Shandong entra no Brasil feito um trator

Caterpillar, John Deere, AGCO, apenas para citar os três maiores fabricantes de máquinas agrícolas do país, estão apreensivos. O motivo é a iminente chegada de um novo concorrente ao mercado brasileiro: a chinesa Shandong Whuzen.
 
O grupo asiático é conhecido por adotar uma estratégia de preços “arrasaquarteirão” nos países em que opera, notadamente na venda de equipamentos de menor valor agregado – exatamente um dos segmentos com mais alta demanda no Brasil.
 
Foi assim no México e nos Estados Unidos, países nos quais a Shandong conseguiu atazanar a vida de grandes fabricantes locais e deslocar uma razoável fatia de mercado em um período relativamente curto.
 
Outro trunfo da Shandong é a sua reduzida estrutura de custos, notadamente na área comercial. O grupo chinês costuma manter um canal direto de vendas, ao contrário dos principais fabricantes brasileiros, que tradicionalmente trabalham pesadas redes de concessionárias.
 
Em um primeiro momento, a Shandong deve entrar no mercado brasileiro com equipamentos importados. O passo seguinte seria a construção de uma fábrica no país. Há cerca de dois anos, os chineses chegaram a negociar com o governo gaúcho a instalação de uma planta industrial no Estado, mas o projeto não avançou.