A BM&FBovespa deve dar início à sucessão de Edemir Pinto, presidente da companhia, ainda este ano. O executivo está na empresa desde 1986, quando a Bolsa de Mercadorias & Futuros foi criada. Em 2008, quando aconteceu a fusão com a Bovespa, Edemir assumiu o comando da empresa resultante, a BM&FBovespa.
Ontem, a BM&FBovespa afirmou por meio de nota que a sucessão de Edemir Pinto tem sido discutida em algumas reuniões do comitê de governança e indicação, do conselho de administração. Não teria havido até o momento, porém, nenhuma decisão definitiva sobre o tema, de acordo com a empresa.
O comunicado respondia a uma nota publicada na coluna de Lauro Jardim, em "O Globo", que afirmava que o executivo sairia em breve da BM&FBovespa, sendo substituído por Gilson Finkelsztain, atual presidente da Cetip, atendendo a pedidos de acionistas minoritários. A informação sobre a saída de Edemir foi confirmada pelo Valor.
BM&FBovespa e Cetip estão em processo de fusão, e a mudança na direção se daria tão logo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovasse o negócio.
A troca do executivo representa uma mudança de rota nos planos da companhia. Em conversas com analistas, tanto a BM&FBovespa quanto a Cetip vinham divulgando que Edemir assumiria a liderança da nova empresa resultante da fusão inicialmente. Mas não se esperava também que o sinal verde do Cade se arrastasse até agora.
Edemir faz 64 anos em junho deste ano. Em 2018, portanto, ele atingirá a idade limite para exercer o cargo de presidente, que é de 65 anos. O estatuto diz que o diretorpresidente poderá ficar no cargo até a realização da assembleia geral ordinária que aprovar as demonstrações financeiras relativas ao exercício em que o executivo completar 65 anos. Isso significa que Edemir teria, em tese, até a assembleia referente ao exercício de 2018 para permanecer na função.
O mandato de Edemir, porém, já vence em abril deste ano. Ele teria, portanto, que ser reeleito para outra temporada de mais dois anos no comando da empresa.
Alguns investidores têm defendido, porém, que a integração entre Cetip e BM&FBovespa já comece a ser tocada por um executivo que permaneça mais tempo à frente da empresa. A avaliação é que isso poderia ser mais benéfico para a integração de ambas as companhias.
Em uma carta a investidores divulgada no início deste ano, a gestora de recursos Dynamo, que é acionista da BM&FBovespa, defendeu um processo de sucessão estruturado para a companhia. Em conjunto com outros investidores, a gestora diz que a partir da fusão com a Cetip deveria haver "programa mais efetivo de formação de quadros internos".
A carta da Dynamo também trouxe críticas à remuneração dos executivos da bolsa, considerada "generosa". O pacote inclui um plano de opção de compra de ações com um preço de exercício 50% abaixo do preço de mercado e um programa de participação nos lucros sem tanta conexão com metas atingidas.
A BM&FBovespa deve dar início à sucessão de Edemir Pinto, presidente da companhia, ainda este ano. O executivo está na empresa desde 1986, quando a Bolsa de Mercadorias & Futuros foi criada. Em 2008, quando aconteceu a fusão com a Bovespa, Edemir assumiu o comando da empresa resultante, a BM&FBovespa.
Ontem, a BM&FBovespa afirmou por meio de nota que a sucessão de Edemir Pinto tem sido discutida em algumas reuniões do comitê de governança e indicação, do conselho de administração. Não teria havido até o momento, porém, nenhuma decisão definitiva sobre o tema, de acordo com a empresa.
O comunicado respondia a uma nota publicada na coluna de Lauro Jardim, em "O Globo", que afirmava que o executivo sairia em breve da BM&FBovespa, sendo substituído por Gilson Finkelsztain, atual presidente da Cetip, atendendo a pedidos de acionistas minoritários. A informação sobre a saída de Edemir foi confirmada pelo Valor.
BM&FBovespa e Cetip estão em processo de fusão, e a mudança na direção se daria tão logo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovasse o negócio.
A troca do executivo representa uma mudança de rota nos planos da companhia. Em conversas com analistas, tanto a BM&FBovespa quanto a Cetip vinham divulgando que Edemir assumiria a liderança da nova empresa resultante da fusão inicialmente. Mas não se esperava também que o sinal verde do Cade se arrastasse até agora.
Edemir faz 64 anos em junho deste ano. Em 2018, portanto, ele atingirá a idade limite para exercer o cargo de presidente, que é de 65 anos. O estatuto diz que o diretorpresidente poderá ficar no cargo até a realização da assembleia geral ordinária que aprovar as demonstrações financeiras relativas ao exercício em que o executivo completar 65 anos. Isso significa que Edemir teria, em tese, até a assembleia referente ao exercício de 2018 para permanecer na função.
O mandato de Edemir, porém, já vence em abril deste ano. Ele teria, portanto, que ser reeleito para outra temporada de mais dois anos no comando da empresa.
Alguns investidores têm defendido, porém, que a integração entre Cetip e BM&FBovespa já comece a ser tocada por um executivo que permaneça mais tempo à frente da empresa. A avaliação é que isso poderia ser mais benéfico para a integração de ambas as companhias.
Em uma carta a investidores divulgada no início deste ano, a gestora de recursos Dynamo, que é acionista da BM&FBovespa, defendeu um processo de sucessão estruturado para a companhia. Em conjunto com outros investidores, a gestora diz que a partir da fusão com a Cetip deveria haver "programa mais efetivo de formação de quadros internos".
A carta da Dynamo também trouxe críticas à remuneração dos executivos da bolsa, considerada "generosa". O pacote inclui um plano de opção de compra de ações com um preço de exercício 50% abaixo do preço de mercado e um programa de participação nos lucros sem tanta conexão com metas atingidas.