Evento abordou temas importantes para as áreas industrial e agrícola
A STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil) em parceria com a Canaoeste realizaram o “Seminário de Florescimento e Isoporização – Fisiologia, Aplicação e Monitoramento Indutivo” sobre a cultura da cana-de-açúcar. O evento aconteceu no dia 26 de fevereiro, no auditório da Canaoeste, em Sertãozinho, reunindo pesquisadores, técnicos e estudantes.
Compuseram a mesa de abertura o presidente da Canaoeste e Orplana, Manoel Ortolan, a diretora e Secretária Tesoureira da Stab, Rafaella Rosseto e a professora e diretora da Stab, Márcia Mutton. Para Ortolan, a realização de eventos como este é de grande importância para atualizar os profissionais da área e difundir tecnologias. “Sabemos que o nosso quadro de técnicos do setor tem passado por uma renovação, sempre há pessoas novas entrando e é por isso que devemos promover estes seminários, para trazer pessoas que têm muito conhecimento, que participam da área de pesquisa e que têm capacidade de transmitir para todos as novidades e também nos preparar para as diferentes etapas do setor”.
A diretora da Stab Márcia Mutton, agradeceu todas as entidades que de alguma maneira se relacionam com o setor produtivo da cana-de-açúcar e, principalmente, a colaboração de todos os técnicos de diferentes níveis de funcionalidade com relação à geração de informações, através do qual a pesquisa tem caminhado e desta maneira conseguir construir o conhecimento. “Este momento é muito interessante, embora com todas as dificuldades que o setor passa, entendemos que a cana-de-açúcar, sendo essa cultura importante para cada um e que nos une em torno deste assunto, apresenta esta particularidade com relação ao processo fisiológico de formação da flor, de indução, de desenvolvimento e também as consequências negativas que ela pode apresentar para o setor produtivo, que sem dúvida motivaram este evento. Infelizmente a fisiologia acontece, ela não espera e a cana é assim”, disse Mutton.
Os especialistas da área, Marcos Landell e Maria Letícia Guindalini Melloni, do Centro de Cana IAC (Instituto Agronômico), Oswaldo Alonso, da Canaoeste e Márcia Mutton, da Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) Jaboticabal, apresentaram palestras de extrema qualidade e conhecimento técnico.
Com o tema “Características varietais em florescimento e isoporização – atualização”, o pesquisador do IAC, de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Marcos Landell discorreu sobre o quanto o florescimento é indesejado para a produção e sua importância para originar novas variedades produtivas. “Com a presença da flor de cana é possível gerar combinações para novas variedades. Na hora da coleta das flores para os cruzamentos, anteras são coletadas e analisadas. Por meio desta, notas para indicar se o material tem ou não grão-de-pólen viável são dadas para cada cana coletada e a partir daí se faz a sexagem dos genótipos, classificando estes em genitor masculino e feminino”, explicou Landell. Os cruzamentos são realizados no Estado da Bahia, na estação de hibridizaçao do Programa Cana-IAC.
O Programa Cana avalia os clones que serão liberados como variedades quanto ao florescimento. Para estas avaliações, o IAC mantém estes materiais em regiões indutivas espalhadas pelo País, que possuem condições climáticas que induzam a florescência da cana: temperatura, umidade, radiação solar, altitude (em regiões de maior altitude, maior será a indução) e fotoperíodo.
O consultor Oswaldo Alonso falou sobre “Regiões Indutivas e Climatologia”. Em sua apresentação, ele destacou que os dias indutivos são dias acima de 18 graus, não excedendo temperatura acima de 31 graus. O solo precisa ter água disponível e o fotoperíodo tem que ser menor que 12 horas e meia.
A professora Márcia Mutton abordou o tema “Florescimento e isoporização – implicações agroindustriais”. De acordo com ela, a cana-de-açúcar possui alta eficiência na produção, transporte, divisão e acúmulo dos produtos fotossintetizados. Mutton também defende que o florescimento é uma característica desejável para o melhorista e indesejável para a produção. “O florescimento da cana-de-açúcar são alterações morfofisiológicas por meio da participação ativa de hormônios vegetais, alterando bioquimicamente e morfologicamente a ápice caulinar”, explicou.
Mutton também falou sobre as implicações agroindustriais que a cana sofre quando a cana isoporiza, isto é, quando ocorre a desidratação dos colmos, gerando perda de peso, aumento do teor de fibras e diminuição no volume do caldo extraído, impermeabilização da fibra, dificultando a embebição e um bagaço com baixa densidade, dificultando a alimentação da moenda.
O tema “Fisiologia do Florescimento sob Condições Controladas” foi apresentado pela pesquisadora do IAC, de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Maria Letícia Guindalini Melloni, onde falou sobre as vantagens de se ter uma câmara de fotoperíodo. “A câmara de fotoperíodo proporciona o clima adequado para a floração da cana, que é importante para o desenvolvimento de novas variedades. Isto porque, com este equipamento conseguimos realizar cruzamentos de variedades que florescem em épocas diferentes do ano, fazer o sincronismo de diferentes espécies de cana (busca de biomassa), obter qualidade das flores e viabilidade do pólen, estudar a fisiologia do florescimento e ter florescimento de genótipos relutantes, mas para isso é importante que o número de variedades estudadas na câmara e sementes produzidas não sejam limitadas”, explanou a pesquisadora.
Após as palestras, foi apresentado cases por Unidade Produtora da área industrial e da área agrícola, entre elas participaram o Grupo Jalles Machado, Bayer CropScience, Bunge, Usina São José da Estiva e Raízen.
Para o gerente Industrial Corporativo do Grupo Jalles Machado, Ricardo Steckelberg, a interação entre áreas agrícola e industrial é importante para que a indústria entenda como é realizada a matéria-prima e a área agrícola entenda quais efeitos que isso faz na indústria. “É fundamental a área industrial conhecer os procedimentos realizados para se obter uma matéria-prima de qualidade e a área agrícola entender como é essencial um produto de qualidade para a indústria. Depois de assistir as palestras, com certeza irei levar para casa informações valiosas sobre a área agrícola, os conteúdos discutidos foram muito bem abordados por todos, tornando este seminário muito importante e proveitoso”.
A STAB (Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil) em parceria com a Canaoeste realizaram o “Seminário de Florescimento e Isoporização – Fisiologia, Aplicação e Monitoramento Indutivo” sobre a cultura da cana-de-açúcar. O evento aconteceu no dia 26 de fevereiro, no auditório da Canaoeste, em Sertãozinho, reunindo pesquisadores, técnicos e estudantes.
Compuseram a mesa de abertura o presidente da Canaoeste e Orplana, Manoel Ortolan, a diretora e Secretária Tesoureira da Stab, Rafaella Rosseto e a professora e diretora da Stab, Márcia Mutton. Para Ortolan, a realização de eventos como este é de grande importância para atualizar os profissionais da área e difundir tecnologias. “Sabemos que o nosso quadro de técnicos do setor tem passado por uma renovação, sempre há pessoas novas entrando e é por isso que devemos promover estes seminários, para trazer pessoas que têm muito conhecimento, que participam da área de pesquisa e que têm capacidade de transmitir para todos as novidades e também nos preparar para as diferentes etapas do setor”.
A diretora da Stab Márcia Mutton, agradeceu todas as entidades que de alguma maneira se relacionam com o setor produtivo da cana-de-açúcar e, principalmente, a colaboração de todos os técnicos de diferentes níveis de funcionalidade com relação à geração de informações, através do qual a pesquisa tem caminhado e desta maneira conseguir construir o conhecimento. “Este momento é muito interessante, embora com todas as dificuldades que o setor passa, entendemos que a cana-de-açúcar, sendo essa cultura importante para cada um e que nos une em torno deste assunto, apresenta esta particularidade com relação ao processo fisiológico de formação da flor, de indução, de desenvolvimento e também as consequências negativas que ela pode apresentar para o setor produtivo, que sem dúvida motivaram este evento. Infelizmente a fisiologia acontece, ela não espera e a cana é assim”, disse Mutton.
Os especialistas da área, Marcos Landell e Maria Letícia Guindalini Melloni, do Centro de Cana IAC (Instituto Agronômico), Oswaldo Alonso, da Canaoeste e Márcia Mutton, da Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) Jaboticabal, apresentaram palestras de extrema qualidade e conhecimento técnico.
Com o tema “Características varietais em florescimento e isoporização – atualização”, o pesquisador do IAC, de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Marcos Landell discorreu sobre o quanto o florescimento é indesejado para a produção e sua importância para originar novas variedades produtivas. “Com a presença da flor de cana é possível gerar combinações para novas variedades. Na hora da coleta das flores para os cruzamentos, anteras são coletadas e analisadas. Por meio desta, notas para indicar se o material tem ou não grão-de-pólen viável são dadas para cada cana coletada e a partir daí se faz a sexagem dos genótipos, classificando estes em genitor masculino e feminino”, explicou Landell. Os cruzamentos são realizados no Estado da Bahia, na estação de hibridizaçao do Programa Cana-IAC.
O Programa Cana avalia os clones que serão liberados como variedades quanto ao florescimento. Para estas avaliações, o IAC mantém estes materiais em regiões indutivas espalhadas pelo País, que possuem condições climáticas que induzam a florescência da cana: temperatura, umidade, radiação solar, altitude (em regiões de maior altitude, maior será a indução) e fotoperíodo.
O consultor Oswaldo Alonso falou sobre “Regiões Indutivas e Climatologia”. Em sua apresentação, ele destacou que os dias indutivos são dias acima de 18 graus, não excedendo temperatura acima de 31 graus. O solo precisa ter água disponível e o fotoperíodo tem que ser menor que 12 horas e meia.
A professora Márcia Mutton abordou o tema “Florescimento e isoporização – implicações agroindustriais”. De acordo com ela, a cana-de-açúcar possui alta eficiência na produção, transporte, divisão e acúmulo dos produtos fotossintetizados. Mutton também defende que o florescimento é uma característica desejável para o melhorista e indesejável para a produção. “O florescimento da cana-de-açúcar são alterações morfofisiológicas por meio da participação ativa de hormônios vegetais, alterando bioquimicamente e morfologicamente a ápice caulinar”, explicou.
Mutton também falou sobre as implicações agroindustriais que a cana sofre quando a cana isoporiza, isto é, quando ocorre a desidratação dos colmos, gerando perda de peso, aumento do teor de fibras e diminuição no volume do caldo extraído, impermeabilização da fibra, dificultando a embebição e um bagaço com baixa densidade, dificultando a alimentação da moenda.
O tema “Fisiologia do Florescimento sob Condições Controladas” foi apresentado pela pesquisadora do IAC, de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Maria Letícia Guindalini Melloni, onde falou sobre as vantagens de se ter uma câmara de fotoperíodo. “A câmara de fotoperíodo proporciona o clima adequado para a floração da cana, que é importante para o desenvolvimento de novas variedades. Isto porque, com este equipamento conseguimos realizar cruzamentos de variedades que florescem em épocas diferentes do ano, fazer o sincronismo de diferentes espécies de cana (busca de biomassa), obter qualidade das flores e viabilidade do pólen, estudar a fisiologia do florescimento e ter florescimento de genótipos relutantes, mas para isso é importante que o número de variedades estudadas na câmara e sementes produzidas não sejam limitadas”, explanou a pesquisadora.
Após as palestras, foi apresentado cases por Unidade Produtora da área industrial e da área agrícola, entre elas participaram o Grupo Jalles Machado, Bayer CropScience, Bunge, Usina São José da Estiva e Raízen.
Para o gerente Industrial Corporativo do Grupo Jalles Machado, Ricardo Steckelberg, a interação entre áreas agrícola e industrial é importante para que a indústria entenda como é realizada a matéria-prima e a área agrícola entenda quais efeitos que isso faz na indústria. “É fundamental a área industrial conhecer os procedimentos realizados para se obter uma matéria-prima de qualidade e a área agrícola entender como é essencial um produto de qualidade para a indústria. Depois de assistir as palestras, com certeza irei levar para casa informações valiosas sobre a área agrícola, os conteúdos discutidos foram muito bem abordados por todos, tornando este seminário muito importante e proveitoso”.