Cerca de 100 mil postos de trabalho deixados de ser criados. Falta de política energética ajudou nesse declínio.
Com a divulgação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) do consumo de combustíveis do mês de julho, o setor sucroalcooleiro começa a repensar o caminho que poderia ter trilhado não fosse a atual política de reajustes de preços, instaurada pelo governo federal.
De acordo com os números, foram consumidos 3,65 bilhões de litros de gasolina C (que contém o etanol anidro misturado) e 1,01 bilhão de litros de etanol hidratado. No acumulado de doze meses, compreendido pelo período de agosto de 2013 até julho de 2014, o consumo total alcançou 54,98 bilhões de litros, dos quais 11,84 bilhões de litros de hidratado, 10,78 bilhões de litros de anidro e 32,36 bilhões de litros de gasolina A (antes da mistura). Em um ano, o consumo nacional cresceu 8,70% em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, 4,4 bilhões de litros, 90,6% de etanol.
De acordo com o gestor de riscos da Archer Consulting, Arnaldo Corrêa, nesse ritmo de crescimento acelerado, que coloca o consumo nacional crescendo à taxa média de 6,19% ao ano nos últimos cinco anos, “se mantida essa tendência, para o ano safra de 2015/2016, o Brasil vai precisar de pelo menos mais 24 milhões de toneladas de cana apenas para atender esse mercado”.
O mix de combustíveis consumidos mantém o percentual de 41,1% para o etanol e 58,9% para a gasolina.
“Tivéssemos mantido as condições favoráveis de 2009, quando o etanol era responsável por 54,5% de todo o combustível consumido pela frota nacional (Ciclo Otto), somente a região Centro-Sul do país estaria moendo nessa safra corrente, de acordo com nosso estudo, 720 milhões de toneladas de cana”, afirma ele.
Para isso, segundo esse estudo da Archer Consulting, teríamos mais de 30 novas usinas, investimentos próximos a 30 bilhões de dólares e a geração de mais de 100.000 novos postos de trabalho diretos e indiretos. “Somem-se os investimentos que não vieram, além do etanol que deixamos de vender no mercado interno, e chegamos à cifra de 50 bilhões de dólares que ficaram por investir”, completa Arnaldo.
O que se viu foi o contrário de crescimento ou, pelo menos, estabilidade. “O setor encolheu pelo menos 20% nesses últimos anos, seja pelo fechamento de várias unidades industriais, seja pela falta de investimento coibida pela falta de política energética, pela falta de planejamento de longo prazo e pela falta de vergonha na cara do governo atual, formado em sua maioria por gente tecnicamente desqualificada”, afirma.
Cerca de 100 mil postos de trabalho deixados de ser criados. Falta de política energética ajudou nesse declínio.
Com a divulgação da Agência Nacional do Petróleo (ANP) do consumo de combustíveis do mês de julho, o setor sucroalcooleiro começa a repensar o caminho que poderia ter trilhado não fosse a atual política de reajustes de preços, instaurada pelo governo federal.
De acordo com os números, foram consumidos 3,65 bilhões de litros de gasolina C (que contém o etanol anidro misturado) e 1,01 bilhão de litros de etanol hidratado. No acumulado de doze meses, compreendido pelo período de agosto de 2013 até julho de 2014, o consumo total alcançou 54,98 bilhões de litros, dos quais 11,84 bilhões de litros de hidratado, 10,78 bilhões de litros de anidro e 32,36 bilhões de litros de gasolina A (antes da mistura). Em um ano, o consumo nacional cresceu 8,70% em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, 4,4 bilhões de litros, 90,6% de etanol.
De acordo com o gestor de riscos da Archer Consulting, Arnaldo Corrêa, nesse ritmo de crescimento acelerado, que coloca o consumo nacional crescendo à taxa média de 6,19% ao ano nos últimos cinco anos, “se mantida essa tendência, para o ano safra de 2015/2016, o Brasil vai precisar de pelo menos mais 24 milhões de toneladas de cana apenas para atender esse mercado”.
O mix de combustíveis consumidos mantém o percentual de 41,1% para o etanol e 58,9% para a gasolina.
“Tivéssemos mantido as condições favoráveis de 2009, quando o etanol era responsável por 54,5% de todo o combustível consumido pela frota nacional (Ciclo Otto), somente a região Centro-Sul do país estaria moendo nessa safra corrente, de acordo com nosso estudo, 720 milhões de toneladas de cana”, afirma ele.
Para isso, segundo esse estudo da Archer Consulting, teríamos mais de 30 novas usinas, investimentos próximos a 30 bilhões de dólares e a geração de mais de 100.000 novos postos de trabalho diretos e indiretos. “Somem-se os investimentos que não vieram, além do etanol que deixamos de vender no mercado interno, e chegamos à cifra de 50 bilhões de dólares que ficaram por investir”, completa Arnaldo.
O que se viu foi o contrário de crescimento ou, pelo menos, estabilidade. “O setor encolheu pelo menos 20% nesses últimos anos, seja pelo fechamento de várias unidades industriais, seja pela falta de investimento coibida pela falta de política energética, pela falta de planejamento de longo prazo e pela falta de vergonha na cara do governo atual, formado em sua maioria por gente tecnicamente desqualificada”, afirma.