SP: Queima da palha fica proibida no período diurno a partir de junho
23/05/2012
Meio Ambiente
POR: Agência UDOP de Notícias
De 1º de junho até 30 de novembro, as usinas paulistas não poderão mais queimar a palha da cana-de-açúcar no período diurno, entre 6 e 20 horas. A resolução nº 32, de 17 de maio de 2012, da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, proibindo a prática da queimada, segue critérios relacionados à qualidade do ar no período de estiagem.
Há alguns anos a Secretaria de Agricultura Paulista vem agindo neste sentido, com objetivo de erradicar novos impactos sobre a qualidade do ar. Com a resolução, a prática da queimada em qualquer período do dia volta a vigorar só a partir de 30 de novembro, desde que a umidade relativa do ar média permaneça acima de 30%. A resolução prevê ainda a suspensão total da queima da palha quando a umidade relativa do ar estiver abaixo de 20%.
Para o Coordenador de Relações Institucionais da UDOP, Leandro Sanches Ferreira a proibição da queimada nesta época do ano já é uma praxe no Estado. "As usinas concordam com a medida, que visa melhorar a qualidade do ar no período de estiagem, que compreende entre o final do outono e meados da primavera, onde comumente a umidade relativa do ar fica abaixo dos índices médios recomendados pela Organização Mundial da Saúde".
A proibição da queima da palha neste período não atrapalha o andamento da safra por vários fatores, destaca ainda Ferreira. Segundo ele, no ano passado o índice de colheita mecanizada da cana nas usinas atingiu 81,3%, o que demonstra claramente o posicionamento das usinas quanto à sustentabilidade deste segmento.
Para o presidente executivo da UDOP, Antonio Cesar Salibe, a diminuição da queima da palha da cana é inclusive um dos compromissos firmados pelo setor, de forma voluntária, quando da assinatura do Protocolo Agroambiental Paulista, que no acumulado desde a safra 2006/2007, já conseguiu reduzir a queima de 4,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que, se somado, reduziu a emissão de mais de 16,7 milhões de toneladas de poluentes que seriam lançados na atmosfera, o que equivale a retirada de circulação de mais de 47 mil ônibus por ano em uma metrópole.