No interior do estado, produtores adotam medidas para evitar o alastramento
de possíveis focos
Mesmo com a previsão de chuva nas principais regiões do país, autoridades do meio ambiente seguem em alerta por causa do grande número de queimadas no primeiro quadrimestre do ano. Em áreas rurais, do interior de São Paulo, já tem muito produtor se prevenindo do alastramento de possíveis focos.
No interior de São Paulo produtores têm feito o aceiro (desbaste dos terrenos para protegê-los contra focos de incêndio) e a retirada de palhada das cercas para evitar o alastramento de possíveis focos.
Desde as águas de março, choveu muito pouco na propriedade de João Pedro dos Santos, em Salto de Pirapora, interior de São Paulo. E bastou um foco de incêndio na fazenda do vizinho para ele começar o trabalho que monitora de perto duas vezes ao ano: o controle da palhada com o aceiro do terreno e a limpeza das cercas.
“É para proteção da área, do plantio também. A gente faz questão de fazer isso duas vezes ao ano, uma manual e a outra química. O cuidado é diário. Mas aqui a gente tem problemas de vizinho que não zela pela lavoura, então a gente tem que fazer pelos dois lados”, diz o produtor.
Áreas sem plantio, pasto e florestas são consideradas as mais propícias ao alastramento de focos. As queimadas podem ter diferentes causas , mas as mais comuns estão ligadas ao descuido com bitucas de cigarros, queima não controlada de pastos e lixo – e até ao rompimento de cabos de alta tensão.
“Nos bairros, os produtores devem começar a identificar aqueles pontos críticos onde historicamente já possa ter ocorrido um foco de incêndio. Esses são os focos que devem receber os tratamentos preventivos. Nós defendemos a não queima em hipótese alguma.
Nem o fogo controlado. Nós entendemos que o produtor não deve num momento com este riscar um palito de fósforo sequer no meio rural”, diz Mauro Castellani, diretor da CATI-Sorocaba (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral).
A temporada de seca segue até setembro, mas neste inicio de ano os casos de queimadas deixaram as autoridades competentes em alerta. Só em São Paulo nos primeiros quatro meses de 2016 foram registrados aproximadamente seiscentos focos, quase o dobro dos contabilizados no mesmo período do ano passado.
“Foram 30 dias sem precipitação no estado, temperatura acima de 35 graus. As condições propícias ao aumento das queimadas no estado. O material vai ficando mais propício a qualquer eventual possibilidade de combustão”, afirma Castellani.
A Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, que desde 2010 monitora as queimadas por satélite por meio da operação corta fogo, também atribui parte do aumento dos focos ao calor, mas lembra que muitas queimadas autorizadas, principalmente para as regiões produtoras de cana, ajudaram a potencializar os números.
“É importante dizer que o fogo é terminantemente proibido de uso em atividades, mas há exceções passíveis de autorização como a queima da palha de cana de açúcar e outras atividades pra controle fitossanitário de pragas em laranjais ou para controle do carrapato estrela. Essas necessitam de autorização para utilizar em fogo. Salvo essas atividades qualquer utilização do fogo ela é proibida”, conclui Sergio Luis Marçon, coordenador de fiscalização ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
No interior do estado, produtores adotam medidas para evitar o alastramento
de possíveis focos
Mesmo com a previsão de chuva nas principais regiões do país, autoridades do meio ambiente seguem em alerta por causa do grande número de queimadas no primeiro quadrimestre do ano. Em áreas rurais, do interior de São Paulo, já tem muito produtor se prevenindo do alastramento de possíveis focos.
No interior de São Paulo produtores têm feito o aceiro (desbaste dos terrenos para protegê-los contra focos de incêndio) e a retirada de palhada das cercas para evitar o alastramento de possíveis focos.
Desde as águas de março, choveu muito pouco na propriedade de João Pedro dos Santos, em Salto de Pirapora, interior de São Paulo. E bastou um foco de incêndio na fazenda do vizinho para ele começar o trabalho que monitora de perto duas vezes ao ano: o controle da palhada com o aceiro do terreno e a limpeza das cercas.
“É para proteção da área, do plantio também. A gente faz questão de fazer isso duas vezes ao ano, uma manual e a outra química. O cuidado é diário. Mas aqui a gente tem problemas de vizinho que não zela pela lavoura, então a gente tem que fazer pelos dois lados”, diz o produtor.
Áreas sem plantio, pasto e florestas são consideradas as mais propícias ao alastramento de focos. As queimadas podem ter diferentes causas , mas as mais comuns estão ligadas ao descuido com bitucas de cigarros, queima não controlada de pastos e lixo – e até ao rompimento de cabos de alta tensão.
“Nos bairros, os produtores devem começar a identificar aqueles pontos críticos onde historicamente já possa ter ocorrido um foco de incêndio. Esses são os focos que devem receber os tratamentos preventivos. Nós defendemos a não queima em hipótese alguma.
Nem o fogo controlado. Nós entendemos que o produtor não deve num momento com este riscar um palito de fósforo sequer no meio rural”, diz Mauro Castellani, diretor da CATI-Sorocaba (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral).
A temporada de seca segue até setembro, mas neste inicio de ano os casos de queimadas deixaram as autoridades competentes em alerta. Só em São Paulo nos primeiros quatro meses de 2016 foram registrados aproximadamente seiscentos focos, quase o dobro dos contabilizados no mesmo período do ano passado.
“Foram 30 dias sem precipitação no estado, temperatura acima de 35 graus. As condições propícias ao aumento das queimadas no estado. O material vai ficando mais propício a qualquer eventual possibilidade de combustão”, afirma Castellani.
A Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, que desde 2010 monitora as queimadas por satélite por meio da operação corta fogo, também atribui parte do aumento dos focos ao calor, mas lembra que muitas queimadas autorizadas, principalmente para as regiões produtoras de cana, ajudaram a potencializar os números.
“É importante dizer que o fogo é terminantemente proibido de uso em atividades, mas há exceções passíveis de autorização como a queima da palha de cana de açúcar e outras atividades pra controle fitossanitário de pragas em laranjais ou para controle do carrapato estrela. Essas necessitam de autorização para utilizar em fogo. Salvo essas atividades qualquer utilização do fogo ela é proibida”, conclui Sergio Luis Marçon, coordenador de fiscalização ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente.