Setor sucroenergético cobra reconhecimento de preço dos benefícios ambientais do etanol

06/10/2015 Etanol POR: Cenário Agro
Lideranças do setor sucroenergético, entre empresários e dirigentes de entidades, cobraram o reconhecimento de preço para os benefícios ambientais do etanol em relação aos combustíveis fósseis via dispositivos de diferenciação tributária. A reivindicação foi feita, nesta terça-feira (22), durante a “Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol”, realizada em São Paulo (SP).
A cobrança esteve presente na fala de nomes de peso do segmento, como, por exemplo, Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica); Fábio Venturelli, presidente do grupo São Martinho; Jacyr Costa Filho, diretor do grupo Tereos; Pedro Mizutani, vice-presidente da Raízen; Jucelino Oliveira de Sousa, presidente do grupo Coruripe, entre outros.
Entre os dispositivos tributários para esta diferenciação, foram listados o retorno da Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico) – em estudo pela administração federal -, e a redução da alíquota do ICMS para combustíveis renováveis e/ou aumento para os fósseis por parte dos governos estaduais.
Em Estados onde isso já ocorre, com destaque para São Paulo e Minas Gerais, o aumento de competitividade e consequentemente incremento de consumo do etanol frente à gasolina foi praticamente instantâneo.
Segundo Jacyr Costa, em um momento que o governo federal está com problemas de arrecadação, a volta da Cide é mais indicada, até pelo caráter social, do que o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). “Um imposto que onere o combustível fóssil incide sobre camadas mais abastadas, que usam veículos a diesel e gasolina. A maioria da população tem a opção do carro flex. Já a CPMF recairia sobre todo mundo”, afirmou.
As lideranças do setor reivindicaram, também, a definição de uma política pública de longo prazo que deixe clara qual o papel do etanol na matriz energética do País, como o pilar de segurança e previsibilidade que favoreça a manutenção e atração de investimentos.
Por outro lado, as lideranças do setor também fizeram uma autocrítica, em que avaliaram que o segmento ainda se comunica mal com o consumidor. “Inexiste empatia do etanol com o consumidor final”, assinalou Jucelino Oliveira. “O setor vende mal sua imagem”, acentuou Mizutani, que acrescentou: “também precisamos fazer nossa lição de casa na parte produtiva, investindo mais em eficiência operacional e em tecnologia, a fim de reduzirmos custos e avançarmos em produtividade, para termos condições de continuar a competir com o petróleo”.
Lideranças do setor sucroenergético, entre empresários e dirigentes de entidades, cobraram o reconhecimento de preço para os benefícios ambientais do etanol em relação aos combustíveis fósseis via dispositivos de diferenciação tributária. A reivindicação foi feita, nesta terça-feira (22), durante a “Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol”, realizada em São Paulo (SP).
A cobrança esteve presente na fala de nomes de peso do segmento, como, por exemplo, Elizabeth Farina, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica); Fábio Venturelli, presidente do grupo São Martinho; Jacyr Costa Filho, diretor do grupo Tereos; Pedro Mizutani, vice-presidente da Raízen; Jucelino Oliveira de Sousa, presidente do grupo Coruripe, entre outros.
Entre os dispositivos tributários para esta diferenciação, foram listados o retorno da Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico) – em estudo pela administração federal -, e a redução da alíquota do ICMS para combustíveis renováveis e/ou aumento para os fósseis por parte dos governos estaduais.
Em Estados onde isso já ocorre, com destaque para São Paulo e Minas Gerais, o aumento de competitividade e consequentemente incremento de consumo do etanol frente à gasolina foi praticamente instantâneo.
Segundo Jacyr Costa, em um momento que o governo federal está com problemas de arrecadação, a volta da Cide é mais indicada, até pelo caráter social, do que o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). “Um imposto que onere o combustível fóssil incide sobre camadas mais abastadas, que usam veículos a diesel e gasolina. A maioria da população tem a opção do carro flex. Já a CPMF recairia sobre todo mundo”, afirmou.
As lideranças do setor reivindicaram, também, a definição de uma política pública de longo prazo que deixe clara qual o papel do etanol na matriz energética do País, como o pilar de segurança e previsibilidade que favoreça a manutenção e atração de investimentos.
Por outro lado, as lideranças do setor também fizeram uma autocrítica, em que avaliaram que o segmento ainda se comunica mal com o consumidor. “Inexiste empatia do etanol com o consumidor final”, assinalou Jucelino Oliveira. “O setor vende mal sua imagem”, acentuou Mizutani, que acrescentou: “também precisamos fazer nossa lição de casa na parte produtiva, investindo mais em eficiência operacional e em tecnologia, a fim de reduzirmos custos e avançarmos em produtividade, para termos condições de continuar a competir com o petróleo”.