse, em nota, João Martins, presidente da CNA ­ cargo que até recentemente era ocupado pela ministra Kátia
Abreu.
Ele ressaltou que a alta dos juros não pode ser ignorada, mas reconheceu que a questão é decorrência do período inflacionário pelo qual o país passa. "É um aumento significante e que vai ter peso nos custos de produção. Mas é melhor ter juros maiores com mais recursos do que não termos crédito suficiente".
"No geral, os R$ 187 bilhões anunciados saíram melhor que a encomenda. Acompanhamos as negociações no governo e vimos que segurar as taxas de juro do custeio abaixo de 9% ao ano realmente foi bem difícil", disse o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes. 
Fabrício Rosa, diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), também comemorou o montante a juros controlados, mas afirmou que o volume expressivo de recursos a juros livres anunciados indicam um aprofundamento da estratégia de "mix" de recursos que o Banco do Brasil vem lançando mão para driblar a insuficiência de recursos a juros controlados para financiar o pré­custeio da safra.
Ainda à procura de saídas para a crise em que mergulhou nos últimos anos, o segmento sucroalcooleiro recebeu o novo Plano Safra com cautela. Antonio de Padua Rodrigues, diretor­técnico da União da Indústria de Cana-­de-Açúcar (Unica), afirmou que os recursos e as condições anunciadas para as linhas de renovação de canaviais e estocagem de etanol estão dentro do esperado, mas ressalvou que não há clareza sobre os limites de financiamento que serão regidos pelas taxas de juros determinadas (TJLP + 2,7% a.a., ou 8,3%). A estocagem terá R$ 2 bilhões, com prazo de pagamento de até 270 dias. A de renovação ficará com R$ 1,5 bilhão, com pagamento em até seis anos, com 18 meses de carência.
A indústria de máquinas e implementos agrícolas, por sua vez, gostou do novo plano. "Em teoria, estamos cobertos", disse Pedro Bastos de Oliveira, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, que representa o setor.
Conforme Bastos, a indústria pleiteava que os programas PCA (armazenagem), Moderfrota (modernização do maquinário) e Pronamp (apoio ao médio produtor rural) oferecessem, juntos, ao menos R$ 13 bilhões aos agricultores, semelhante ao ano passado. O plano trouxe R$ 17,29 bilhões, também considerados os recursos para o Programa de Sustentação de Investimento (PSI). Mesmo assim, Oliveira afirmou que não há mudanças na previsão de queda de 15% a 20% nas vendas de máquinas agrícolas este ano.
Luiz Moan, presidente da Anfavea, associação que representa as grandes multinacionais de máquinas que atuam no país, disse, em nota, que o plano, "além de estabelecer taxa de juros dentro do esperado pelo setor, reveste­se claramente em um apoio ao desenvolvimento da agropecuária nacional".