Sindicalistas, fornecedores de cana e indústria de base retomam diálogo

18/08/2014 Cana-de-Açúcar POR: Da Redação - texto extraído do site Brasilagro
A primeira iniciativa para juntar os elos da cadeia produtiva sucrodenergética, rompidos desde que a Única – União da Indústria da Cana-de-Açúcar boicotou iniciativas semelhantes em 2012, ocorreu no início da tarde deste último sábado em Sertãozinho (SP).
O encontro ocorreu no auditório da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) e contou com a participação do deputado federal Paulo Pereira da Silva (SDD-SP), do presidente da Orplana – Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro Sul e também da Canaoeste, Manoel Ortolan e do empresário Adézio José Marques, diretor regional do Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.
Dezenas de dirigentes de sindicatos que atuam na cadeia produtiva sucroenergética também participaram do evento. Paulinho Pereira recordou que na crise de 1999 os trabalhadores e os fornecedores de cana criaram uma aliança estratégica que, além de assegurar melhor interlocução do setor com o governo federal, também alavancou o ciclo virtuoso de crescimento que acabou em 2007, durante o segundo mandato do presidente Lula.
Já Adézio Marques, que coordena a criação de um sindicato patronal das indústrias da região de Sertãozinhho (Simesam), a exemplo do que já existe na região de Piracicaba, lembrou que em 2012, junto com Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical São Paulo e Antonio Vitor, vice-presidente da estadual e diretor de Assuntos Internacionais da Força Sindical Nacional, lançou um movimento pela “Retomada dos Investimentos na Cadeia Produtiva Sucroenergética”.
O movimento, segundo o empresário, foi boicotado pelos usineiros da Única que preferiram assistir ao agravamento da crise na esperança de ver mudanças na condução da política dos combustíveis e da energia por parte da presidente Dilma Rousseff.
Com a criação das “Frentes Parlamentares do Etanol”, tudo indicava que trabalhadores, fornecedores de cana e usineiros voltariam a se entender. Mas não foi o que ocorreu. Em entrevista ao TV BrasilAgro, veiculada no final do último mês de dezembro, o sindicalista Sérgio Luiz Leite, presidente da Federação dos Químicos (Etanol) do Estado de São Paulo e Secretário Geral da Força Sindical, acusou os dirigentes da Única de “descumprirem compromissos assumidos”.
Outro sindicalista, Antonio Vitor, que se destacou por liderar movimentos que aproximassem os interesses dos trabalhadores e dos empresários, a exemplo do que ocorre nas pautas e agendas defendidas em conjunto pelas montadoras (Anfavea) e metalúrgicos, deixou de apoiar as “Frentes Parlamentares” que acabaram se esvaziando.
Ações coordenadas e conjuntas entre os quatro elos da cadeia produtiva sucroenergética se constituem no única caminho viável para criar novamente um clima favorável para a volta dos investimentos no setor canavieiro. Tudo vai depender agora da disposição dos usineiros em retomar o diálogo com os trabalhadores, com os fornecedores de cana e com a indústria de base (, 18/8/14)
A primeira iniciativa para juntar os elos da cadeia produtiva sucrodenergética, rompidos desde que a Unica – União da Indústria da Cana-de-Açúcar boicotou iniciativas semelhantes em 2012, ocorreu no início da tarde deste último sábado em Sertãozinho (SP).
O encontro ocorreu no auditório da Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo) e contou com a participação do deputado federal Paulo Pereira da Silva (SDD-SP), do presidente da Orplana – Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro Sul e também da Canaoeste, Manoel Ortolan e do empresário Adézio José Marques, diretor regional do Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.
Dezenas de dirigentes de sindicatos que atuam na cadeia produtiva sucroenergética também participaram do evento. Paulinho Pereira recordou que na crise de 1999 os trabalhadores e os fornecedores de cana criaram uma aliança estratégica que, além de assegurar melhor interlocução do setor com o governo federal, também alavancou o ciclo virtuoso de crescimento que acabou em 2007, durante o segundo mandato do presidente Lula.
Já Adézio Marques, que coordena a criação de um sindicato patronal das indústrias da região de Sertãozinhho (Simesam), a exemplo do que já existe na região de Piracicaba, lembrou que em 2012, junto com Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical São Paulo e Antonio Vitor, vice-presidente da estadual e diretor de Assuntos Internacionais da Força Sindical Nacional, lançou um movimento pela “Retomada dos Investimentos na Cadeia Produtiva Sucroenergética”.
O movimento, segundo o empresário, foi boicotado pelos usineiros da Única que preferiram assistir ao agravamento da crise na esperança de ver mudanças na condução da política dos combustíveis e da energia por parte da presidente Dilma Rousseff.
Com a criação das “Frentes Parlamentares do Etanol”, tudo indicava que trabalhadores, fornecedores de cana e usineiros voltariam a se entender. Mas não foi o que ocorreu. Em entrevista ao TV BrasilAgro, veiculada no final do último mês de dezembro, o sindicalista Sérgio Luiz Leite, presidente da Federação dos Químicos (Etanol) do Estado de São Paulo e Secretário Geral da Força Sindical, acusou os dirigentes da Única de “descumprirem compromissos assumidos”.
Outro sindicalista, Antonio Vitor, que se destacou por liderar movimentos que aproximassem os interesses dos trabalhadores e dos empresários, a exemplo do que ocorre nas pautas e agendas defendidas em conjunto pelas montadoras (Anfavea) e metalúrgicos, deixou de apoiar as “Frentes Parlamentares” que acabaram se esvaziando.
Ações coordenadas e conjuntas entre os quatro elos da cadeia produtiva sucroenergética se constituem no única caminho viável para criar novamente um clima favorável para a volta dos investimentos no setor canavieiro. Tudo vai depender agora da disposição dos usineiros em retomar o diálogo com os trabalhadores, com os fornecedores de cana e com a indústria de base.