Sorgo sacarino: o parceiro da cana na cadeia do etanol

25/06/2013 Etanol POR: Fernanda Campos - SEGS
Ceres mostra no ISSCT os benefícios do sorgo sacarino, uma nova matriz energética para o etanol brasileiro 
 
 
Empresa norte-americana da área de biotecnologia introduz com sucesso no Brasil uma solução que permite às usinas estender a produção de etanol ao período da entressafra da cana-de-açúcar
 
Estudo mostra que com sorgo sacarino o resultado da usina na safra pode crescer entre 7% e 10% e o ganho real chegar a R$ 1,6 mil/ha
 
A experiência da norte-americana Ceres Inc. no desenvolvimento de plantas energéticas empregadas na fabricação de biocombustíveis e outros produtos será tema da 28ª edição do ISSCT Congress, que acontece no período de 24 a 27 de junho na cidade de São Paulo, no pavilhão Transamérica Expo. 
 
Em seu estande no evento organizado pela STAB – Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil -, a subsidiária do grupo Ceres no Brasil, a Ceres, apresentará resultados colhidos com uma tecnologia inovadora que permite às usinas produzir etanol a partir de híbridos de sorgo sacarino, e assim estender a fabricação desse biocombustível no período da entressafra da cana-de-açúcar.   
 
De acordo com a Ceres, cerca de 30 usinas da região Centro-Sul do País - incluindo grandes grupos do setor - efetuam desde 2010 estudos relacionados ao etanol de sorgo sacarino com suas sementes da marca Blade®. 
 
Segundo a empresa americana, as usinas que aderiram à tecnologia da Ceres hoje podem estender sua fabricação de etanol a períodos de até 60 dias no ano-safra através da industrialização do sorgo sacarino. A operação geralmente ocorre logo após o encerramento da safra da cana-de-açúcar, e embute a perspectiva de ganho entre 7% e 10% maior na comparação ao montante realizado por uma unidade produtiva tendo como única matéria-prima a cana-de-açúcar. 
 
O processamento de etanol de sorgo sacarino não demanda alterações no maquinário da usina, ou seja, os equipamentos são praticamente os mesmos usados na colheita e na moagem da cana-de-açúcar. “As usinas não precisam investir em equipamentos novos. A capacidade está instalada”, ressalta Antonio Kaupert, gerente de marketing da Ceres Brasil.
 
Para o executivo, por essas semelhanças, e pelos benefícios diretos que pode transferir à cadeia produtiva do etanol, o sorgo sacarino demonstra ser atualmente “o melhor amigo da cana” entre as opções de curto prazo capazes de agregar valor à produção do biocombustível. 
 
“As usinas vinham buscando alternativas para não interromper atividades na entressafra e com isso reduzir custos”, assinala Kaupert. “Nossos híbridos de sorgo sacarino atendem a essas necessidades, pois contam com a mais avançada tecnologia em relação a outras culturas, além de constituir uma opção economicamente viável na renovação de áreas de cana”, complementa o executivo.    
 
Kaupert explica que a planta sorgo sacarino apresenta ciclo produtivo de aproximadamente 120 dias, com limite de 150 dias, realizado no período de novembro a março - exatamente, portanto, na entressafra da cana-de-açúcar. 
 
Introduzido no Brasil pela Embrapa nos anos de 1970 o sorgo sacarino é cultivado pelo manejo de sementes híbridas e exibe diversas semelhanças com a cana, sobretudo o alto potencial energético resultante do acúmulo de açúcares.
 
Kaupert enfatiza, no entanto, que o sorgo sacarino não substitui à cana-de-açúcar. “Trata-se de matriz energética complementar, que funciona como instrumento de suporte para aumento da escala de produção e de fornecimento de etanol ao mercado”, conclui Kaupert.
 
Perspectiva de ganho real de R$ 1,6 mil por hectare
 
Um estudo realizado pela consultoria Agrosecurity, de Vinhedo (SP), aponta, em resumo, que com o cultivo de sorgo sacarino as usinas passam a ter duas fontes adicionais de renda: o açúcar fermentescível acumulado pelo ‘sorgovial’ segue para a produção de etanol, e o bagaço da cultura é destinado à geração de energia ou cogeração. 
 
A Agrosecurity calculou que com uma produtividade média de 50 toneladas de biomassa de sorgo sacarino por hectare as usinas podem chegar ao ganho real de R$ 1,6 mil/ ha, já descontado o custo de produção de R$ 2,6 mil/ha. A análise da consultoria toma como base comparativa a cultura da soja com o indicador de produtividade média situado em 52 sacas por hectare, ao preço médio de R$ 51 a saca de 60 quilos.  
 
Em seu estudo, a consultoria fez ainda uma comparação para avaliar a atividade de uma usina com e sem o cultivo de sorgo sacarino. Apurou que ao plantar o sorgo sacarino o custo de produção agrícola pode recuar em 3,2% no ano-safra, enquanto o de industrialização do etanol hidratado e anidro cai em 2,8% e 1,7%, respectivamente.
 
Outra projeção, da consultoria Datagro, divulgada recentemente pela Agência CMA, indica que o sorgo sacarino pode adicionar aos números da indústria sucroenergética um volume entre 3,5 mil e 5 mil litros de etanol, por hectare, ao ano, o que equivale também a elevar a produção em aproximadamente 5 bilhões de litros ao ano.
 
Parcerias e híbridos na safra 13/14
 
Parte do esforço da Ceres para consolidar o sorgo sacarino no Brasil está ancorado em acordos firmados com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – e a suíça Syngenta, companhia líder mundial do setor de proteção de cultivos e biotecnologia.
 
Com a Embrapa, a Ceres desenvolverá práticas de manejo agrícola e industrial da nova variedade de sorgo sacarino BRS 511. De acordo com a Ceres, trata-se de uma variedade precoce com alto potencial produtivo de colmos e teores elevados de açúcares fermentescíveis no caldo. A empresa obteve licenciamento exclusivo para produzir e comercializar as sementes da variedade BRS 511, que passará a integrar o portifólio BLADE®, formado por híbridos de ciclo precoce e pleno. 
 
Já a Syngenta será parceira numa estratégia que visa a desenvolver o sorgo sacarino como fonte de açúcares fermentescíveis nas usinas de etanol no Brasil.
 
A Ceres também está lançando cinco novos híbridos de sorgo sacarino com vistas ao manejo da cultura na safra 2013/14, além da nova variedade BRS 511. O novo portfólio da marca BLADE® abrange um híbrido de sorgo de alta biomassa e alto teor de fibras, indicado para fins de produção de energia – CB 7520, e quatro novos híbridos de ciclo pleno – CB 7640, CB 7290, CB 7621 e CB 7521, que têm recomendação de cultivo no início da safra de sorgo sacarino, entre os meses de novembro e dezembro, diz o executivo. 
 
Após instalar-se e consolidar sua estrutura operacional no País em Janeiro de 2010, a Ceres considera ter avançado rapidamente e aposta no crescimento do número de ‘sorgoviais’ instalados nas usinas. “As principais empresas do Brasil estão aderindo à nossa tecnologia e a veem hoje como a melhor e mais viável alternativa de curto prazo no suporte à produção do etanol, bem como à cogeração de energia”, conclui Antonio Kaupert.
                         
Sobre a Ceres
        
Fundada em 1996 nos Estados Unidos, a Ceres Inc., líder no desenvolvimento de culturas energéticas, é uma empresa de sementes que utiliza modernas tecnologias de melhoramento e biotecnologia. Atua nas culturas de sorgo, switchgrass e miscanthus, entre outras. A companhia chegou ao Brasil em 2010 e está estabelecida em Piracicaba (SP). Ceres Sementes do Brasil pesquisa, produz e comercializa sementes de sorgo sacarino híbrido, que é utilizado como complemento da cana-de-açúcar na produção de biocombustíveis e bioenergia.
Empresa norte-americana da área de biotecnologia introduz com sucesso no Brasil uma solução que permite às usinas estender a produção de etanol ao período da entressafra da cana-de-açúcar
 
Estudo mostra que com sorgo sacarino o resultado da usina na safra pode crescer entre 7% e 10% e o ganho real chegar a R$ 1,6 mil/ha
 
A experiência da norte-americana Ceres Inc. no desenvolvimento de plantas energéticas empregadas na fabricação de biocombustíveis e outros produtos será tema da 28ª edição do ISSCT Congress, que acontece no período de 24 a 27 de junho na cidade de São Paulo, no pavilhão Transamérica Expo. 
 
Em seu estande no evento organizado pela STAB – Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil -, a subsidiária do grupo Ceres no Brasil, a Ceres, apresentará resultados colhidos com uma tecnologia inovadora que permite às usinas produzir etanol a partir de híbridos de sorgo sacarino, e assim estender a fabricação desse biocombustível no período da entressafra da cana-de-açúcar.   
 
De acordo com a Ceres, cerca de 30 usinas da região Centro-Sul do País - incluindo grandes grupos do setor - efetuam desde 2010 estudos relacionados ao etanol de sorgo sacarino com suas sementes da marca Blade®. 
 
Segundo a empresa americana, as usinas que aderiram à tecnologia da Ceres hoje podem estender sua fabricação de etanol a períodos de até 60 dias no ano-safra através da industrialização do sorgo sacarino. A operação geralmente ocorre logo após o encerramento da safra da cana-de-açúcar, e embute a perspectiva de ganho entre 7% e 10% maior na comparação ao montante realizado por uma unidade produtiva tendo como única matéria-prima a cana-de-açúcar. 
 
O processamento de etanol de sorgo sacarino não demanda alterações no maquinário da usina, ou seja, os equipamentos são praticamente os mesmos usados na colheita e na moagem da cana-de-açúcar. “As usinas não precisam investir em equipamentos novos. A capacidade está instalada”, ressalta Antonio Kaupert, gerente de marketing da Ceres Brasil.
 
Para o executivo, por essas semelhanças, e pelos benefícios diretos que pode transferir à cadeia produtiva do etanol, o sorgo sacarino demonstra ser atualmente “o melhor amigo da cana” entre as opções de curto prazo capazes de agregar valor à produção do biocombustível. 
 
“As usinas vinham buscando alternativas para não interromper atividades na entressafra e com isso reduzir custos”, assinala Kaupert. “Nossos híbridos de sorgo sacarino atendem a essas necessidades, pois contam com a mais avançada tecnologia em relação a outras culturas, além de constituir uma opção economicamente viável na renovação de áreas de cana”, complementa o executivo.    
 
Kaupert explica que a planta sorgo sacarino apresenta ciclo produtivo de aproximadamente 120 dias, com limite de 150 dias, realizado no período de novembro a março - exatamente, portanto, na entressafra da cana-de-açúcar. 
 
Introduzido no Brasil pela Embrapa nos anos de 1970 o sorgo sacarino é cultivado pelo manejo de sementes híbridas e exibe diversas semelhanças com a cana, sobretudo o alto potencial energético resultante do acúmulo de açúcares.
 
Kaupert enfatiza, no entanto, que o sorgo sacarino não substitui à cana-de-açúcar. “Trata-se de matriz energética complementar, que funciona como instrumento de suporte para aumento da escala de produção e de fornecimento de etanol ao mercado”, conclui Kaupert.
 
Perspectiva de ganho real de R$ 1,6 mil por hectare
 
Um estudo realizado pela consultoria Agrosecurity, de Vinhedo (SP), aponta, em resumo, que com o cultivo de sorgo sacarino as usinas passam a ter duas fontes adicionais de renda: o açúcar fermentescível acumulado pelo ‘sorgovial’ segue para a produção de etanol, e o bagaço da cultura é destinado à geração de energia ou cogeração. 
 
A Agrosecurity calculou que com uma produtividade média de 50 toneladas de biomassa de sorgo sacarino por hectare as usinas podem chegar ao ganho real de R$ 1,6 mil/ ha, já descontado o custo de produção de R$ 2,6 mil/ha. A análise da consultoria toma como base comparativa a cultura da soja com o indicador de produtividade média situado em 52 sacas por hectare, ao preço médio de R$ 51 a saca de 60 quilos.  
 
Em seu estudo, a consultoria fez ainda uma comparação para avaliar a atividade de uma usina com e sem o cultivo de sorgo sacarino. Apurou que ao plantar o sorgo sacarino o custo de produção agrícola pode recuar em 3,2% no ano-safra, enquanto o de industrialização do etanol hidratado e anidro cai em 2,8% e 1,7%, respectivamente.
 
Outra projeção, da consultoria Datagro, divulgada recentemente pela Agência CMA, indica que o sorgo sacarino pode adicionar aos números da indústria sucroenergética um volume entre 3,5 mil e 5 mil litros de etanol, por hectare, ao ano, o que equivale também a elevar a produção em aproximadamente 5 bilhões de litros ao ano.
 
Parcerias e híbridos na safra 13/14
 
Parte do esforço da Ceres para consolidar o sorgo sacarino no Brasil está ancorado em acordos firmados com a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – e a suíça Syngenta, companhia líder mundial do setor de proteção de cultivos e biotecnologia.
 
Com a Embrapa, a Ceres desenvolverá práticas de manejo agrícola e industrial da nova variedade de sorgo sacarino BRS 511. De acordo com a Ceres, trata-se de uma variedade precoce com alto potencial produtivo de colmos e teores elevados de açúcares fermentescíveis no caldo. A empresa obteve licenciamento exclusivo para produzir e comercializar as sementes da variedade BRS 511, que passará a integrar o portifólio BLADE®, formado por híbridos de ciclo precoce e pleno. 
 
Já a Syngenta será parceira numa estratégia que visa a desenvolver o sorgo sacarino como fonte de açúcares fermentescíveis nas usinas de etanol no Brasil.
 
A Ceres também está lançando cinco novos híbridos de sorgo sacarino com vistas ao manejo da cultura na safra 2013/14, além da nova variedade BRS 511. O novo portfólio da marca BLADE® abrange um híbrido de sorgo de alta biomassa e alto teor de fibras, indicado para fins de produção de energia – CB 7520, e quatro novos híbridos de ciclo pleno – CB 7640, CB 7290, CB 7621 e CB 7521, que têm recomendação de cultivo no início da safra de sorgo sacarino, entre os meses de novembro e dezembro, diz o executivo. 
 
Após instalar-se e consolidar sua estrutura operacional no País em Janeiro de 2010, a Ceres considera ter avançado rapidamente e aposta no crescimento do número de ‘sorgoviais’ instalados nas usinas. “As principais empresas do Brasil estão aderindo à nossa tecnologia e a veem hoje como a melhor e mais viável alternativa de curto prazo no suporte à produção do etanol, bem como à cogeração de energia”, conclui Antonio Kaupert.
                         
Sobre a Ceres
        
Fundada em 1996 nos Estados Unidos, a Ceres Inc., líder no desenvolvimento de culturas energéticas, é uma empresa de sementes que utiliza modernas tecnologias de melhoramento e biotecnologia. Atua nas culturas de sorgo, switchgrass e miscanthus, entre outras. A companhia chegou ao Brasil em 2010 e está estabelecida em Piracicaba (SP). Ceres Sementes do Brasil pesquisa, produz e comercializa sementes de sorgo sacarino híbrido, que é utilizado como complemento da cana-de-açúcar na produção de biocombustíveis e bioenergia.