Soluções sustentáveis avançam para a produção no campo

02/07/2021 Noticias POR: Eddie Nascimento

Segundo o Mapa, na primeira década do ABC+, foram recuperados 52 milhões de hectares, o equivalente a 170 milhões de toneladas de CO2

 

Foi lançado nesse mês de abril pelo Governo Federal, através do Mapa — Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Plano ABC+ 2020-2030.

O programa apresenta as estratégias do governo para promover a agricultura de baixa emissão de carbono na próxima década.

O anúncio foi feito através de uma live transmitida pelo Youtube, que teve a participação da ministra do Mapa, Tereza Cristina; do ministro do MCTIC — Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes; do presidente da Embrapa — Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Celso Moretti; do representante da FAO — Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura; além de secretários, diretores e coordenadores do Mapa.

“Estamos lançando hoje as bases para aliar segurança alimentar e nutricional, e conservação ambiental, mas é necessário que essa dupla contribuição seja reconhecida por nossos parceiros internacionais com o fim do protecionismo no comércio agrícola e implementação de mecanismos que recompensem nossos agricultores pelos serviços ambientais que prestamos ao mundo”, disse a ministra Tereza Cristina durante a transmissão virtual.

Em seguida, informações sobre o plano ABC+ foram divulgadas pela coordenadora-geral de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Ministério da Agricultura, Fabiana Villa Alves.

Conceito Moderno

Um dos conceitos apresentados no plano ABC+ é o da AIP — Abordagem Integrada da Paisagem, que consiste em uma gestão integrada da propriedade rural. De maneira simplificada, a AIP serve como estímulo para que o produtor use a área agrícola de maneira eficiente para o plantio, e, ao mesmo tempo, esteja dentro das normas estabelecidas pelo Código Florestal.

Segundo dados que compuseram a apresentação do Mapa, na primeira década do ABC+, foram recuperados 52 milhões de hectares, o equivalente a 170 milhões de toneladas de CO2. “Estamos fazendo um trabalho a campo, de setor público e privado, com instituições e pesquisadores, para podermos estipular ações, metas e indicadores para cada um dos eixos estratégicos”, comentou Fabiana Villa.

Esses eixos, segundo a coordenadora seriam os de regularização ambiental; transferência de tecnologia; fomento a instrumentos econômicos; mecanismos de reconhecimento e valorização e sistema de gestão integrada de dados.

Dentro no plano, a segunda base conceitual consiste na combinação de ações de adaptação e mitigação para fortalecer a resiliência da produção e garantir a eficiência produtiva e a rentabilidade em áreas mais impactadas pela mudança do clima.

Como estratégias, são consideradas, a adoção e manutenção de práticas conservacionistas; a manutenção de sistemas em integração; o melhoramento genético e aumento da diversidade biológica das variáveis cultivadas; a gestão integrada do risco, de previsão climática e zoneamento territorial e de alerta; a análise do desempenho socioeconômico e ambiental e a assistência técnica. “O Brasil está preparado para na próxima década em oferecer sistemas produtivos sustentáveis, resilientes e rentáveis. Estamos pensando em ações customizadas para os seis biomas brasileiros”, finaliza Fabiana Villa Alves.